Gestão de Pessoas | Metamorfoseando a sua essência
Nesse artigo vamos abordar sobre o enaltecimento dos programas de Gestão de Pessoas frente a uma visão turva da área de RH por parte dos colaboradores. Metamorfosear a essência da área dentro da organização.
É muito comum quando o RH faz alguma ação ouvir: “nossa, eles não tem o que fazer? Pra que isso tipo de coisa no meio do expediente? Isso ai só faz as minhas tarefas aumentarem porque eles ficam me retirando da minha área de trabalho.” E essas frases de depreciação dos projetos e práticas de Gestão de Pessoas não provocam mais impactos ou até mesmo não é vista mais como um fator diferencial da empresa, devido o seu molde de entrega e falta de planejamento. Alguns benefícios oferecidos pela empresa acabam não sendo considerado mais pelo colaborador e em uma possível avaliação de um novo desafio em outra empresa ele o desconsidera e isso impacta diretamente no índice de retenção das pessoas, conseqüentemente no clima e há um custo direto nesse tipo de curva.
E isso é resultado de uma falta de enaltecimento dos programas de pessoas, portanto precisamos então antes de tudo falar sobre cultura. A cultura da empresa em inúmeros momentos precisa ser fortalecida e influenciar o comportamento dos colaboradores direcionando os mesmos à missão que a empresa almeja. Mas não vemos isso na prática então encontramos um RH falho e líderes desconectados. Vamos a um exemplo prático: o que adianta no momento da admissão o time de Recrutamento desenvolver uma estratégia excepcional de recepção aos novos colaboradores com um kit de boas-vindas incrível, com um onboarding cheio de enaltecimento da organização e quando o recém-chegado vai até a área que estará atuando, se depara com os seus colegas desmotivados, sem qualquer eficiência nas entregas, pontuando cada negativo que a empresa possui. É exatamente esse ponto que a análise fica bem mais ampla. As ações de Gestão de Pessoas devem ser avaliadas no todo.
Em um primeiro momento é imprescindível ouvir o que a ponta tem a dizer quanto as suas tarefas. Ouvir quais são os anseios dos colaboradores e entender do negócio é fundamental para o planejamento das ações. A genialidade de uma pessoa está presa atrás de processos e da operacionalização de atividades que quase nunca são avaliadas as suas reais necessidades. Abrir as portas, literalmente, da área de Gestão de Pessoas para se obter novas ideias para a empresa ou até mesmo elogios é uma ferramenta tão poderosa para criar um ambiente de engajamento e muitas vezes não encontramos esse movimento. Por exemplo: o setor de Manutenção sugerindo algo para a área de Controle de Qualidade, a área de Mecânica destacando alguns pontos importantes da área Administrativa e assim vai. Criar um ambiente participativo e realmente montar equipes interligadas com o negócio.
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Há uma visão turva do RH onde estamos ali apenas para cobrar os deveres de cada colaborador. Onde avaliamos se está sendo cumprido o horário ou se as batidas no ponto estão efetivadas corretamente sem esquecimento, se as férias foram agendas cumprindo o prazo legal do período aquisitivo, se os descontos na folha de pagamento estão sendo obedecido o limite máximo de 30%, enfim, apenas cobranças e controles legais. Mas quantos departamentos de Gente e Gestão indicam lugares incríveis para se descansar nas férias ou até mesmo para usufruir do saldo de banco de horas gerado? Quantas empresas avaliam o aumento da realização de empréstimos dos seus colaboradores e inserem programas de educação financeira? Quantos param de avaliar a quantidade excessiva na apresentação de atestados médicos e chamam o colaborador para verificar o que está havendo ou o que pode ser feito para auxiliá-lo?
Pesquisar, saber ouvir, envolver o time na prévia da execução de um programa de Gestão de Pessoas é fundamental. E na aplicabilidade de qualquer projeto, o engajamento da liderança é importantíssimo. Verifique se realmente faz sentido aquela ação, rascunhe o plano de ação com a liderança e depois aplique. Pontualmente essa liderança precisa corrigir rapidamente comportamentos no ambiente de trabalho que vão contra as estratégias da empresa e a sua cultura. Assim, melhorar o apoio do time frente às ações de RH.
E isso é só o começo.