Filantropia: Doações são motor do Impacto Social
Por Andrea Lopes Figueiredo *
A filantropia é pilar essencial do terceiro setor. Dados recentes do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) revelam que as doações no país atingiram R$ 12,8 bilhões em 2023, equivalente a 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022. No Brasil, a cultura de doação vem se desenvolvendo aos poucos. Para se ter uma ideia, os estadunidenses, que possuem uma cultura de doação mais forte, doaram R$ 2,3 trilhões, em 2023, o que corresponde a 2% do PIB daquele país.
Globalmente, a filantropia assume proporções impressionantes. De acordo com relatórios do Banco Mundial, o apoio total do grupo a países em desenvolvimento entre 2022 e 2023 foi de US$ 122,9 bilhões. Grandes fundações como a Fundação Bill e Melinda Gates, ou Mackenzie Scott, também contribuíram significativamente destacando o papel vital que a filantropia desempenha como motor de impacto social positivo.
Esses números transcendem meras estatísticas, são reflexos tangíveis do impacto dessas doações. Cada doação não é apenas um valor mas sim uma ferramenta para a construção de pontes, que ajudam a diminuir as desigualdades e a falta de oportunidades para tantos.
A parte mais fascinante do meu trabalho na captação de recursos é ver, na prática a tangibilização desses recursos, ou seja, ver o número de crianças que foram alfabetizadas na idade certa, o número de crianças que não aprendiam porque não enxergavam e agora usam óculos e estão instrumentalizadas para a aprender, por exemplo.
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Acredito que com mais incentivos fiscais, maior transparência nos processos do terceiro setor, mais confiança das pessoas no trabalho das ONGs, tudo isso irá ajudar a estimular o hábito de doar e o comportamento mais generoso, aumentando assim o número de pessoas beneficiadas com esses recursos.
Investir em projetos sociais não é apenas uma transferência de recursos, mas um compromisso financeiro com mudanças sistêmicas.
Esse é o convite que faço, para explorarmos as potencialidades desse terreno, onde cada doação se transforma em semente para um futuro mais promissor.
*Andrea Lopes Figueiredo é vice-presidente e diretora de comunicação e captação de recursos do Instituto Fefig. Advogada, Coach e Mentora especializada em desenvolvimento de habilidades comportamentais, entusiasta da filantropia.
Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do GIFE e de seus associados.
Produtor cultural, Ator e Diretor de Teatro e Escritor (Freelance)
11 mMuitas OnGs trabalham sem acesso a cultura da doação e sobrevivem com muita luta para continuarem com as portas abertas e ajudando diminuir a desigualdade social enorme que se econtra nesta nação. A ASCRERR uma Ong da RA Araponga - DF é a prova cabal que trabalho sério nem sempre encontra motivadores comprometidos. A Ong tem um trabalho encantador a mais de 20 anos e tem uma carta de doadores muito reduzida.
Chairman na Jive|Mauá Investments | Fundador do Instituto FEFIG | Board Member | Investor
11 mEu não podia concordar mais!!!!