Gestão de risco em alta
Um processo de transformação acelerado tem acontecido nas organizações nas últimas décadas, mudanças complexas e profundas que foram influenciadas principalmente por crises, pela evolução digital e, este ano pela covid-19.
O passo fundamental para o sucesso e longevidade de uma organização é a criação de valor para a sociedade. Por isso é interessante que a gestão dessa empresa aperfeiçoe sua missão ao longo do tempo, otimizando suas estruturas, produtos e relações com clientes e sociedade. Tentando minimizar os riscos que essa organização pode sofrer.
Nesse contexto, algumas áreas da gestão, como estratégia, qualidade, riscos e gestão de pessoas, ganharam muito espaço nas últimas décadas, principalmente devido ao cenário atual de transformação digital, abrindo novas possibilidades de inovação e, consequentemente, de contribuição para a construção da tão perseguida posição de destaque nos mercados.
O atual cenário de pandemia sem dúvida vem acelerando ainda mais os avanços tecnológicos e pressionando por ganhos de eficiência. Também estimulou novas formas de trabalho, como o remoto, e ampliou a consciência do consumidor pela seleção de empresas comprometidas com a responsabilidade social.
Mais do que nunca a cobrança por eficiência e resultados será implacável. Não haverá atalhos ou caminhos alternativos que não a digitalização da área, com a utilização de dados e maior integração na organização. Os modelos atuais deverão sofrer uma profunda transformação, evoluindo para monitoramentos digitais e online a partir de dados, desde a concepção dos novos produtos até a entrega do mesmo.
Com essas transformações a necessidade da organização ter um setor focado no risco operacional, que apesar de relevante, não costumavam ser protagonistas nas organizações, agora terão novo valor. Uma nova definição de escopo e governança será necessária ao risco operacional, uma vez que sua integração com outros grupos de riscos, como compliance, crimes financeiros, cibersegurança e risco de tecnologia da informação, será mandatória pela forma como os eventos se materializam, especialmente no ambiente digital.
Isso porque foco no cliente, metodologias ágeis, descentralização e digitalização intensiva podem aumentar o risco operacional e criar novas situações de vulnerabilidade em um ambiente de alta complexidade de sistemas, interações e responsabilidades.
Essa nova fronteira da gestão de risco traz novamente ao centro das discussões um desafio de décadas, presente principalmente na gestão do risco operacional e de compliance. Trata-se da mensuração do impacto de suas ações e do tamanho ideal dos times para que a empresa seja leve e eficiente.