Fazendo escolhas melhores
Hoje trouxe um resumo de um livro chamado: "Decisive: How to Make Better Choices in Life and Work", ele fala sobre as possibilidades de fazermos escolhas melhores em nossa vida e no trabalho.
Em 2009, mais de 61,5 mil tatuagens foram removidas, demonstrando como as decisões tomadas podem ser revistas ou revertidas. Assim como as resoluções de Ano Novo, muitas vezes, são quebradas devido a falhas no processo decisório. Compreender as nuances de tomada de decisão e seus impactos pode oferecer um caminho valioso para melhores resultados.
Dan Lovallo, em seu intrigante estudo, analisou 1048 decisões de negócios durante cinco anos. Entre estas, lançamentos de novos produtos, mudanças estruturais e entradas em novos mercados foram minuciosamente estudados. A conclusão foi que os processos de tomada de decisão, muitas vezes, inclinam-se excessivamente para a análise, negligenciando fatores como perspectivas divergentes do executivo sênior ou o envolvimento de indivíduos com diferentes pontos de vista.
A constatação mais marcante é que o resultado financeiro melhorava cerca de seis vezes mais quando as decisões incorporavam uma abordagem mais processual, em vez de se basearem unicamente em análises.
Tendemos a simplificar nossas decisões para um formato binário - sim ou não - por exemplo: "caso ou não caso?". Isso, no entanto, estreita o nosso leque de opções. Precisamos nos perguntar se existem opções melhores ou o que mais podemos fazer. Em vez de decidir entre "comprar ou não comprar", podemos explorar alternativas, considerando o custo de oportunidade.
A velocidade na tomada de decisões muitas vezes nos leva a confirmar pensamentos já estabelecidos. Paradoxalmente, ampliar o leque de opções pode realmente acelerar o processo de tomada de decisão. Uma estratégia abordada é a de explorar opções até se sentir atraído por mais de uma.
Ao nos abrir para uma variedade de possibilidades, podemos estudar o problema de maneira mais aprofundada e coletar avaliações que podem contradizer nossas inclinações iniciais.
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Outra sugestão interessante é a realização de pequenos experimentos para validar nossas teorias. Por exemplo, ao contratar, em vez de apenas fazer perguntas, talvez seja interessante testar o candidato em um ambiente de trabalho real para ver como ele se adapta.
Devemos também reconhecer que as emoções no curto prazo podem distorcer nossas decisões e que nossa confiança nas predições pode ser excessiva. O distanciamento antes de tomar uma decisão pode ser uma estratégia útil.
Adicionalmente, a coleta de informações divergentes das nossas suposições iniciais pode ampliar a perspectiva. Observar concorrentes, adotar melhores práticas, elaborar listas de verificação e preparar-se para aceitar a possibilidade de estar errado são ações que podem nos levar a decisões mais sábias.
O autor sugere a regra 10/10/10: pense no impacto da decisão em 10 minutos, 10 meses e 10 anos. Com essa perspectiva de longo prazo, é possível obter uma compreensão mais profunda