Falta um Planejamento Estratégico para o Brasil
Primeira premissa: ninguém é bom em tudo. Acredito que não exista uma nação que seja boa em tudo (tecnologia, agricultura, indústrias em geral, riquezas naturais, educação, cultura, música, cinema, etc.). Através de estudos dirigidos a um Planejamento Estratégico encontraremos nossos pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades.
Segunda premissa: o Estado brasileiro não faz o Planejamento Estratégico necessário. O sistema político atual, com eleições a cada quatro anos, faz com que os Governos se pautem por táticas e não estratégias. Temos como exemplos atuais a liberação de contas inativas do FGTS e a tentativa de acelerar as concessões públicas para gerar empregos. Existem parques eólicos prontos para produzir energia, o que não é feito por falta de linhas de transmissão – responsabilidade do Estado.
Terceira premissa: temos que erradicar o paternalismo nas relações com o Estado e andar com nossas próprias pernas. Não podemos mais alimentar expectativas com relação aos Governos, porque eles não planejam e são péssimos gestores.
Desta forma, acredito que só a iniciativa privada, através das federações empresariais, sindicatos profissionais, associações e outras entidades da Sociedade Civil poderiam desenvolver o Planejamento Estratégico que o país requer. Um grupo de trabalho formado com esse propósito, sem preocupação com mandatos, mas engajados no longo prazo, e que produzisse suporte até para as táticas e ações dos Governos.
O Brasil está se tornando um país inviável, e discussões sobre competitividade, conteúdo local nas compras públicas, protecionismo, apoio às indústrias servem apenas para postergar o que deve ser feito.