Fluxo de Caixa para iniciantes: como classificar nas categorias de lançamento.

Fluxo de Caixa para iniciantes: como classificar nas categorias de lançamento.

O fluxo de caixa se bem aplicado traz muitos indicadores para empresa, além claro, da capacidade de geração de caixa. Não podemos nos limitar a fazer somente os lançamentos de entradas e saídas, sem a aplicação correta nas categorias de lançamento. Confere aí como você pode aplicar as categorias na sua rotina de lançamentos financeiros. 

1. Comece pela separação das receitas

As receitas da empresa também precisam ser classificadas, não adianta classificar todas como receitas no geral se você tem receitas de prestação de serviços e aquelas relacionadas a venda de mercadorias.

O ideal é que você classifique elas conforme o tipo, as receitas de venda de mercadoria são aquelas relacionadas a venda daquilo que você produziu ou mesmo relacionado a revenda de mercadorias, no caso de você não ser uma indústria e sim um comércio.

A receita de prestação de serviços existe tanto em negócios específicos como escritórios, assessorias, empresas de vigilância, como também em empresas que podem prestar os dois tipos de serviço.Podemos pensar no exemplo de uma autopeças que além de vender a peça aos mecânicos pode também prestar o serviço de troca de óleo.

As receitas financeiras, também são uma entrada de recurso, mas não devem ser classificadas no mesmo montante das despesas que estão relacionadas ao seu negócio.

2. Separação das Despesas: o que são as saídas operacionais fixas?

A separação da despesa por categoria de lançamento também é de extrema importância. As despesas operacionais fixas, são aquelas que conforme o nome já diz não variam, elas permanecem iguais independente, por exemplo, do seu faturamento. No momento do COVID-19 muitos especialistas na área de finanças afirmavam que as empresas deveriam trabalhar com foco total na redução daquilo que era fixo no seu negócio e não é por menos, tudo que é fixo independe do seu faturamento e da sua movimentação de entradas, podemos citar como exemplo os aluguéis e condomínios, a energia elétrica e mesmo as despesas com pessoal. Tanto faz se você está faturando ou não, essa conta sempre vem no final do mês, mas as reduções devem ser planejadas com estratégias. Também não adianta sair demitindo todo mundo, até por que isso também gera um desembolso de caixa imediato referente às rescisões. Para tudo necessitamos de um planejamento.

3. Separação das Despesas: o que são as saídas operacionais variáveis?

As despesas variáveis são aquelas que somente ocorrem no caso de você vender mais ou produzir mais, podemos exemplificar da seguinte forma: o imposto que você paga sobre a sua operação certamente irá variar conforme o seu faturamento, as comissões para equipe de vendas, se eles venderem mais ou extrapolarem as metas da empresa, você terá um desembolso maior de caixa.

Também podemos relacionar os fornecedores, se a empresa vende mais ela precisa de mais matéria-prima e insumos para produzir e entregar aquilo que for vendido, se ela é um comércio precisa comprar mais produto para revender na sua loja.

Então a partir de agora você pode avaliar no seu negócio e classificar aquilo tudo que se comporta de forma variável.

4. A separação entre o que é operacional e não operacional

Além de tudo isso que discorremos ao longo deste artigo, ainda é essencial que você saiba diferenciar o caixa operacional do não operacional. O caixa operacional inclui toda movimentação que está relacionada à atividade fim da sua empresa, ou seja venda de produtos ou serviços, dependendo do seu modelo de negócio. 

Já o caixa não operacional, é tudo aquilo que não tem haver com a atividade fim da sua empresa, mas lembre-se ele existe e pode existir, nem sempre isso é sinônimo de uma má gestão, se bem controlado podemos por exemplo relacioná-lo a um capital de giro para expansão dos negócios que é algo relevante e saudável para a empresa. O “lado negro” do não operacional é aquilo que faz mal para o seu negócio, como por exemplo, aquele capital de giro contratado no sufoco, sem avaliação alguma. Aí sim você pode ter uma tremenda “dor de cabeça” em um futuro próximo. 

Esse gerenciamento é fundamental, porque somente através desta avaliação das receitas com as despesas operacionais você consegue identificar se a empresa tem um déficit ou um superávit de caixa. Uma boa avaliação do caixa não operacional te permite fazer um bom parcelamento dos impostos que estão atrasados ou ainda planejar um capital de giro que realmente “caiba no bolso” e possa te auxiliar em um momento de aperto. 

Esse tema é de extrema importância e pode não ser tão simples quanto muitos imaginam. Então não fique no escuro com as suas finanças e peça ajuda para retomar o controle da sua empresa. 

Precisa de ajuda para organizar seu processo administrativo-financeiro? Converse com um de nossos especialistas. Nós podemos te ajudar a traçar um bom plano para sua empresa, alinhar sua equipe e obter os melhores resultados!

** Autora Letícia Tessmann

** Sobre autora:

Contadora, Professora e Palestrante. Especialista e Mestre em Controladoria. Possui larga experiência em demonstrações financeiras, consolidação de empresas nacionais e internacionais, reporte à casa Matriz, auditoria e controladoria. Atuou por mais de 6 anos em empresas multinacionais, tais como Ernst & Young, Gerdau e Yara Brasil Fertilizantes, nas áreas de auditoria externa, contabilidade e financeira. Foi professora de graduação da UNISINOS e FACCAT. Atualmente é professora de pós-graduação em Universidades como UNIRITTER e FACCAT, nas áreas de contabilidade e controladoria. É autora de artigos científicos e capítulos de livros nas áreas de Responsabilidade Social e Controladoria. Atualmente é Diretora e Consultora da Roma, atuando como especialista em projetos relacionados à Processos e Auditoria Interna.

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