Gestão Ágil Simplificada
Olá, sejam todos bem-vindos. De início, desejo-lhes uma ótima leitura dos tópicos e parágrafos, escritos propositalmente em forma de artigo, simulando suas devidas estruturas e funcionalidades enquanto objeto de estudo. Estar escrevendo este artigo de estudo servirá não só como fonte de leitura, mas de aprendizado de segundos e terceiros, com base em resumos e dissertações sobre a Gestão Ágil e suas devidas metodologias, resumidamente.
Por convênio de minha parte, decidi utilizar um sumário não-convencional, tendo em vista que o próprio Microsoft Word, software de edição de texto usado na produção deste artigo, possibilita a navegação por títulos: recurso que utilizei para melhor dinamicidade e revisão dos arquivos .docx.
Como objetivo principal desta produção textual, busco não apenas apresentar o desenvolvimento de meu aprendizado sob as metodologias ágeis e a Cultura Lean, como também, treinar o modo de gerar documentações, bem como a criação de uma cultura de explanação e documentação de processos empresariais, fortificando futuras análises transacionais.
Em contrapartida, ele poderá servir de futuras revisões, estando aberto à feedbacks sobre seu conteúdo, estrutura, etc. Valendo a pena salientar que, como toda fonte de estudo contínuo, ele não busca ser uma única fonte absoluta de conhecimento e aprendizado sobre a Gestão Ágil, pois trata-se de um artigo resumido, formatando meu conhecimento em desenvolvimento sob tal área.
Portanto, a anterior estrutura de sumário fora feita para um melhor acesso e visualização de softwares de edição de texto, como o Microsoft Word, utilizado na confecção deste documento, que também tem a missão de documentar meu constante aprendizado na Gestão Ágil junto à minha atual experiência como estagiário em Gerenciamento de Produto, ao qual estou em formação, adequando-me às Metodologias Ágeis que são capazes de trazer tantos resultados.
Vos desejo uma ótima leitura.
A Gestão Ágil é uma cultura, não baseando-se apenas em um conjunto de ferramentas. Estando em crescimento, este modelo de gestão tem sido amplamente usado por vários líderes ao redor do mundo, baseando-se em uma série de fundamentos interdisciplinares, alinhando elementos e experiências do mercado passado ao novo sistema de mercado, o famoso VUCA.
Diferente de épocas passadas, quando a demanda por utensílios e demais tipos de serviços eram menores ou menos acessíveis, o mercado e a economia poderiam ser facilmente compreendidos e previstos. Como por exemplo, a Idade Média europeia, que era majoritariamente baseada na agricultura ou no cuidado de animais. Embora a troca de utensílios fosse comum e conhecida há séculos pela humanidade, baseando-se em vestígios arqueológicos que teriam pertencido a antigas espécies humanas, ele ainda não era complexo ou aprofundado.
Próximo do fim da Idade Média, viera surgir as moedas como principal unidade de troca. Senhores feudais ou donos de estado passariam a ter mais controle sob a população, tendo as moedas para melhor acompanhamento do fluxo econômico.
Este era o Mercantilismo. Anos depois, com o crescimento do mercado e o desenvolvimento populacional, bem como a mudança de sistemas de regime ao redor do mundo, surgiu o Capitalismo, que buscou uma menor interferência do estado na atuação dos mercados, possibilitando ampla concorrência entre diferentes pessoas donas de empresas, diversificando o cenário comercial de toda Europa, e futuramente, mundo.
Porém, o mercado e suas leis vieram mudar drasticamente com a chegada da Revolução Industrial na Europa, inovando os modelos de negócio e da sociedade, centrando as vontades dos proprietários e pondo os trabalhadores como geradores de lucro ativos.
Sendo vistos como máquinas ou ferramentas de negócio, a Primeira Revolução Industrial viera parecer precoce quanto à relação trabalhador-negócio, ocorrendo constantes desentendimentos, desacelerando a produção e impactando na entrega de produtos ou serviços a um público cada vez maior.
Neste momento, surgiu o Mercado Tradicional, aliando-se à Segunda Revolução Industrial. O Mercado Tradicional é extremamente importante de ser estudado, pois oferece base não apenas à maioria das empresas tradicionais presentes no Brasil ou no mundo, como também, serviu de base para futuras teorias e experimentações para o desenvolvimento do mercado enquanto organismo, conceito que viera surgir décadas depois.
A demanda por produtos e serviços estava ficando cada vez maior e frequente dentro das organizações. Processos que antes eram simples de se realizar através de métodos mais tradicionais de Gerenciamento de Produtos e Projetos, estavam se tornando obsoletos diante da crescente mudança de mercado.
Baseando-se na filosofia japonesa, a Toyota inventou a Toyota Way, que nada mais era que uma releitura das práticas dentro da Cultura Lean, mas adaptadas à cultura gerencial da Toyota.
A Toyota, como uma grande empresa já consolidada no mercado na época, ao adotar a Cultura Lean, conseguiu agilizar processos dentro das equipes de sua estrutura, contribuindo para não apenas uma melhor gestão de processos, mas de tempo.
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Com o tempo, mais e mais empresas começaram a adotar e adaptar a “Toyota Way”, moldando-se de acordo com a identidade de cada negócio ou mercado, até emergir em uma série de práticas conhecidas como Gestão Ágeis, a “Gestão do Futuro”.
“Qual é o segredo da Toyota?” poderiam ser as perguntas feitas nas mentes de cada um dos gestores das várias empresas do mercado na época. Como que ela conseguia entregar produtos e realizar projetos com sucesso, tanto em quesitos econômicos (lucro, etc) quanto comunitários e internos (equipes, pessoas, clientes, etc).
A Toyota nada mais que adaptou os fundamentos da Cultura Lean, uma cultura que, baseada em alguns preceitos da filosofia japonesa, buscou equilibrar a produtividade ao respeito dentro de um negócio. Sua aplicabilidade era diversa, podendo ser aplicado dentro das equipes de diversas áreas, buscando uma maior cooperação e adaptação por parte dos membros de equipe, impedindo ruídos de comunicação e a correspondente fragmentação das equipes e falhas quanto a entrega de produtos, serviços, ou andamento de projetos.
A Gestão Ágil une conceitos acerca das Metodologias Ágeis e da Cultura Lean para fortificar e destacar empresas dentro de um mercado VUCA, que mais se assemelha a um campo de batalha perigoso e espontâneo, que não pode ser previsto ou medido. A Gestão Tradicional portanto percebeu que tentar prever não era possível, por isso, deveriam testar hipóteses, e estar em constante mudanças, prezando sempre pela vitória da concorrência e destaque no mercado, gerando mais lucro em menos tempo e com menos gastos.
Dentro do leque da Gestão Ágil, existem um conjunto de ideias, conceitos e práticas utilizadas amplamente neste modelo de gestão, são as Metodologias Ágeis. As Metodologias Ágeis buscam destacar as habilidades que toda empresa precisa acrescentar ou treinar dentro de seu negócio. Como já foi citado anteriormente, VUCA refere-se ao atual modelo de mercado, que não pode ser previsto, medido, controlado ou planejado, e as metodologias trazem práticas que se baseiam nestes preceitos: imprevisibilidade do mercado, escopo e planejamento feito em ciclos, não-linearidade, prototipagem, satisfação do cliente em primeiro lugar, User Experience (UX), negócio centrado em gerar experiência para os envolvidos, fragmentação do corpo da gestão em equipes com diversos líderes, onde uma pequena parte deve se concentrar em hipóteses de mercado, analisando seus resultados através de KPIs, enquanto a maior parte das equipes devem se manter no “antigo” e seguro. Este ciclo dura cerca de 4 semanas, iniciando ciclos e ciclos cuja duração varia de 4 semanas a um mês, sempre inovando e testando hipóteses de mercado.
Isso mantém uma cultura empresarial antifrágil, que será mais tarde abordada. Retornando aos tempos medievais, precisamente na Europa, grande parte da economia era pertencente aos senhores feudais ou aos clérigos. Direitos civis e trabalhistas modernos estavam longe de serem idealizados, e a maioria das sociedades da época seguiam um sistema similar ao de castas, idealizando uma pirâmide social e hierárquica, onde a nobreza estava abaixo apenas dos membros do clero.
Com a chegada Primeira e Segunda Revolução Industrial, o modelo de negócios mudou, junto ao seu modo de gerência. Embora com uma demanda crescente, as empresas e negócios eram capazes de prever tendências, manter hierarquias divergentes e gerar escopos lineares para projetos e produtos.
A demanda cresceu de forma absurda com o avanço das tecnologias e dos direitos civis, e com o advento do Big Data, o mercado tornou-se VUCA, instável, não-linear e imprevisível. Não era mais possível manter uma mesma abordagem por muito tempo, pois as empresas poderiam ficar obsoletas. Com essa necessidade, surgiu a Cultura Lean, a “Cultura Ágil” ou do futuro, que se baseia no aproveitamento das habilidades pessoais e interpessoais de cada um dos envolvidos, bem como a etapa dividida em ciclos, análises de mercado e testes de hipóteses.
As ferramentas usadas podem ser técnicas ou interpessoais, onde, dentro do escopo das Metodologias Ágeis, há técnicas usadas nas comunidades e equipes dentro das organizações, que são a cultura da mesma, tais técnicas são chamadas de “Técnicas Antifrágeis”. As Técnicas Antifrágeis baseiam-se na modularização das equipes, formando equipes que executarão X tarefas baseadas nas especialidades de cada um dos participantes, propondo um ambiente em que cada um pode exibir suas individualidades. As equipes serão divididas em dois grupos, onde a maioria ficará trabalhando em projetos que já são conhecidos da empresa, permanecendo em um ambiente de segurança. Em contrapartida, a minoria vai abraçar o risco com base nas escolhas da OKR e das backlogs, e embora fique com a minoria dos custos investidos, se bem-sucedidas, essas hipóteses (protótipos) tornam-se os principais modelos de gestão por mais um ciclo de pelo menos 4 semanas, até outro.
Dentre as equipes, é necessário haver respeito mútuo, que é uma das bases da Cultura Lean. Como já fora referido anteriormente, o Lean é um método de liderança que se baseia em escopos em formato de ciclos não-lineares, e no respeito à individualidade de cada um, bem como a busca por lucro e agilidade na entrega de produtos e projetos. Surgindo no Japão, baseando-se em sua cultura mista, que envolve pensamentos filosóficos budistas e xintoístas, a Cultura Lean foi “patenteada” pela Toyota, à adaptando e moldando seu nome para “Toyota Way”, iniciando uma era em que o mercado de gestão buscaria sempre pela agilidade e mudança, não pela estagnação.
O Design Thinking por sua vez, refere-se à criação de padrões de Design com base nas Metodologias Ágeis, criando estratégias dentro de um ciclo para a produção de um projeto ou produto. Há diversos modelos de Design Thinking, cada um se adaptando a um modo diferente de governança, porém, o mais utilizado é o Duplo Diamante, que busca realizar uma pesquisa de mercado primeiro, gerar ideias, separar essas ideias e às testar em forma de protótipos.
O teste é feito através do OKR, que busca gerar backlogs em ordem de relevância, executando por ordem sempre aqueles que parecerem mais relevantes, importantes ou urgentes. Para analisar resultados, usa-se KPIs e demais métricas de sucesso do negócio.
Após a estratégia, é realizada a ideação de como tudo será executado: “mão na massa!”. Há duas técnicas que lideram essa etapa da Metodologia Ágil, que são os fundamentos do Scrum e do Kanban.
Scrum é utilizado com mais frequência, focando em produtos facilmente descritíveis e bem-definidos. Geralmente ocorre em ciclos, cada um durando de 1 a 4 semanas.
Em contrapartida, há o Kanban, que foca em trabalhos abstratos e num fluxo contínuo de trabalho, servindo mais como um monitoramento de execução. Nele há as etapas “Á Fazer”, “Fazendo” e “Feito”.
Enquanto o Scrum é feito por softwares como Trello, o Kanban é realizado visualmente em um aplicativo chamado Miro, embora em empresas mais tradicionais hajam salas destinadas a isso, chamadas de Obeya.
Vale lembrar que há outras opções presentes no mercado para realização das metodologias citadas anteriormente, afinal, são conceitos que se adaptam à identidade de cada empresa.
Portanto, para o fim deste documento, recomendo a Gestão Ágil para todos os tipos de organizações, sejam elas financeiras ou não. A própria cultura Lean busca não apenas trazer agilidade e inovação à gestão das equipes e dos processos, como também, propor um ambiente saudável e de respeito dentre as pessoas, afinal, tudo é formado por pessoas que buscam ser satisfeitas.