Ferdinand Berthier moveu montanhas, e nós?
Muitos são os desafios para nossas organizações hoje em dia, entre eles pode-se citar a sustentabilidade, o acompanhamento da tecnologia e a busca por inovações. Porém há uma questão ainda mais prioritária, que é a inclusão. Neste tema há vários grupos que devem ser considerados. No presente texto gostaria de lançar luz em um desses públicos, que é a comunidade surda, em uma reflexão sobre o que temos a aprender com Ferdinand Berthier.
Ele foi educador, escritor e atuante na busca por mais direitos para pessoas com perdas auditivas. Viveu na França do século XIX e fez carreira no magistério, ensinado e desenvolvendo a linguagem da comunidade surda. Vale destacar que ele também era surdo, essa característica foi o alicerce de sua obra.
O que temos a aprender com Ferdinand? Muito, com certeza, mas gostaria de destacar apenas um aspecto, algo ligado à nossa inabilidade em vermos as características que nos diferenciam como potenciais motores para nossa motivação, propósito pessoal e luta diária. O estudante Ferdinand talvez pudesse aceitar o fato vivia em um mundo absolutamente avesso à sua condição, mas ele optou por fazer algo, por assentar os primeiros tijolos em uma construção que décadas depois começou a considerar os direitos, a cultura e a valorização da comunidade surda.
O que podemos fazer hoje sobre isso? Um primeiro passo é não achar que os surdos são incapazes de se comunicar, pois isso é errado! Pessoas com perda auditiva se comunicam muito bem, possuem linguagem própria e completa e, além disso, estão dispostas a se relacionar com todos. Mesmo que você não entenda a linguagem de sinais, inicie um processo de comunicação e surpreenda-se, talvez, sendo de pronto “batizado” com um sinal próprio, que quem define são os surdos, a partir de uma característica sua.
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Ou seja, no século XIX Ferdinand Berthier moveu montanhas, então nós também podemos fazer algo, sendo agentes da mudança e da inclusão.
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