FOI BOM PARA VOCÊ TAMBÉM?
O Empreendedor brasileiro tem que compreender que não é uma ilha, mas um arquipélago.
Recentemente presidi no Centro Empresarial de São Paulo - CENESP, a entrega do Prêmio Top Of Mind Brazil, promovido por minha empresa, o Inbrap - Instituto brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública Eirele, e na oportunidade consegui reunir um bom número de empreendedores brasileiros, de todos os portes e de vários Estados da federação, porém antes de iniciar o evento em si, tive um encontro com o Palestrante Erik Penna, uma pessoa maravilhosa que conheço há treze anos e que já tive oportunidade de ler diversos textos seus bem como alguns dos seus cinco livros, e ele me fez algumas perguntas que acho pertinentes tratarmos nesse momento, neste pequeno "artigo".
A primeira pergunta, que achei muito pertinente é o que diferencia o prêmio (incentivo) que anualmente promovo. Respondi que diferentemente de "top"s similares, o que procuro levar em conta não é o tamanho e faturamento das empresas, mas três compromissos que acho imprescindíveis aos empreendimentos contemporâneos: ética e sustentabilidade (essa compreendida como consciência em se respeitar o meio ambiente natural, humano e social).
A segunda pergunta, gerada pela primeira, foi como eu chego a essas empresas, pois que naquela noite (15 de novembro pretérito) eu reunia desde salões de beleza da periferia de São Paulo a empreendimentos de maior vulto tanto do Estado de São Paulo quanto de outros Estados. Expliquei ao Erik, sempre gentil como lhe é inerente, que eu pesquisava nas pages das empresas, nas redes sociais tanto dos empreendimentos quanto dos empresários/empreendedores, ouvia sugestão, lia os comentários de seus públicos, recorro a sítios eletrônicos especializados, a comentários e opiniões de especialistas em empreendedorismo, leio a literatura especializada, ou seja, realizo uma gama de análises para chegar o mais próximo possível da promoção da justiça em meus julgamentos, minhas análises. Reconheci para meu ilustre amigo que não sempre é fácil e que equívocos às vezes acontecem. Mas creio que o mais importante é que ajo com probidade e respeito às pessoas e a seus empreendimentos.
Mas há um outro motivo para a existência da minha empresa: reunir empreendedores de todos os tamanhos num espaço de confraternização onde, espero, nasçam parcerias, onde as pessoas possam se conhecer, compartilhar experiências, conheçam outros pontos de vistas, conheçam as histórias de outros empreendedores e sobretudo se sintam respeitados e queridos, apesar do tamanho e do faturamento de suas empresas. Em síntese, que o empreendedor brasileiro perceba que não ele não é uma ilha, mas no encontro com outros empreendedores ele se sinta parte de um arquipélago de empreendedores, de gente que quer fazer, transformar, vencer, crescer, evoluir, somar,diferenciar-se sem perder o agir ético e o respeito ao meio ambiente social, humano e natural.
Minha esperança sempre renovada é que um empreendedor olhe para o outro e faça aquela pergunta que não pode calar: "Foi bom para você também?"
Não há lógica em se levar vantagem em tudo. Não há lógica em se ganhar sozinho. Se vendo canetas, que mal há em apresentar ao mercado quem vende cadernos? Empreender é antes de tudo servir. Há nisso uma grande espiritualidade. A espiritualidade do serviço generoso e humano.
A grande sacada é o empreendedor singularizar-me na fraternidade, pois o mercado que assombra é uma construção ideológica a serviço de ninguém - ou pelo menos não a serviço de quem tem compromisso com a verdade. O que chamamos de mercado são seres humanos com necessidades que merecem ser atendidas. E necessidades que muitas vezes - e isso é necessário sabermos, são criadas a todo o momento.
Os parceiros dos empreendedores não são sextas-feiras sem expressão, mas são humanos seres que merecem o nosso afeto e respeito. A isso chamamos Empreendedorismo.
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