Gente demais, falando demais
É muito Conteúdo para pouca cabeça
Se você, como eu, está de saco cheio e considera agridoce a sensação de ficar (mesmo que sorrateiramente) online e imediatamente receber uma enxurrada de informações, já podemos nos considerar amigos!
É ruim, mas é bom. Mas é ruim, sabe?
Acredito que concordamos que a parte doce da coisa toda é o acesso praticamente ilimitado ao conhecimento e a democratização dos canais de comunicação online. Já a parte chata é o volume e frequência com que as informações nos alcança (sério, quem consegue consumir TANTO conteúdo?) e a sensação de que estamos, o tempo todo, sendo atropelados por notícias, dicas, novidades, opiniões, promoções imperdíveis. Convenhamos: todo mundo quer dizer alguma coisa e a internet é um grande megafone. Dá vontade de tomar essa ferramenta da mão alheia e dizer: vai brincar de outra coisa!
Vem aqui, vem...
Confissão: ao pedir pro coleguinha sair da brincadeira, a verdade é que eu queria o brinquedo só pra mim...Veja bem que ironia, aceite a minha mão e venha visitar o outro lado da tela. É, isso mesmo, saia um pouco deste lugar de leitor e se coloque aqui comigo, somos eu e você sentados neste sofá talvez colorido demais para o seu gosto, o cachorro roncando aos nossos pés, o notebook no colo, a postura confortável porém não-recomendada por profissionais da fisioterapia. Estamos, eu e você, digitando um texto que aparentemente já perdeu o foco (mas temos fé de reencontrá-lo em breve), enquanto ao mesmo tempo que temos grandes pensamentos acerca da tecnologia da informação, nos perguntamos de onde veio esta baixa temperatura inapropriada para o inverno soteropolitano. Aceita um café?
Bom, a esta altura já estamos íntimos - mas levamos 3 parágrafos para chegar a este nível de relacionamento. Inclusive, isso já prova que o seu hábito de leitura é superior ao da maioria dos brasileiros, então parabéns! Mas divagamos (calma, confia no processo!). O que quero dizer é que, como criadora de conteúdo, eu estou o tempo todo competindo pela sua atenção, a atenção do usuário, então é um prazer te ter aqui comigo. Talvez você, diretamente, não crie conteúdo - mas certamente a empresa onde trabalha tem alguém fazendo isso. Ou, se você é empreendedor, sabe que precisa colocar a mão na massa ou contratar alguém que cuida da presença digital do seu negócio. O importante é estar online e falar alguma coisa. E, neste ponto, voltamos a estar todos no mesmo barco (ou sofá colorido): estamos descaradamente usando a internet como um megafone para divulgar produtos, serviços, ideias, opiniões… tudo aquilo de que reclamamos lá na introdução (o mundo dá voltas!).
Too much information
Para que a nossa mensagem seja efetiva, já sabemos que precisamos competir por algum destaque no mar de informações. Como fazer isso? Eu tenho estudado as possíveis diversas respostas a esta questão e trago hoje 03 dicas práticas com base no livro Storytelling com Dados: um guia de visualização de dados para profissionais de negócios, de Cole Nussbaumer Knaflic.
(Olha só, você achou que eu havia perdido o foco, mas eu já estou até citando referências! Eu não disse que valia a pena confiar no processo?).
03 Dicas de Ouro
Knaflic foi nada menos do que gerente da equipe Google People Analytics, e nos orienta o seguinte:
Recomendados pelo LinkedIn
É importante é que o seu conteúdo seja acessível e agradável.
01. CONTEÚDO AGRADÁVEL
Como a gente já se conhece, vou traduzir esta dica para: não seja chato! Ou ainda: Se liga, falar difícil não te faz melhor do que ninguém! Então, independente do formato do seu conteúdo, garanta que ele é agradável de ouvir/ver/assistir/ler, pois este é um indicador da capacidade da sua mensagem de atingir o objetivo estabelecido.
02. CLAREZA DA INFORMAÇÃO
O poder corrompe. O PowerPoint corrompe totalmente.
(Edward Tufte, Professor da Universidade de Yale)
Knaflic dá uma surra de sensatez ao defender que imagens claras e agradáveis contam uma história irrefutável, então fuja das extravagâncias e dê ênfase a sua mensagem. Aqui, entendemos sobre como é importante a escolha de um visual eficaz. E, como nem tudo são gráficos, a autora enfatiza:
O texto é seu amigo.
Falando em formato de conteúdo, acrescento: seja coerente na escolha do seu Canal de comunicação: vamos ser sinceros, se você estivesse na famigerada rede social (o TicoTeco), nunca leria um texto como esse, estaria mais interessado em dancinhas (e tudo bem, pois estaria no lugar certo!). Já no Instagram, mesmo que você siga contas profissionais, a legenda ou carrossel traz a informação condensada - eu mesma estou por lá falando dos mesmos temas, mas de outro jeito. Ou seja: o formato, tamanho e tipo de conteúdo deve ser coerente com o ambiente escolhido para compartilhá-lo.
03. DEFINA OBJETIVOS
Nem todos os dados têm importância igual.
É preciso ser intencional. Puxando a brasa para minha sardinha, vou usar este conteúdo como exemplo: a escrita não foi aleatória. O objetivo principal é abordar a Criação de Conteúdo trazendo uma informação técnica de forma simples (1 referência de peso + 3 dicas dadas = check!) e secundariamente mostrar a você que, ei!, agora eu tô por aqui, falando de marketing de conteúdo, organização e empreendedorismo. Uma newsletter fresquinha pra você! Pura propaganda descarada mesmo, mas gerando valor pra você.
E falando nisso,
Se você leu até aqui, olha que coisa: venci a concorrência pela sua atenção por, talvez, incríveis 3 minutos inteiros! Aproveita e começa a me seguir para falarmos mais sobre temas como esse. Sério: marketing de conteúdo é sobre isso: criar conexões, gerar oportunidades, trazer relevância para um tema que passaria despercebido. Consegui?
Ah, obrigada pelo seu tempo. Até a próxima!