A força das palavras
A palavra tem muita força. Já reparou?
Eu gostaria de trazer um ponto para nossa reflexão sobre essa força. Não apenas com as coisas que dizemos no calor do momento, mas principalmente sobre o uso que fazemos de determinados termos, sem de fato pensar sobre o significado deles.
Algo que vejo com frequência em discursos e textos, por exemplo, é o uso das palavras "formatar", "forjar" e "moldar" em relação a pessoas. Tenho observado como, ao escolhermos essas expressões, estamos indiretamente (ou diretamente) sugerindo que é possível — e até desejável — criar pessoas que se encaixem perfeitamente num "molde". Quando modelamos personalidades, há uma perda gigante de potencialidades, competências e possibilidades. Afinal, a diversidade é engrandecedora para as corporações. Além disso, experiências de vida e maneiras de pensar que divergem podem gerar insights estratégicos importantes.
Voltando aos termos, ainda que usados com boas intenções, carregam uma conotação de uniformidade, de fazer alguém “igual” ao modelo pré-existente. Quando dizemos que “formatamos uma equipe” ou “moldamos um profissional”, acabamos promovendo um tipo de padronização que não se alinha ao que as pessoas realmente são: indivíduos únicos, com bagagens e perspectivas próprias.
Em contextos de inovação, transformação organizacional e desenvolvimento de equipes, não é justamente a diversidade de ideias e experiências que gera soluções diferenciadas? Se pararmos para pensar um pouco além, o que difere o texto criado por um humano daquele feito pela Inteligência Artificial é justamente essa particularidade criativa e imprevisível que nós carregamos e o algoritmo não. Por que desejaríamos eliminar uma das características que nos tornam diferentes do robô?
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Neste caso, entendo que o crescimento real — tanto das equipes quanto das organizações — acontece quando potencializamos as individualidades.
Penso que estamos insistindo em linguagens que sugerem homogeneidade sem pensar muito sobre elas. A necessidade em olhar de perto a força das palavras é porque um termo pode tanto engrandecer como limitar significados, além de guiar atitudes de acordo com o entendimento que se faz dessas expressões.
Acredito que é um bom exercício repensar essas palavras. Afinal, elas podem sim moldar realidades.
#GestãoDePessoas #Diversidade #RecursosHumanos
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1 mConcordo
Digitalization & Development Leader | Quality Assurance | Continuous improvement | Additive Manufacturing |
1 mAmazing article Francisco Cuesta !
Empreendedor e cego. Fundador e CEO da Vetyver Qualidade de Vida no Trabalho. ESG com inclusão e diversidade na pele!
1 mExcelente ponto de vista, Cuesta!
Engenheira Pós graduada em Ergonomia. Lidero a gestão de processos complexos de SHEQ que necessitem de excelência no atendimento aos Requisitos Legais e de clientes.
1 mGosto muito de ler seus textos Cuesta...super reflexivos
Diretor de Operações, COO, CTO, Projetos Estratégicos, Engenharia de Projetos/Produtos, Supply Chain, Compras, Logística, Manufatura, Qualidade, Serviços, Pós-Vendas, Gestão de Projetos, Inovação e Excelência Operacional
1 mMuito informativo