A geração que deseja morrer
“I want it all and I want it now!”. Fred Mercury escreveu essa canção em 1989, mas é como se ele soubesse como estaríamos 30 anos depois. Tudo está na palma da mão. Com alguns cliques temos comida na porta de casa, notícias do mundo inteiro em tempo real e uma infinidade de livros que precisaríamos de algumas vidas para ler.
Toda essa facilidade poderia ser inspiração, mas o cenário é de uma geração que não tem paciência para se comunicar, que ouve o que outro tem para dizer em velocidade dobrada, passa horas rolando a barra do celular pulando de vídeo em vídeo de 15 segundos sem nenhum chegar até o final e agora está desejando desesperadamente que o ano acabe, como se esse fato fosse resolver os problemas de suas vidas.
Estamos a todo momento desejando por menos tempo.
Queremos acelerar os acontecimentos para chegar ao fim, para um estágio platônico de “felicidade”, um momento onde tudo esteja resolvido, sem surpresas. Essa forma de pensar nos é introduzida por um excesso de pressão social, de que temos ter carreira e vida pessoal resolvidas aos 30. Impulsos que levam a uma ansiedade constante, nos colocando em uma corrida contra o tempo para chegarmos nesse ponto de euforia eterna. Se traduzirmos este momento de forma gráfica, nossa vida seria assim.
Como se a vida fosse uma rotina fixa, sem erros, sem mudanças ou novas emoções, o gráfico se torna uma reta, idêntico ao de um coração que parou de bater. Querer antecipar o tempo para uma vida de "estabilidade" é expor o desejo de antecipar nossa morte.
Sabemos que a vida é feita de altos e baixos e uma forma de visualizar esse processo é imaginá-lo como uma onda, um ciclo que será repetido ininterruptamente até o fim da vida.
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Observe o gráfico abaixo, os momentos de maior "felicidade" ou "tristeza" são apenas pontos na linha do tempo, a maior parte do ciclo está entre os pontos mais altos ou baixos. Entender esse ciclo é aceitar que não existe estágio fixo, que o desenvolvimento vem quando nos permitimos mudar. Devemos celebrar todos os momentos, ter a visão que tudo é passageiro e faz parte do processo, que cada ciclo te ensina algo.
Precisamos encarar todas as fases da onda com mesmo apreço, sem pular ou acelerar nenhuma etapa.
Você deve estar se perguntando se todas às vezes terá que voltar para o mesmo nível de dificuldade do ciclo anterior. Não temos controle pleno de nossas vidas para ter certeza sobre esse ponto, mas a cada nova onda temos a chance de aplicar o que aprendemos com erros passados e progredir.
Viver é entender que tudo é cíclico e a sequência deles é o que nos faz evoluir.
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1 a👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
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2 aMuito bom, Edu!