FINAL FELIZ!
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 300 milhões de pessoas sofrem com a depressão e 260 milhões vivem com transtornos de ansiedade em todo o mundo. Ainda assim, o tabu em torno da saúde mental ainda existe. Estes dois problemas de saúde são apenas alguns dos que podem atingir os colaboradores de uma empresa. Como as organizações estão lidando com isso? Como deveriam lidar, de forma a apoiar o funcionário, e não agravar a situação ou perdê-lo?
E quando o ambiente de trabalho é o próprio causador da perda de saúde mental do colaborador? Como agir para proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável? Para sanar estas dúvidas, confira a leitura deste artigo.
O que é, afinal, ter saúde mental no trabalho?
Em um mundo cada vez mais competitivo, onde o funcionário tem que se destacar para preservar seu emprego, o estresse está presente em quase todos os ambientes organizacionais. Não podemos esquecer que o ambiente de trabalho é onde o indivíduo passa o maior tempo de sua rotina. Por isso, este espaço deve ser propício para a preservação da saúde mental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta sobre o conceito de saúde mental no trabalho: é o estado de bem-estar no qual o colaborador consegue usar suas próprias competências, recuperar-se do estresse do dia a dia, ser produtivo e colaborar com a sua comunidade.
Além de preservar a equipe, um ambiente com promoção de saúde mental é comprovadamente mais produtivo e com menos rotatividade.
Os problemas envolvendo a perda de saúde mental no trabalho são tão significativos que a OMS elegeu este tema para abordagem no Dia Mundial da Saúde Mental em 2017. Segundo eles, “Durante nossa vida adulta, uma ampla proporção do nosso tempo é gasta no trabalho. Nossa experiência no local de trabalho é um dos fatores que determinam nosso bem-estar geral”.
A saúde mental no trabalho é uma via de mão dupla: um colaborador que esteja enfrentando problemas sérios pessoais, como doença ou morte, muito provavelmente não terá condições de realizar seu trabalho adequadamente. Neste caso, uma liderança compreensiva é crucial para a superação deste momento.
Por outro lado, uma forma de a empresa não ser a causa da perda da saúde mental de seus colaboradores é através de estratégias de prevenção, manutenção e recuperação de saúde mental. O problema não deve ser olhado apenas como forma de “apagar o fogo”. O caráter preventivo é indispensável.
Transtornos associados à falta de saúde mental no trabalho
Alguns problemas comuns hoje em dia, por falta de saúde mental no trabalho, são:
Estafa ou fadiga mental
Caracteriza-se por uma alteração no sistema nervoso central (SNC) provocada pelo excesso de tarefas, gerando desgaste metabólico com sintomas físicos e mentais.
Síndrome de Burnout
Distúrbio psíquico com sintomas físicos, sociais e psicológicos provocados pela ocupação profissional.
Depressão
Transtorno psíquico duradouro com sintomas como tristeza, pessimismo, alteração do sono e do apetite ou ausência de emoções.
Transtorno de ansiedade
Sintomas de ansiedade frequentes, constantes e duradouros, às vezes com taquicardia, interferindo na rotina de sono, apetite e de trabalho.
Todos os exemplos citados aqui são transtornos graves que devem ser diagnosticados e tratados por profissionais da saúde mental, muitas vezes implicando em afastamento do profissional. Apesar de serem muito frequentes, podem ser evitados através de boas práticas da organização.
Como promover a saúde mental no trabalho
Para promover a saúde mental no trabalho, a psicologiatem muito a contribuir. Um profissional da área presente na empresa pode ser fundamental para agir em diversos momentos, desde palestras motivacionais e atividades voltadas para a promoção de saúde mental até acompanhamentos individuais de colaboradores.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) propõe três valores básicos a serem seguidos para a manutenção da saúde no trabalho:
O trabalho deve ocorrer em um ambiente de trabalho seguro e saudável;
As condições de trabalho devem ser consistentes com o bem-estar e a dignidade humana do trabalhador;
O trabalho deve oferecer possibilidades reais de realização pessoal, auto realização e serviço para a sociedade.
Um meio importante de se praticar os valores propostos pela OIT é oferecendo autonomia ao colaborador, dando espaço para que ele se organize, respeitando sua forma de realização de tarefas e promovendo um ambiente de confiança.
Outro ponto importante é respeitar as características pessoais de cada colaborador, como crenças e valores. Respeitar a diversidade é fundamental: todos somos diferentes, e estas diferenças podem se completar e estimular ainda mais a criatividade para a solução de problemas do cotidiano do trabalho.
A flexibilização de horários de trabalho tem sido uma tendência crescente em empresas com um olhar mais atual e realístico para o presente cenário organizacional. Quantidade não é sinônimo de qualidade. Redução de horas de trabalho não é a solução, se a demanda de trabalho for a mesma ou maior. Pelo contrário: ela pode se tornar um desencadeante para algum problema de saúde mental ligado à sobrecarga e ao estresse.
Algumas empresas têm permitido que o colaborador administre seu horário de forma mais adequada ao seu ritmo: às vezes, entrar mais tarde e sair mais tarde faz toda a diferença em relação à qualidade de sono e ganho de horas que eram perdidas no trânsito no horário de pico. É uma mudança simples que pode promover um alto ganho em produtividade e qualidade de vida do trabalhador.
Mas não quer dizer que esta seja a solução para o problema. É preciso saber reconhecer o ambiente (ou contar com um profissional para isso), oferecer um espaço de diálogo e pensar conjuntamente quais estratégias poderão contribuir para a melhor saúde mental dos colaboradores.
Ações que minam a saúde mental no trabalho
Algumas ações, sejam por iniciativa do colaborador ou por incentivo da empresa, são grandes vilãs para a saúde no trabalho.
O excesso de atribuições para um excelente profissional pode levar a sintomas de estresse que levarão para o caminho contrário, diminuindo sua produtividade e qualidade de trabalho, sem contar os possíveis sintomas físicos e emocionais como consequência.
É fundamental que o tempo de descanso seja respeitado. Discutir problemas de trabalho pelo celular ou e-mail fora do expediente só aumenta os sinais de estresse, afinal, tal prática interfere no descanso mental, e de qualquer forma o problema deverá esperar para ser resolvido.
Ambientes organizacionais onde há um clima de hierarquia de chefia, e não de liderança, são propícios para o adoecimento da equipe. É importante que as pessoas se sintam respeitadas, valorizadas e ouvidas.
Não podemos deixar de citar aqui o assédio moral, fonte de sérios problemas de saúde para o colaborador e que pode inclusive acarretar em problema judicial.
Saúde mental no trabalho: desafios e soluções
Como você viu neste artigo, propiciar saúde mental no trabalho, em resumo,é oferecer um ambiente de bem-estar onde o colaborador tenha autonomia para mostrar suas competências, onde experiências e opiniões possam ser escutadas e os limites possam ser respeitados.
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O mundo atual, onde cada indivíduo é massacrado com excesso de informações por todos os lados, já é desfavorável para que os limites sejam impostos. Por isso, cabe a cada um, desde o líder ao colaborador, repensar suas práticas e focar na saúde.
Mudanças na lei
Pela primeira vez, o cuidado com a saúde mental e a prevenção de casos de assédio no ambiente de trabalho farão parte do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) das organizações.
A medida foi anunciada pelo governo federal no último dia 30 de julho, após reunião da comissão tripartite (composta por representantes de ministérios, de empresas e de trabalhadores), que decidiu pela atualização da NR-1.
Segundo a declaração do secretário de Inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Rogério Araújo, à Agência Brasil, isso significa que as empresas terão de identificar padrões psicossociais dentre os relatórios de gestão de riscos para cumprir as exigências de segurança do trabalho.
As organizações terão nove meses para se ajustar às novas diretrizes. A contagem começa a partir da publicação no Diário Oficial da União, que ocorreu no dia 28 de agosto de 2024.
Mas mesmo antes da norma entrar em vigor, as empresas já podem começar a se adequar à nova legislação. É importante que as organizações atualizem os Programas de Gerenciamento de Risco (PGR, já citados anteriormente) e procurem maneiras de evitar um ambiente de trabalho tóxico.
O PGR é um documento que deve ser elaborado e mantido pelas empresas para a gestão de riscos no ambiente de trabalho, diz Tatiana Pimenta, da Vittude. “Quando um auditor fiscal do trabalho visita uma empresa, ele pede para ver o PGR da organização para sua devida fiscalização”, explica.
O objetivo principal do PGR é identificar, avaliar e controlar os riscos no ambiente organizacional, com o intuito de prevenir acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Com a inclusão de riscos psicossociais, o programa de gerenciamento contribui para a promoção de um ambiente de trabalho que também apoia a saúde mental dos trabalhadores.
“Os próximos meses serão cruciais para que as empresas possam se preparar adequadamente para as novas exigências, especialmente no que diz respeito à identificação e à gestão de riscos psicossociais no ambiente de trabalho”, afirma Tatiana.
Em outras palavras, as organizações devem realizar diagnósticos detalhados e identificar os riscos psicossociais presentes no ambiente de trabalho com o objetivo de mitigá-los.
O QUE ESPERAR DE 2025
A saúde mental tem ganhado destaque global nos últimos anos, e, para 2025, algumas tendências prometem transformar a forma como lidamos com o bem-estar psicológico. Confira os principais temas que devem marcar o próximo ano:
1. Terapias baseadas em tecnologia
Com o avanço da inteligência artificial e da realidade virtual, novas ferramentas estão sendo integradas aos tratamentos psicológicos. Aplicativos de saúde mental baseados em IA, como assistentes virtuais para suporte emocional e plataformas de terapia online, estão se tornando mais acessíveis e personalizados.
2. Foco no Burnout e no bem-estar no trabalho
A síndrome de Burnout continua sendo um desafio global, especialmente em um mundo pós-pandemia onde o trabalho híbrido se consolidou. Em 2025, empresas devem priorizar estratégias para prevenir o esgotamento, investindo em políticas de bem-estar, ambientes mais saudáveis e iniciativas que promovam o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
3. Saúde mental infantil e adolescente
O impacto das redes sociais, o aumento da ansiedade e depressão entre jovens e as consequências do isolamento social têm chamado atenção para a saúde mental de crianças e adolescentes.
4. Inclusão e equidade em saúde mental
A disparidade no acesso a tratamentos psicológicos será cada vez mais combatida. Movimentos de inclusão para minorias, populações marginalizadas e pessoas em situação de vulnerabilidade social estão ganhando força.
5. Saúde mental e sustentabilidade
A conexão entre o bem-estar psicológico e a crise climática será mais evidente em 2025. O conceito de "eco-ansiedade", relacionado às preocupações com o meio ambiente, está crescendo.
6. Integração entre saúde mental e física
O entendimento de que a saúde mental impacta diretamente o bem-estar físico levará a uma integração maior entre essas áreas. Programas holísticos, que combinam práticas como mindfulness, nutrição consciente e atividade física, estarão no centro das atenções.
7. Redes de suporte digital e comunitário
Grupos de apoio online e iniciativas comunitárias continuarão sendo fundamentais para oferecer suporte acessível. Plataformas de mídia social estão sendo reformuladas para priorizar conteúdos que promovam saúde mental.
Com essas tendências, 2025 promete ser um ano de transformações positivas para a saúde mental.
Fiz uma lista com sugestões de temas ligados a saúde mental para conscientização do seu time:
JANEIRO – SAÚDE MENTAL
FEVEREIRO – LIDERANÇA MENTALMENTE SAUDÁVEL
MARÇO – FOCO E ATENÇÃO – O PODER DO AQUI E AGORA
ABRIL – COMPORTAMENTE MENTALMENTE SEGURO
MAIO – SEGURANÇA PSICOLÓGICA
JUNHO – COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
JULHO – CULTURA DE SEGURANÇA
AGOSTO – GESTÃO DO TEMPO – MENOS ANSIEDADE, MAIS PRODUTIVIDADE
SETEMBRO – INTELIGENCIA EMOCIONAL
OUTUBRO – VIDA EM EQUILÍBRIO – AS 7 DIMENSÕES DA SAÚDE
NOVEMBRO – DESBURNOUTIZE-SE
DEZEMBRO – FELICIDADE CORPORATIVA
Poetisa! Escritora e Psicóloga ( clínica e organizacional)
1 mÓtimo conselho, acredito que o papel do psicólogo é essencial p a empresa!!
Integration Developer | IBM App Connect Enterprise (ACE) | ESQL | JAVA
1 mParabéns pelo artigo, Helio! É incrível como o tema da saúde mental no trabalho ainda enfrenta tantos desafios, mesmo sendo tão essencial. Gostei especialmente das sugestões práticas, como integrar a saúde mental nos planos de gestão e explorar terapias com recurso à tecnologia. Precisamos de mais conversas assim para tornar os nossos locais de trabalho mais saudáveis e humanos. Obrigado por partilhar!
representante legal y propietario..
1 mPrograma de integración y formación de empleos vocacionales Inscripciones abiertas ahora Perfil de la personalidad solamente CL $25000 (US $30) #orientacioneducacionaldocentespa #orientadoreducacionaldocentespa Juntos en la inclusión educativa social Reflexiones sobre la luz en las tinieblas Aprender a ayudar en la vocación de servicio Julioandaurmoya@gmail.com NIVELES DE ACCESO : 1 PERFIL DE LA PERSONALIDAD 2 CAPACITACIÓN 3 EMPLEO EN EL ÁREA TE ESPERAMOS PACIENTEMENTE EN SAN ANTONIO PUERTO CHILE PLANIFICAR Y HACER CONFIANZA CURSOS PARA EL EMPLEO INCLUSIÓN
Administrador | ME - Ministerio da Economia
1 mDicas úteis. Agradeço muito pelo compartilhamento.