Fisionomias “não”... fisionomias “sim”
Há matadores a solta hoje. O problema é que você não os conhece só de olhar. Eles não usam pequenos botões de identificação, nem levam cartazes advertindo a todos que fiquem à distância. Pelo contrário, vários deles parecem ser cidadãos respeitáveis, simpáticos e de boa formação, alguns em posição de liderança. Muitos são respeitados na comunidade, na empresa, seus vizinhos jamais poderiam imaginar que estão vivendo ao lado de assassinos.
Eles matam a liberdade, a espontaneidade e a criatividade; eles matam a alegria, assim como a produtividade. Eles matam com as suas palavras, suas canetas e seus olhares. Eles matam com as suas atitudes, muito mais do que com seu comportamento. Quase não existe uma organização ou entidade qualquer, onde esse perigo não esteja à espreita.
O Dr. Karl Menninger, num livro entitulado “The Vital Balance” (“O Equilíbrio Vital”), discute em certo ponto a personalidade negativa. Esse é o tipo que diz “não” a praticamente tudo. Chamando essas pessoas tristes de “pacientes perturbados”, Menninger menciona várias das coisas que caracterizam suas vidas: elas jamais fizeram um empréstimo que não fosse seguro, jamais votaram a favor de uma causa liberal, ou patrocinaram quaisquer extravagâncias. Por quê? Ele sugere que isso ocorre por não terem permitido a si mesmas o prazer de dar. Ele as descreve em termos vívidos: “indivíduos rígidos, cronicamente infelizes, amargos, inseguros e preocupados”.
Eu acrescentaria mais uma descrição – eles jamais se permitiriam ser livres. Ainda aprisionados por trás das barras de preocupações mesquinhas e suspeitas críticas, aprenderam a existir no cativeiro que prejudicou sua capacidade de ver além das demandas da vida. Por lhes faltar otimismo, reduziram a vida a regras e regulamentos essenciais para sua sobrevivência. O seu entusiasmo é pequeno demais, seu mundo excessivamente rígido e, portanto, seus rostos gritam: “NÃO”.
Recomendados pelo LinkedIn
Durante seus dias de presidente, Thomas Jefferson e um grupo de companheiros estavam viajando através de seu país (EUA) a cavalo. Eles chegaram a um rio que saíra do leito por causa de uma chuva recente. O rio intumescido havia arrastado a ponte. Cada cavaleiro foi forçado a vadear o rio a cavalo, lutando pela sua vida contra a correnteza forte e rápida. A possibilidade muito real da morte ameaçava cada um deles, o que fez um viajante que não fazia parte do grupo ficar de lado e observar. Depois de vários terem entrado e chegado ao outro lado, o estranho perguntou ao presidente Jefferson se ele o transportaria através do rio. O presidente concordou sem hesitar. O homem subiu e logo depois ambos chegaram em segurança ao outro lado. Quando o estranho desceu da sela para o chão, alguém do grupo perguntou: “Diga-me, por que escolheu o presidente para pedir esse favor?"” O homem ficou chocado, admitindo não saber que fora o presidente quem o ajudara. “Tudo que sei,” disse ele, “ é que no rosto de alguns de vocês estava escrita a resposta “NÃO” e em outros a resposta “SIM”. O rosto dele dizia “SIM”.
Francamente, não sei de nada que consiga modificar-nos de dentro para fora como o otimismo e o entusiasmo. Eles são tão surpreendentes que mudam não só o nosso coração, mas também nossas faces. O entusiasmo e o otimismo dão às pessoas uma fisionomia “SIM”.
INSIGHT by DANIEL LUZ