Futuro do Investidor #5 - Tesouro Direto
Arte por Deryty

Futuro do Investidor #5 - Tesouro Direto

Na última edição da nossa newsletter, que já faz algum tempo, entendemos como funcionam os investimentos na Renda Variável, caso queira ler é só clicar aqui!

Para esta edição quero te falar sobre o investimento em títulos públicos, mais especificamente, como você pode emprestar dinheiro para uma instituição em que o risco de calote é mínimo, quase zero.

Também quero aproveitar para te falar sobre o investimento que mantém o seu poder de compra ao longo dos anos, corrigindo o seu dinheiro da variação de preços.

Vamos lá!?

Títulos Públicos do Governo Federal

Os títulos públicos são instrumentos utilizados por todos os governos do mundo. Como sabemos, os governos têm os seus gastos e precisam direcionar recursos para algumas áreas.

💸 Os gastos de um governo vão desde a folha de pagamento até contas de água, luz, aluguel etc. Lembrando que os funcionários públicos não são apenas os políticos, ainda que eles possam ser a maior parte das despesas de salário.

Por outro lado, há alguns investimentos que são necessários, como a construção de escolas, hospitais, rodovias e outros.

Para tudo isso é necessário dinheiro, assim o Governo costuma emitir os títulos públicos para captação desses recursos.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a plataforma, que no Brasil, usamos para compra dos títulos públicos federais.

🫱🏼🫲🏽 É uma forma de investir nos títulos públicos sem precisar de um intermediário. A negociação desses títulos é feita diretamente entre o Governo Federal e os investidores.

No Brasil, os títulos públicos também costumam ser chamados de Tesouro Direto ou Títulos do Tesouro.

Títulos do Tesouro Direto

Para cada objetivo e perfil de investidor existe um título do Tesouro Direto. Atualmente, o Governo disponibiliza os títulos pré-fixados, pós-fixados e os títulos híbridos.

Tesouro Pré-fixado

✍🏽O Tesouro Pré-fixado é aquele em que a taxa é definida desde o começo do investimento.

É o investimento mais adequado para aqueles que querem saber exatamente o rendimento que terão no investimento.

Algo importante a se considerar na escolha dos títulos pré-fixados é a alta da inflação.        

É preciso descontar a variação da inflação no período da rentabilidade do título. Caso a taxa de inflação seja maior que a taxa de rentabilidade, você terá um poder de compra menor. Em outras palavras: perdeu dinheiro.

Tesouro Selic

O título público conhecido como Tesouro Selic tem a sua rentabilidade atrelada à variação da taxa Selic.

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é um instrumento utilizado para o controle da inflação.

📊 Em resumo, quando a inflação está alta, a Selic é elevada para combater essa alta da inflação. O inverso também ocorre, caso a inflação esteja baixa, a Selic é reduzida “acompanhando” a inflação e estimulando a economia.

A definição da taxa Selic é feita a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (o Copom), órgão do Banco Central responsável pela política monetária.

O Tesouro Selic é o mais recomendado para aquele seu objetivo de curto prazo, já que a rentabilidade do título é diária.

Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA são os títulos cuja rentabilidade está atrelada à inflação.

Ele é o investimento mais adequado para aqueles seus objetivos de longo prazo.

Como sabemos os preços mudam a todo momento, e o que comprávamos ano passado com 100 reais, não é o mesmo que compramos agora com esses mesmos 100 reais.

Esse aumento contínuo e generalizado dos preços é o que chamamos de inflação.

Quando investimos no Tesouro IPCA, o nosso dinheiro investido é reajustado pela inflação, assim conforme os anos passam o seu dinheiro continuará valendo a mesma coisa.

Outro ponto interessante é a rentabilidade adicional que há em alguns títulos indexados a inflação, os chamados IPCA+, como é o caso do oferecimento atual (outubro/2024) de IPCA+6% ao ano.

Isso significa que esse título no vencimento corrige o dinheiro pela variação da inflação no período e adiciona uma rentabilidade de 6% ao ano.        

Importante destacar

Como uma pessoa que acompanha há pelo menos 8 anos os investimentos em títulos públicos, não posso deixar de citar que o investimento hoje está mais facilitado, por dois motivos: a mudança no nome dos títulos e a criação de títulos temáticos.

Sobre as mudanças nos nomes dos títulos vou citar dos nomes atuais para os antigos.

  • As Letras do Tesouro Nacional (LTN) mudaram para Tesouro Prefixado;
  • As Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) mudaram para Tesouro IPCA+;
  • As Notas Financeiras do Tesouro Série F (NFT-F) mudaram para Tesouro Prefixado com juros semestrais.
  • Por último, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) foram denominadas de Tesouro Selic.

Sobre o autor

Diogo Brandão é economista com larga experiência no mercado financeiro, sobretudo em projetos voltados à educação financeira. Foi diretor e professor na ONG de educação financeira Bem Gasto.

Trabalhou nas empresas Suno Research, Levante Ideias de Investimento e Guide Investimentos. Atualmente é copywriter na EQI Investimentos.

Também participou do lançamento da primeira plataforma de streaming a unificar educação financeira, investimentos e notícias.

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