Facebook - editorias ou mídia?

Facebook - editorias ou mídia?

Desde que comecei a trabalhar com comunicação digital, as redes sociais já mudaram muito - e continuarão mudando. Já surgiram plataformas novas, já sumiram muitas e poucas se consolidaram. Facebook, Twitter, Youtube, Instagram e Linkedin são as que ficaram, por enquanto. Mas o meu primeiro texto no Pulse do Linkedin vai ter foco no Facebook.

Uma característica que eu percebo que muda bastante nas redes sociais, em geral, é a plataforma para empresas e negócios. Quando o Facebook percebeu que as empresas estavam criando perfis para se relacionar com seus clientes, disponibilizou as páginas - que, na época, eram iguais a um perfil pessoal, mas ao invés de amigos você tinha fãs. Essa migração foi turbulenta, mas engrenou.

Como o Facebook visa lucro, percebeu também que precisava incentivar a produção de conteúdo por estas empresas, para que fossem relevantes à sua audiência e fossem exibidos ao público, de acordo com a aderência ao perfil dos usuários. Lá foram os produtores de conteúdo e criaram as editorias, reunindo assuntos de vários interesses para poder interagir com os clientes que estavam pela rede. Quanto mais aderente o conteúdo estava, maior o alcance orgânico dele ao público.

O alcance das publicações sem investimento de mídia é praticamente nulo.

Foi aí que chegamos ao pulo do gato: o Facebook modificou seu algorítimo de entrega de conteúdo orgânico, reduzindo a quase zero este alcance sem investimento. Isso faz com que nós, profissionais de comunicação digital, tenhamos que reavaliar nossas estratégias para que o conteúdo que é publicado chegue a quem queremos que chegue.

O Facebook é uma plataforma fantástica, que permite que nós possamos segmentar com maior detalhe possível o direcionamento das nossas publicações e o melhor: comprovar que, efetivamente, estamos atingindo quem queremos. Porém, temos que pensar na segmentação também na hora de criar o conteúdo.

Mude seu mind-set: conteúdo customizado por audiência é a efetividade da sua campanha.

Se eu quero vender um carro, preciso ter argumentos válidos para aquela mãe de três crianças, que usa o veículo para levá-los para a escola e também para o trabalho, com o porta-malas grande e prático. Mas também preciso ter argumentos do mesmo carro para o rapaz de 19 anos que quer um automóvel que vá de 0 a 100 km/h em 4 segundos. No facebook, eu consigo fazer isso, mas preciso de dinheiro e investimento em mídia.

Para mim, estamos passando por uma mudança total de paradigma dentro das empresas, em que as redes sociais não são mais um mural de fotos gerais de um evento específico, mas sim plataformas de mídia segmentada, qualificada, efetiva e comprovada.

E você? O que pensa sobre isso?

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