Exportações de soja sustentam a balança comercial, enquanto crise no setor siderúrgico global se agrava

Exportações de soja sustentam a balança comercial, enquanto crise no setor siderúrgico global se agrava

Crise siderúrgica chinesa alerta o mundo

A indústria siderúrgica atravessa uma crise sem precedentes, com a China, maior produtora de aço do mundo, no centro. 

Hu Wangming, presidente da maior siderúrgica do mundo, descreveu o momento como um "inverno rigoroso". A crise se intensificou devido à desaceleração do setor imobiliário chinês e à menor atividade industrial, o que derrubou a demanda por aço e resultou em uma desvalorização histórica dos preços.

Além disso, as siderúrgicas chinesas aumentaram suas exportações para compensar as perdas domésticas, pressionando o mercado global. Estima-se que as exportações de aço da China ultrapassem 100 milhões de toneladas em 2024. 

Diferente das crises anteriores, a falta de estímulos econômicos no país agrava a situação, obrigando empresas a focarem em preservar o caixa. 

Globalmente, gigantes do setor também sofrem com quedas nos lucros, levando o setor a buscar novas formas de adaptação e sobrevivência.

Insights

Importações do aço chinês no 1º semestre de 2024:

  • Principal origem das importações: China (41%), Alemanha (9%), Japão (7%);
  • Principais URFs de entrada: Porto de São Francisco do Sul/SC (28%), Porto de Santos (21%), Porto do Rio de Janeiro (11%);
  • Valor FOB: US$ 2,7 bilhões (- 0,7% em relação ao mesmo período de 2023);
  • Volume total: 2,7 milhões de toneladas (+ 23,7% em relação ao mesmo período de 2023);

*Fonte: Logcomex

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Exportações brasileiras de soja aceleram em agosto, sustentando a balança comercial

Na terceira semana de agosto, as exportações brasileiras de soja deram um gás, com uma média diária de 360 mil toneladas, quase igualando o desempenho de agosto do ano passado.

A soja segue firme como peça-chave na balança comercial do Brasil. De acordo com dados da Logcomex, no primeiro semestre de 2024, as exportações da NCM 12019000 somaram US$ 27,9 bilhões, apesar de uma queda de 16% em relação ao ano anterior, mas com um aumento de 2% no volume, chegando a 64 milhões de toneladas. 

No cenário global, o CEPEA aponta que os preços da soja estão sob pressão, caindo para menos de US$ 10,00/bushel, graças à previsão de uma safra recorde de 428,72 milhões de toneladas em 2024/25, segundo o USDA. 

A China continua sendo a maior compradora, dominando 74% das exportações, somando US$ 20,1 bilhões. Mato Grosso lidera as exportações de soja, com 32% do total.

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