Frustração: Uma relação direta com o sucesso!
Você já reparou que algumas das pessoas mais bem sucedidas do mundo não seguiram o caminho comum? Reparem, Steve Jobs (criador da Apple e da Pixar), Bill Gates (Microsoft), Richard Branson (Virgin Group), Mark Zuckerberg (Facebook), são alguns entre muitos profissionais das mais diversas áreas como literatura, arte, negócios (lista pode ser encontrada aqui), que nunca tiveram um diploma universitário.
“Tá! Mais isso é fora do país! Aqui a realidade é outra!” Ok, segue outro fato, você sabia que quase metade dos Bilionários do país, não tem diploma universitário? Eles são pessoas como Eike Batista (Grupo EBX, chegou a ser o mais rico do Brasil e um dos mais ricos do mundo), Samuel Klein (Dono das Casas Bahia), Silvio Santos (dispensa apresentações!), entre muitos outros.
Vir de família rica pode ter ajudado muitos, mas com certeza não foi o fator definidor deste sucesso. Alguns nem família rica tiveram. Samuel Klein, foi refugiado da segunda guerra mundial. Antes de chegar ao Brasil, foi um carpinteiro polonês que sobreviveu ao campo de concentração nazista. Silvio Santos proveniente de família humilde, começou a sua carreira como camelô. Foi descoberto na rua e chamado para fazer um teste na rádio local. Com grande potencial para ser radialista, passou em primeiro lugar, superando até mesmo mestres como Chico Anysio, porém, preferiu voltar as ruas, pois ganhava mais.
“Como a repressão da polícia ao comércio ambulante era grande, ele (Silvio Santos) e Leon (seu irmão) vendiam seus produtos na rua por apenas 45 minutos por dia, que era o tempo de almoço dos guardas.”
Para reforçar esta tese, que em meio a tantas opções de desenvolvimento individual, diplomas não são mais um diferencial, veja esta reportagem, em que muitos empresários têm reclamado do desempenho de seus profissionais diplomados.
Mas o ponto aqui não é ter ou não diploma universitário. Este foi somente o meu ponto de partida para demonstrar como empresários de sucesso, trilham os seus próprios caminhos, seguem os seus sonhos, são batalhadores e resilientes as condições ruins de seus ambientes. Pare e pense:
Quanto tempo estes grandes executivos teriam levado para se tornar o que são hoje, se tivessem que passar pela faculdade, conseguir o primeiro estágio, e, a partir dai, analistas, coordenadores, e aqui neste ponto provavelmente teriam iniciado um MBA, para assim estarem aptos a se tornar gerentes, diretores, etc?
Algo que me inspirou muito a escrever este texto, foi este incrível vídeo (mais que recomendado para se assistir), do Pedro Calabrez (veja sua biografia aqui), que explica demonstra a visão da ciência do que faz o ser humano feliz.
A VIDA É COMO UM U.
Se formos seguir o fluxo imposto pela sociedade, hoje entramos na escola, nos formamos, vamos para a faculdade, conseguimos o nosso estágio e dai por diante seguimos a nossa vida tanto profissional, quanto pessoal.
O problema é que logo ao iniciar a nossa vida adulta, temos uma série de recompensas instantâneas, como conseguir entrar na faculdade, conseguir o nosso primeiro emprego, comprar um carro, termos uma vida social ativa, entre muitos outros, e por isso ao iniciar a nossa vida adulta, nos sentimos felizes, pois temos diversas recompensas para o nosso eu presente.
O problema é quando passamos a entrar para o fluxo imposto pela sociedade. Nossos sonhos e realizações presentes passam a se tornar cada vez mais distantes, se tornando possíveis somente no nosso "eu futuro".
Por exemplo, quando vamos ter aquela tão sonhada estabilidade financeira, sermos aquele executivo tão bem sucedido? Aquele tempo para ver a família ou aqueles amigos, que por falta de tempo ou cansaço, já não conseguímos mais vê-los? E aquele nosso passado glorioso, em que éramos tão felizes e cheio de conquistas?
Ao entrar no fluxo, de tentar melhores empregos, carreiras, promoções e especializações, passamos a nossa vida inteira numa eterna busca de projeções, dedicando o nosso tempo para realizações distantes. Assim, esquecemos de realizações de curto prazo, que fazem o nosso "eu presente" realizado, o que gera muita frustração, pois nada muda em nossas vidas.
Deixamos de ver nossa família, dedicamos cada vez menos tempo para os amigos e fazemos cada vez menos coisas que realmente gostamos. É por isso que muitas pessoas que estão na fase dos 30 ou 40 anos se sentem frustradas.
No final da vida, por não termos muito mais coisas que podemos projetar, passamos a percebemos o valor da família unida e a apreciar mais as nossas conquistas imediatas, o que nos traz uma sensação muito maior de realização plena.
Sendo assim, a vida para a maioria das pessoas é como um U, em que iniciamos e terminamos a nossa vida totalmente felizes e realizados, porém passamos grande parte dela frustrados por termos projetado demais o nosso sucesso para o longo prazo.
O QUE IMPORTA É A TRAJETÓRIA E NÃO O DESTINO
Esta é uma frase clichê mas realmente atual. No fim, todos nós alcançaremos o ápice da felicidade no parte mais madura de nossas vidas. Aprenderemos o valor da família, teremos uma situação financeira mais estável e saberemos apreciar tudo aquilo de bom que nos acontece, sendo menos preocupados com o "Eu futuro", olhando menos para o "Eu passado" e mais para o "Eu presente".
A diferença entre todas estas pessoas bem sucedidas que citei inicialmente, é que todos estes focaram nos resultados de curto prazo, no eu presente, e não tiveram medo de enfrentar suas frustrações.
Ao invés de seguir o fluxo, terem um emprego estável, seguir o movimento de U, em que já iniciam a sua vida no ápice de suas realizações, passaram a olhar para as suas principais frustrações desde o inicio da sua vida e buscaram jeitos de contorná-las o mais rápido possível.
Por que não sou hoje aquele diretor de sucesso? Aquele cantor famoso, chefe renomado?
"Fazer um curso ou faculdade, conseguir um emprego, vai ser o caminho mais rápido para atingir os meus objetivos curto prazo?" Todas estas pessoas que já citadas aqui ao invés de iniciar a sua vida com projeções para se formarem em 4 anos e conseguirem um estágio? Como posso atingi-lo sem depender de ninguém e de uma forma rápida?
Se estas pessoas tivessem seguido o fluxo, Quantas frustrações não teriam encontrado neste processo? E acima de tudo, todo este trabalho e tempo dedicado, para construir um império para outras pessoas, ganhando apenas 0.00000000001% dos lucros totais? E se você tivesse empenhado todo este tempo e esforço tentando construir algo para você? O que você teria construído?
Estas pessoas não se preocuparam em pequenas realizações presentes, mas sim nas suas grandes frustrações, como por exemplo já não ser um executivo de sucesso. E assim, lutaram pra satisfizeram tanto o seu eu presente, quanto o eu passado e o eu futuro, construindo a sua própria trajetória, sem depender de alguém que os empregue.
Apesar de não serem felizes inicialmente e terem o futuro incerto, elas chegaram lá muito antes de você e foram muito mais felizes, tendo controle total de sua vida. Elas puderam se casar antes, ter família com mais de um filho, viajar, ter tempo para família e amigos, e até em alguns casos ter te contratado para trabalhar para elas.
AS ESCOLHAS QUE FAZEMOS DEFINEM A NOSSA VIDA, COMECE AGORA!
Parece difícil? Muito arriscado? Isso é história de bla bla bla? Não precisa largar tudo, nem reinventar a roda, muitas coisas podem ser feitas junto com o seu trabalho, envolvendo algum esforço e dedicação. Para exemplificar, acho que vale ressaltar alguns casos de pessoas que ganham muito mais que você, trabalhando muito menos, com coisas bem mais simples e com muito menos pressão.
1. Começando por baixo: O Cara dos brigadeiros
Com o objetivo de juntar dinheiro para o seu intercâmbio, trabalhando bem menos de 8 horas por dia e somente 4 dias a semana, João Ricci conseguiu juntar 9.000 reais com pouquíssimas horas de trabalho, vendendo somente brigadeiros e sua história pode ser lida aqui.
2. O Comum: O tio do milho
Seu Aurélio Barbosa Pereira vende milho no período noturno, perto das faculdades Belas Artes e ESPM. Ele comercializa entre 100 a 150 milhos por dia, trabalhando somente no período noturno, das 5 às 10, tendo faturamento médio de R$ 12.500 mensais e sua história pode ser lida aqui.
3. Inovadores: Bronzeamento na laje
Érika Martins desenvolveu um novo tipo de bronzeamento, o bronzeamento na laje! Com criação de sua própria linha de biquínis feitos de fita isolante e o desenvolvimento do seu próprio bronzeador, esta empreendedora cede o espaço de sua laje para que mulheres fiquem bem bronzeadas. No verão passado faturou R$ 50.000, e este ano pretende dobrar seu faturamento, sua história pode ser lida aqui.
Resumindo: Torne seus planos futuros em planos presentes. Ache um jeito mais rápido para o caminho do sucesso e não se importe tanto com o que os outros fazem. Tendo estes objetivos e planos de curto prazo, você não irá mais projetar a sua felicidade para o futuro e evitará frustrações no presente! Faça qualquer coisa, se arrisque, saia da sua zona de conforto, e você verá como é bom ser livre para decidir o seu próprio futuro!
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Fernando Nahat Jardim é orientador de projetos empreendedores na ESPM e analista de marketing de produto na Geofusion (Empresa de Inteligência Geográfica de Mercado).
Morou 5 anos fora do país em lugares como Austrália, Vietnam e Nova Zelândia. Além de vivenciar novas culturas, passou por experiências profissionais mais diversas como coordenador de eventos para patrocinadores do All Blacks, Door Knocker vendendo energia elétrica em um bairro que todos só falavam árabe, entre muitos outros.
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Super obrigado, espero que volte novamente!
Consultora de Projetos, Relacionamento e Atendimentos Humanizados
8 aE que possamos sempre fazer o que mais amamos, pois este é o caminho para o sucesso pessoal, o restante vem de lambuja. Adorei seu texto, Fernando. Partilhei com meus filhos.
Excelente reflexão Fernando Jardim. Parabéns!