Exportação do agronegócio atinge US$ 67,35 bi em 2016
As vendas externas do agronegócio brasileiro de janeiro a setembro deste ano atingiram US$ 67,36 bilhões, valor 0,6% superior ao registrado em igual período do ano passado.
As importações do setor recuaram 3,4% para US$ 9,79 bilhões. O saldo da balança comercial foi superavitário em US$ 57,57 bilhões. (veja quadro detalhado abaixo)
Os números divulgados Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura mostram os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para a expansão das exportações, como o setor sucroalcooleiro, cuja receita ano aumentou em US$ 2,24 bilhões.
Segundo o estudo, o ranking dos setores é liderado pelo complexo soja, com receita de US$ 23,52 bilhões, sendo 78,7% representado pelo grão da oleaginosa (US$ 23,5 bilhões).
A receita da exportação do grão caiu 3,4% em relação ao mesmo período do passado, apesar da alta de 0,1% no volume embarcado (para 49,6 milhões de toneladas). O preço médio recuou 3,5% para US$ 376/tonelada.
As exportações do farelo de SOJA cresceram 5,2% em volume (para US$ 11,8 milhões de toneladas), mas a receita recuou 5,1% (para US$ 4,2 bilhões), devido à retração de 9,8% no preço médio (para US$ 358/tonelada). No caso do óleo de soja, o estudo mostra fortes quedas de 9,9% no volume (para 1,092 milhão de toneladas) e de 10,3% na receita (para US$ 769 milhões), enquanto o preço teve leve recuo de 0,5% (para US$ 704/tonelada) em relação ao período de janeiro a setembro do ano passado.
O segundo lugar no ranking das exportações é ocupado pelo complexo carnes, cujas vendas neste ano aumentaram 8,9% em volume (para 5,145 milhões de toneladas), enquanto a receita caiu 2,1% (para US$ 10,7 bilhões), devido à queda de 10,2% do preço médio (para US$ 2.088/tonelada).
A líder no segmento é a carne de frango, cujas exportações cresceram 6,1% em volume (para 3,321 milhões de toneladas) e recuaram 2,1% em valor (US$ 5,1 bilhões). O preço médio da carne de frango exportada caiu 9,2% para US$ 1.558/tonelada.
No caso da carne bovina, o volume exportado cresceu 6,6% (para 1,041 milhão de toneladas) e a receita caiu 3,8% (para US$ 4,054 bilhões), com o preço médio cotado a US$ 3.894 (queda de 9,8%).
O destaque é a carne suína, cujas vendas cresceram 41,3% em volume (para 542 mil toneladas) e 12,2% em valor (para US$ 1,051 milhão). O preço médio recuou 20,6% (para 1.939/tonelada).
O setor sucroalcooleiro também apresenta crescimento expressivo neste ano, com aumento de 33,3% no volume (para 22,883 milhões de toneladas) e de US$ 37,7% no valor (para US$ 8,167 bilhões). O preço médio subiu 3,4% (para US$ 357/tonelada).
As vendas externas de açúcar de janeiro a setembro somaram 21,570 milhões de toneladas (crescimento de 32,7%) e a receita atingiu US$ 7,371 bilhões (mais 37,5%).
O preço médio do açúcar subiu 3,6% para US$ 342/tonelada). No caso do etanol, o volume exportado cresceu 44,2% (para 1,294 milhões de toneladas) e a receita 40,3% (para US$ 787 milhões). O preço médio do etanol recuou 2,7% (para US$ 609/tonelada).