Extensão do Shelf Life de Produtos: Soluções da Engenharia Química para Prolongar a Vida Útil sem Comprometer a Qualidade
Sabe aqueles produtos que você compra, como pão de forma, queijos, frutas, leites e iogurtes e que rapidinho, já começam a mofar e passam da validade?
Isso é determinado pelo shelf life, que pode ser definido como o tempo durante o qual um produto deve ser armazenado sem perder suas propriedades organolépticas, como sabor, textura e aroma, além de permanecer seguro para o consumo, ou seja, é a vida útil desse produto. Esse tempo pode ser dividido em dois principais tipos: data de validade, que se refere à data limite que o produto pode ser consumido com segurança e qualidade, sem riscos à saúde e data de consumo preferencial, que indica até quando o produto mantém suas características ideais e até quando ele ainda pode ser seguro para consumo, mesmo podendo ter perdido parte da sua qualidade.
O shelf life pode variar significativamente de um produto para outro, dependendo de alguns fatores como:
Entender o shelf de life tem importância vital para vários setores da sociedade e para o planeta. Na economia, mais precisamente nas indústrias de bens de consumo, a vida útil é crucial, afetando diretamente a gestão de estoque, a satisfação do cliente, a lucratividade, entre outras frentes. Também é correto afirmar que o shelf life influencia diversas decisões de negócios, desde a definição de prazos de produção e distribuição até a precificação. O tempo de prateleira dos produtos também influencia na saúde, visto que consumir alimentos fora da validade pode ocasionar intoxicações, inflamação gástrica, desidratação, desmaios e dores de cabeça. Além disso, otimizar a gestão do tempo de vida de um item é uma questão de sustentabilidade, pois através disso, o desperdício alimentar pode ser reduzido, minimizando um mal, que contribui diretamente para problemas ambientais, como a emissão de gases de efeito estufa, entre outros.
Por conta disso, a Engenharia Química busca diversas soluções para aumentar o tempo de prateleira dos produtos, focando em métodos de preservação. Muitos deles já são amplamente utilizados na indústria para prolongar o shelf life: o uso de aditivos químicos, a defumação, a pasteurização e a ultrapasteurização, o branqueamento, a esterilização comercial, a refrigeração, o congelamento, a embalagem a vácuo e fermentações especiais, como a lática, acética e alcoólica. Além destes, há inovações que têm se mostrado eficazes e estão revolucionando a forma que se aborda a preservação de produtos, sendo o uso da biotecnologia e diferentes tipos de embalagens: as inteligentes, as modificadas por atmosfera e as ativas.
A ampliação do shelf life de mercadorias é um campo dinâmico e em constante evolução, com a Engenharia Química desempenhando um papel fundamental, ao combinar métodos tradicionais com inovações tecnológicas. Embora existam diversas soluções, o prolongamento do shelf life deve considerar também, aspectos éticos e regulatórios. O uso de aditivos químicos, por exemplo, pode suscitar preocupações em consumidores cada vez mais conscientes sobre a saúde. Do mesmo modo, a necessidade de comprovação da segurança e eficácia de novos métodos é fundamental para garantir a aceitação do mercado. O futuro da extensão do shelf life promete ainda mais inovações. Pesquisas em nanoencapsulação, onde compostos bioativos são encapsulados em nanopartículas, já estão mostrando resultados promissores na proteção de ingredientes sensíveis e na liberação controlada de conservantes. Ademais, a crescente demanda por produtos naturais e orgânicos está impulsionando a busca por soluções mais sustentáveis e menos invasivas, como métodos de preservação a frio e o uso de extratos naturais.
Quer determinar a validade ou aumentar o tempo de prateleira do seu produto?
A Prisma, Empresa Júnior de Engenharia Química da UFBA, está preparada para te atender e te auxiliar nessa questão. Para isso, estudaremos seu produto, procurando métodos para aumentar sua conservação, realizando testes para poder determinar e aumentar seu tempo de prateleira.
Referências: