Fracht Journal #3
A China tem enfrentado o que se espera ser o maior surto que o mundo já viu, de acordo a última análise feita. O cenário ocorre após o governo da China, país de 1,42 bilhão de habitantes, desistir da política de covid zero, que isolava a população com resultado positivo. Além da queda de restrições, não há mais política de testagem em massa e casos sintomáticos deixaram de ser reportados, portanto os esforços para incluir todas as infecções na contagem diária foram descartados, deixando os residentes dependentes de testes rápidos sem obrigação de relatar os resultados.
O surgimento da variante Ômicron altamente transmissível provocou um salto nas infecções, e com isso algumas interrupções na cadeia de suprimentos podem vir a acontecer.
E como isso afeta o Brasil? Um dos riscos que se espera é a falta ou encarecimento de insumos médicos no mercado internacional, já que a China é produtora mundial de respiradores mecânicos, máscaras, antibióticos e outros medicamentos. Uma grande demanda lá pode dificultar a oferta em solo brasileiro, o que exigirá preparação e jogo de cintura de gestores de saúde.
Capitaneada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a greve de pilotos e comissários que foi iniciada em 19 de Dezembro, já vem impactando no fluxo aeroviário nacional.
Informações apuradas nesta quarta-feira 21/12/22 mostram que o terceiro dia de paralisações foi marcado por inúmeros voos atrasados e cancelados.
A greve que acontece durante 2 horas por dia, mais precisamente entre as 06h e 08h, provocou 12 cancelamentos em Congonhas e 19 cancelamentos no Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro.
O SNA divulgou que serão 09 aeroportos ao todo, onde ocorrerão as paralisações, sendo os aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos (São Paulo), Galeão e Santos Dumont (Rio de Janeiro), Confins (Minas Gerais), Porto Alegre, Brasília e Fortaleza.
As principais reivindicações dos grevistas são reajustes nas políticas de salários da classe e até o momento não há uma previsão de encerramento das negociações com o SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias).
No ultimo dia 14 de dezembro, o Ministério da Economia divulgou em seu site oficial o novo cronograma de implementação do NPI – Portal Único Siscomex.
As novas datas divulgadas ajudam o mercado a entenderem os prazos e ações necessárias para se adequarem a nova realidade de importação brasileira.
Importante relembrarmos que o NPI (Novo Processo de Importação) é um projeto com proporções nacionais, abrangendo todas as operações de importação realizadas por empresas brasileiras. Tem de ser desenvolvido em fases nos últimos anos e já vem proporcionando ganhos em otimização de tempo e recursos.
Já o Portal Único Siscomex é a plataforma digital do NPI onde todos os módulos e fases da importação, incluindo o registro da DUIMP (Declaração Única de Importação) são realizados.
Os prazos divulgados são:
JULHO/2023 – regimes aduaneiros especiais e drawback já sendo operados no Portal Único e implementação do CCT Aéreo da DI.
DEZEMBRO/2023 – meta de 70% de conclusão, com o processamento de 100% dos processos do modal aéreo no Portal.
JULHO/2024 – meta de 75% de conclusão e inclusão dos processos da Zona Franca de Manaus, e do Despacho em Zona Secundária.
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DEZEMBRO/2024 – Prazo estabelecido para 100% de conclusão, ou seja, que todas as importações sejam processadas via Portal Único.
2025 – Se espera a implementação da Inspeção Remota.
2026 – Estima-se que haverá a implantação do CCT Aquaviário e das Remessas Internacionais.
Esta notícia veio para deixar todos os intervenientes do comércio internacional animados.
Trata-se de uma nova Lei aprovada que entrará em vigor a partir de 31 de dezembro.
O novo marco cambial como vem sendo chamado, promete a desburocratização dos processos que envolvem as remessas internacionais de compra e venda entre moedas diferentes.
Atualmente, o texto legal que versa sobre o câmbio brasileiro envolve 40 leis e 440 artigos, algumas delas criadas há mais de um século em que todo esse emaranhado de normativas legais será substituído por uma lei única com apenas 29 artigos.
Dentre as grandes mudanças apontadas por especialistas, destacam-se a simplificação dos processos de recebimento e envio de remessas, a participação menos ativa do Banco Central e o maior nível de segurança nas transações internacionais realizadas.
Na prática, o novo marco legal faz com que o Banco Central que possui a incumbência de fiscalizar toda e qualquer operação internacional realizada por bancos e empresas brasileiras, passará a dar mais autonomia para que os players do comércio internacional desenvolvam suas próprias políticas cambiais, obedecendo às regras da nova lei a ser vigorada.
É uma atualização que coloca o comércio internacional brasileiro em sintonia com o mercado global e as práticas cambiais mais modernas.
Estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) foi divulgado na última sexta-feira, 16 de dezembro, revelando dados sobre a penetração de produtos importados no mercado doméstico.
A participação do mercado nacional recuou nos últimos anos com relação ao avanço de players estrangeiros. Esse aumento da participação estrangeira atingiu seu ápice em 2021 onde o Coeficiente de Penetrações das Importações chegou a 23,4%, maior índice da série histórica iniciada em 2003.
Os indicadores analisados no estudo são o Coeficiente de penetração das importações, Coeficiente de insumos industriais importados, Coeficiente de exportação e o Coeficiente de exportações líquidas.
Um dos principais motivos apontados pelo estudo foi o aumento considerável nos últimos anos das importações de farmoquímicos e farmacêuticos.