"Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"… O que o “caso” da influencer Gabriela Pugliesi tem a ver com Employer Branding?
Ontem as redes foram bombardeadas com críticas à digital influencer Gabriela Pugliesi. Conhecida por disseminar seus hábitos saudáveis (alimentação natureba, meditação, atividades físicas diárias e muito mais), Pugliesi se viu em meio a uma mega confusão graças a uma atitude segundo ela “impensada” no último sábado(25): ela fez uma festa em sua casa com um grupo de amigos (a maioria também influenciadores ) em plena pandemia, bebeu muito e falou demais.
O caso já seria grave partindo de um grupo considerado influenciador não fosse um agravante ainda maior: Pugliesi foi uma das primeiras “famosas” a contrair o vírus no casamento da irmã na Bahia e com ela outros famosos como a cantora Preta Gil e a atriz Fernanda Paes Leme, entre outros. Durante a recuperação, a influencer fazia stories sobre sua rotina, sintomas, alimentação até enfim estar curada. O que fez com que Pugliesi e seus amigos, mesmo sabendo dos riscos aos quais todos corremos com a exposição, fizessem uma festa? Irresponsabilidade consigo e com milhões de pessoas que os seguem (juntos os influenciadores tem muito mais de 20 milhões de seguidores), mas principalmente o desalinhando entre aquilo que se diz, àquilo que se faz.
Pugliesi percebeu o tamanho do buraco em que ela mesmo cavou ao assistir seus mais de dez anunciantes quebrarem contratos. De acordo com uma matéria publicada na *#Veja hoje de manhã #Rappi, #Liv Up e #Hope são algumas das empresas que pularam fora (ela chegava a faturar mais de 200.000 reais, por mês com as empresas). Além disso, embora tenha 4,4 milhões de seguidores já perdeu 100.000 em 24 horas. E o que fazer em meio a uma crise de imagem desse tamanho? Pugliesi veio a redes e chorando pediu desculpas. Mas parece que não colou, nem para os seguidores nem para as marcas. Mas, o que tudo isso tem a ver com #employerbranding? Tudo!
Nesse período de #covid19 já ouvi algumas vezes a seguinte frase: “Ah! Mas com essa #crise, não é preciso trabalhar #marca empregadora, tem muitos bons profissionais disponíveis no mercado, loucos por uma oportunidade. Quem vai pensar em desligamento agora”. Sim e não! Sim, muitos bons profissionais estão desempregados, loucos por uma oportunidade, porém estão de olhos bem abertos ao comportamento das empresas no meio dessa crise. Eu, particularmente, já presenciei gente negando oportunidade de trabalho por não acreditar que a empresa seja condizente com aquilo que prega. Não, a crise não vai segurar muitos profissionais fazendo aquilo que não acreditam, em lugares que eles "não vestem a camisa" por conta da crise. Eu também vi muitos trocarem de emprego no meio desse caos, por acreditarem mais em uma marca do que na sua empresa atual. Cuidado!
Construir uma marca empregadora sólida não é fácil, são meses, anos, de trabalho pesado. Infelizmente como tudo que é relacionado a #branding (seja pessoal, de produto, da empresa ou empregadora) a regra é sempre a mesma: SEJA COERENTE. Falar uma coisa e fazer outra pode causar estragos incalculáveis. E é por isso que o #EVP (proposta de valor da marca empregadora) precisar ser real e claro. Uma empresa (assim como uma pessoa) não é somente aquilo que está nas suas redes sociais. Lá tudo parece ser um mar de rosas, mas sabemos que, em geral, se mexer um pouquinhos coisas muito ruins podem sair de lá. Vemos isso acontecer todos os dias.
Vou dizer novamente o que já disse em artigos anteriores: não prometa aquilo que você não pode entregar. Seja uma marca empregadora transparente, verdadeira, real. Ouça o que eu digo: isso vai evitar muitos problemas (hoje e sempre) para sua marca, para sua empresa.
O aprendizado que fica após a crise de imagem da influenciadora é o seguinte: na educação e em quase todas as situações, a cultura do exemplo é a que mais funciona e a que mais deixa legados. Seja condizente com aquilo que você (sua marca) prega e com aquilo que ela entrega. E falando em exemplos, parece que Pugliesi pode se tornar um sinônimo de exemplo a não ser seguido. Então, não construa uma marca Pugliesi. NÃO PUGLIESI-SE.
Sobre a autora
Meu nome é Flávia Ferreira e sou jornalista. Durante mais de 10 anos atuei com PR em agências de comunicação, trabalhei em redação, mas nos últimos anos mergulhei no universo de PESSOAS (RH com alguns gostam de chamar). Há mais de 2 anos venho me especializando em Employer Branding (gestão de marca empregadora). Sou fundadora do maior grupo de Employer Branding do país, o Employer Branding Experience que está presente no Whatsapp, LinkedIn e Instagram. Juntamente Kelly Barra e Larissa Mendes, criadoras da página do Instagram @employerbranding_experience hoje o grupo reúne mais de 20 mil profissionais: +17k no Instagram, +2,3k no LinkedIn e +1k no Whatsapp.
Comunicação Corporativa | Estrategista de Marca | Palestrante e Trainner | Especialista Linkedin | Personal Branding Executivo | Idealizadora da RealizaMulher
4 aConsumir conteúdo de qualidade e com propósito está sendo a bola da vez, e que bom. Acredito que influencers como ela terão de repensar sua estratégia, porque depois do Covid-19 vai ficar ainda mais difícil emplacar só rosto bonito e luxo.
Gerente Regional | Key Account Manager | Comercial | Vendas | MKT | Marketing Digital | Go To Marketing | CRM | Analise Dados | Planejamento Estratégico | Pesquisa de Mercado | Branding | B2B/B2C l Eng. Prompt IA
4 aPois é Flávia Ferreira, pode-se enganar alguns por algum tempo, mas não todos por todo tempo... O vínculo de empresas e marcas com personalidades que gera identificação positiva, sempre foi um atrativo, mas quando a imagem é desconstruida por atitudes negativas ... não adianta chorar o leite derramado !
Digital Marketing Commerce
4 aComo disse Emicida ontem na sua live, entender sua responsabilidade como influenciador e ser responsável. Acho que as marcas se posicionaram bem, falando do outro lado que usar estratégia de influenciadores vende e muito, estamos sujeitos a respigar na marca. A melhor coisa é se posicionar de forma ágil.