Exploração Petrolífera Onshore e Offshore

Exploração Petrolífera Onshore e Offshore

Duas modalidades com semelhanças e muitas diferenças.

Durante muitas décadas, a exploração do petróleo era sinônimo de poços perfurados em terra firme, assim chamados de Onshore. Apesar do Campo de Guaricema (SE) ter sido o primeiro reservatório de petróleo no mar, a ser descoberto, a exploração Offshore ainda levou um tempo até se tornar viável. O principal desafio a ser superado era a condição severa do mar que inviabilizava o uso dos mesmos equipamentos utilizados na exploração Onshore. A Petrobrás, responsável pela descoberta, viu ali uma oportunidade de tornar o Brasil, um país independente na produção petrolífera.

Enquanto o resto do mundo desenvolvia tecnologias cada vez mais voltadas para a exploração Onshore, a Petrobrás investia muito na modalidade aquática. A cada ano que passava, com o avanço da tecnologia, a petroleira atingia marcas cada vez mais expressivas, tornando a exploração Onshore mais acessível. O desenvolvimento de equipamentos subsea (equipamentos utilizados na exploração de petróleo sob o mar), a regulamentação da atividade e a concorrência Onshore, foram os principais responsáveis pelo surgimento de inúmeras empresas especializadas na área.

Independente da modalidade, a segurança é um fator imprescindível, por isso os procedimentos de perfuração e completação do poço (instalação dos equipamentos necessários para colocar o poço em produção) devem ser estritamente seguidos. Um exemplo de equipamento comum a ambas modalidades é o BOP (Blowout Preventer), esta é a responsável pelo fechamento do poço, em casos de acidentes. A falha deste equipamento, inclusive, foi o responsável pela dimensão do acidente no Golfo do México, em 2010, considerado um dos piores da história.

Do ponto de vista de projeto, os equipamentos subsea diferem dos terrestres em pontos importantes. O desenvolvimento de um equipamento para exploração de petróleo deve seguir as normas da API (American Petroleum Institute), sendo a 6A (Onshore) e a 17D (Offshore). Esta define o material a ser utilizado para cada componente, conforme as condições de operação. Por conta da corrosividade e da movimentação do mar, os equipamentos subsea tendem a ser mais robustos e resistentes a corrosão quando comparados aos terrestres. Além disso, a acessibilidade deve ser levada em consideração, uma vez que os equipamentos aquáticos estarão submersos sob altas pressões, tornando o acesso humano, muitas vezes, inviável. Inclusive, muitas empresas especializadas em produtos subsea, tem buscado soluções na área de automação, para desenvolver controladores capazes de acessar os equipamentos remotamente.


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Jay Iseki Takenami - Engenheiro Mecânico formado pela Universidade Federal da Bahia. Motivado em buscar e compartilhar conhecimento. Fascinado em transformar o mundo.

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