Fusão ou CONfusão?

Não sei se é mania de grandeza, ambição ou o fato de ter vindo de empresas multinacionais onde tudo acontece em proporções extremas. O que sei é que me deparei com inúmeros livros e cursos que sempre deram diversas justificativas para provocar uma fusão de empresas. 

Neste universo, o que mais se ouve é:

“Vamos aproveitar a sinergia!”

“Vai nos ajudar a reduzir custos.”

“Teremos mais infraestrutura para atendimento e um portfólio mais completo.”

No fim das contas, tudo se resume a: blá, blá, blá. E neste embrolho, já tive experiências que se provaram uma grande confusão. 

A dificuldade em unir grupos diferentes de colaboradores já é uma barreira: dois diretores de marketing? Duas equipes comerciais? Quem lidera? Quem fica com a sala da vista mais bonita? Mesmo os mínimos detalhes parecem atrapalhar. Além disso, o desalinhamento em relação ao público-alvo e objetivos futuros também se provaram fatores determinantes em parte desses fracassos. 

Não me leve a mal, continuo acreditando nesse modelo para algumas empresas! A questão é que vejo com mais clareza as dificuldades a serem enfrentadas. É como um casamento: tem quem junte tudo e se dê super bem; tem quem insista em ficar junto e acaba igual Romeu e Julieta… 

Diga-me: qual é a sua experiência? É uma FUSÃO ou uma CONFUSÃO?

Jorge Geras é sócio-fundador da Sinnapse, agência digital. É formado em Engenharia Eletrônica e possui especialização em Administração (FGV) e Marketing (Wharton) – além de cursos em Harvard, Stanford e MIT. Desenvolveu uma carreira internacional com expressivos resultados, tendo atuado em empresas como HP, DuPont, British Petroleum, entre outras. Especialista em Marketing Digital e Inovação (com as duas patentes internacionais), e também é autor de 2 livros nas áreas de Reestruturação de Empresas e Planejamento Estratégico.  

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