Experiência de consumo – seu cliente pede bis?

Experiência de consumo – seu cliente pede bis?

Cada vez mais empresas tentam definir um propósito que não se resuma a apenas ganhar dinheiro, mas que traga um apelo inspirador para consumidores e colaboradores. Em um cenário global de forte concorrência, quando tudo é possível ao alcance de um click, torna-se cada vez mais desafiante para empresas e gestores atender os desejos e demandas do cliente. Ou seja, garantir a satisfação com a experiência de compra, antes, durante e depois, ao adquirir um produto ou serviço daquela marca.

Sabendo que o mercado está em constante evolução, mas com condições de compra cada vez mais parecidas, a pergunta do momento é: “O que define a tomada de decisão do cliente?” Eu diria que o foco não deve ser apenas no que você está entregando, mas na forma como está fazendo isso. Chamaria a atenção para a percepção do produto e as sensações causadas por ele. Vamos ao exemplo de um perfume ou vinho. Não se trata somente de um vinho, mas de todas as emoções que serão vividas a partir da abertura da garrafa. O mesmo vale para os efeitos do perfume. Nessa direção, estratégias de design e serviços exclusivos potencializam os resultados positivos sobre a experiência do cliente. Afinal, boas sensações vividas são sinônimo de novas vendas. Se o público pede bis no final do show, é porque quer prolongar a experiência. Portanto, a experiência de consumo define, sim, se você venderá mais, menos, ou deixará de vender. É imperativo, desse modo, melhorar seus indicadores de satisfação do cliente. Parece fácil, mas não é. Muitas vezes requer um belo investimento e uma boa dose de paciência. Principalmente porque demanda tempo.

Não existe atalho. O caminho do sucesso passa por avançar e mergulhar no conhecimento do seu público e o segmento em que se atua. Registra-se, também, intensa atividade na gestão de marcas e na dinâmica de um relacionamento mais íntimo e instantâneo com o seu público. Implica ainda em proteger a reputação para casos críticos que podem gerar crises. Idêntico desafio se aplica na forma de utilizar o marketing digital, para que a percepção de invasão ou intimidade esteja preservada. A era da experiência está diretamente associada a remodelação digital, e à forma como as tecnologias foram inseridas nas relações.

Para legitimar valor e gerar conexão emocional, a escolha de quais tecnologias usar nos processos não deve considerar apenas a modernização dos serviços. É preciso agregar valor a experiência de consumo e até mesmo certificar-se de preferências, por meio de recursos de autoatendimento como chabots, entre outros. Vale acionar um “kit alerta”: todos impactam na experiência de consumo. Não adianta ter um café maravilhoso com um atendente antipático. Distinguir-se a partir das conexões emocionais é uma estratégia que se mostra eficiente em um mercado ávido por experiências e cada vez mais exigente. Minha recomendação é que você e sua empresa passem a se perguntar diariamente se estão trabalhando a experiência do cliente acertadamente. Se a resposta for sim, ele vai pedir bis.

Palestrante com atuação nos campos de vendas, gestão, liderança e motivação. Acompanhe também no Facebook e no Instagram. Visite outros artigos e matérias em: www.wilsonmedeiros.com.br. 

Texto muito atual e bem desenvolvido. Avanti

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Wilson Medeiros

  • Metamorfose digital – Atualizar agora?

    Metamorfose digital – Atualizar agora?

    No mundo corporativo, contudo, percebo muitos gestores e empresários perdidos nessa rodovia de alta velocidade rumo à…

  • Miopia estratégica: saiba o que significa no mundo corporativo

    Miopia estratégica: saiba o que significa no mundo corporativo

    Miopia estratégica. O termo ganhou até definição na popular Wikipedia: “quando a empresa não enxerga com nitidez o que…

    2 comentários
  • Criticar é fácil, quero ver elogiar

    Criticar é fácil, quero ver elogiar

    Estudos recentes realizados nos Estados Unidos revelam que, para cada crítica que se faz a uma pessoa, é necessário ao…

    7 comentários
  • Alianças estratégicas

    Alianças estratégicas

    O universo empresarial vive tempos turbulentos e, cada vez mais, as palavras que guiam a travessia são “manter e…

  • Conselho de administração – de volta para o futuro

    Conselho de administração – de volta para o futuro

    Proteger acionistas de irregularidades nas funções executivas tem sido um papel crescente nos conselhos de…

    1 comentário
  • 4 sinais de que um executivo vai fracassar

    4 sinais de que um executivo vai fracassar

    Os motivos que elevam as taxas de fracasso nas empresas são foco de estudo de especialistas há anos. Decifrar as razões…

    2 comentários
  • Imitar é preciso

    Imitar é preciso

    “Se sua única defesa contra os exércitos invasores é uma muralha, sua empresa não durará muito.” A frase de Elon Musk…

    1 comentário
  • Pós-venda vende?

    Pós-venda vende?

    O pós-venda é uma soma de ações que podem – e devem – ser tomadas, após fechar uma venda. Eu chamaria até de momento…

    1 comentário
  • Um eterno aprendiz

    Um eterno aprendiz

    Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas os que se recusam a aprender…

    1 comentário
  • Core business: estratégia e realidade

    Core business: estratégia e realidade

    Toda vez em que o tema é buscar especialização em soluções de serviços, ou, de certa forma, “terceirizar”, a pergunta…

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos