FC St. Pauli - O Clube de Futebol que criou uma Cooperativa com seus Torcedores
O FC St. Pauli sempre esteve no imaginário dos amantes do futebol como o clube alemão "diferentão", conhecido por suas ideias inovadoras e posicionamentos sociais claros. Desta vez, o clube deu mais um passo ousado ao criar uma cooperativa com seus torcedores, com um objetivo claro que está sendo alcançado.
Histórico por sua conexão profunda com a comunidade, o St. Pauli não se limita ao campo esportivo. Culturalmente e socialmente ativo, o clube é fiel aos valores que defende, como o combate a qualquer forma de segregação, incluindo racismo e homofobia, além de rejeitar extremismos.
Com a subida para a 1ª divisão do Campeonato Alemão, a Bundesliga, na temporada 2023/2024, após anos na segunda divisão, o clube se viu diante da necessidade de aumentar sua arrecadação para sustentar as operações em um nível mais competitivo. Foi nesse contexto que a ideia do cooperativismo ganhou força e fez sentido.
Como Funciona a Cooperativa
Para quem não está familiarizado com o conceito de cooperativa, o modelo lançado aos torcedores no dia 10 de novembro de 2024 funciona de forma simples, mas poderosa. Os torcedores podem adquirir cotas no valor de 850 euros até janeiro de 2025. Cada cota dá direito a voto nas decisões do clube, e todos os torcedores têm o mesmo peso nas votações, independentemente da quantidade de cotas adquiridas.
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O objetivo é arrecadar 30 milhões de euros, valor que será destinado, em parte, para a compra da maioria das ações do estádio do clube, permitindo que a torcida literalmente “se sinta em casa” como proprietária de seu templo esportivo.
Um Modelo Fiel à Filosofia do Clube
Com essa iniciativa, o St. Pauli reforça sua conexão com a comunidade e permanece fiel à sua filosofia, integrando cada vez mais os torcedores na gestão do clube. Além disso, o modelo está alinhado com os discursos e princípios do clube, que incluem críticas ao capitalismo desenfreado.
E no Brasil?
Será que algum dia veremos uma cooperativa de torcedores em um clube brasileiro? A ideia não apenas reforça a identidade comunitária, mas também apresenta um modelo financeiro alternativo que pode atrair os apaixonados pelo esporte. É algo a se pensar!