Finanças para conselheiros: um olhar estratégico para a sustentabilidade empresarial
A governança corporativa está no centro das decisões estratégicas de qualquer organização, e o papel dos conselheiros é fundamental para garantir a perenidade e o sucesso do negócio. Entre os diversos temas que exigem atenção, as finanças ocupam uma posição de destaque, pois envolvem a proteção do patrimônio, a avaliação de riscos e a maximização de retornos. O conceito de “Finanças para Conselheiros” aborda exatamente essa interface entre estratégia e finanças.
Por que finanças são cruciais para os conselheiros?
Mesmo que sua formação e carreira não sejam no mercado financeiro, é preciso entender que a compreensão financeira vai além dos números. Como cita o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa , o conselho é o elo entre a propriedade e a gestão, e uma de suas principais funções é manter o direcionamento estratégico alinhado aos interesses organizacionais. Dessa forma, os conselheiros precisam adotar uma postura questionadora e generalista, capaz de avaliar a saúde financeira da organização e antecipar cenários futuros.
Entre as responsabilidades dos conselheiros estão:
A importância de “olhar à frente” nas finanças
Tradicionalmente, conselhos focavam no histórico financeiro – olhando pelo “retrovisor”. No entanto, a visão atual exige que os conselheiros sejam capazes de projetar cenários e antecipar os desafios. Isso inclui:
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Como destaca a máxima “Cash is King”, o caixa é um dos elementos mais importantes para a saúde e expansão dos negócios. Ele não apenas mantém as operações, mas também garante segurança em momentos de incerteza e possibilita inovação.
Para exercer suas funções, conselheiros devem compreender e questionar indicadores financeiros e de negócio e, para isso, é importante definir indicadores-chave para a tomada de decisão. Alguns deles são:
Além disso, indicadores específicos, como NPS (Net Promoter Score) e receita média recorrente, são relevantes para setores como varejo e serviços. É importante entender que diferentes setores podem ter indicadores-chaves que são específicos do seu setor de atuação. Portanto é essencial conhecer o setor de atuação da empresa e definir quais são os indicadores relevantes.
Reflexões para conselheiros
Os conselheiros têm o dever de questionar e refletir sobre as metas estratégicas da organização e como estas se conectam às finanças. Perguntas como “Quais fatores macroeconômicos impactam a performance da empresa?” ou “Estamos preparados para crises que afetam margens de lucro?” são essenciais para a análise e o direcionamento.
Portanto, podemos afirmar com segurança que finanças para conselheiros não é apenas um tema técnico, mas uma habilidade estratégica. Compreender os números, interpretar cenários e atuar de forma proativa são competências indispensáveis para garantir a longevidade e o impacto positivo das organizações.
E na sua experiência, quais desafios financeiros você considera mais críticos para os conselheiros? Deixe sua opinião nos comentários!
Advogada| Transformação Digital| Palestrante| Sócia| Board Member
1 mÓtimo artigo. Acredito que mesmo aqueles que não são da área financeira, mesmo um conselheiro consultivo, deve entender o mínimo sobre o assunto e explorar o significado de algumas siglas da área e painéis de dados gerenciais.