Gestão de Riscos, Controles Internos, Compliance e a Governança Corporativa

Muitas pessoas me questionam as diferenças entre Gestão de Riscos, Controles Internos, Compliance e a Governança Corporativa, então vou esclarecer de forma simples estes conceitos.

Primeiramente, quando se fala em Gestão de Riscos, as pessoas que ainda não tem o conceito, costumam pensar imediatamente em duas situações:

1) Tudo o que pode dar de errado, acontecimentos ruins, cenário desfavorável e por ai a fora;

2) Diagnóstico/apontamento dos riscos (ruins), priorização dos riscos, e assim sucessivamente.

Porém Gestão de Riscos é muito maior do que isso!!!

Isso mesmo, bem maior!! Gestão de Riscos, é um processo!!... e digo mais, existem os riscos positivos e os riscos negativos!!

Como assim?

Então, os riscos negativos, são as situações indesejadas para uma organização e aí, pode se iniciar o vínculo com nossos demais temas; porém existem também os riscos positivos, aqueles que globalmente são denominados de Oportunidades!

Ou seja, a Organização que adota a Gestão de Riscos pode ganhar dos dois lados, mitigando situações indesejáveis e aproveitando as oportunidades identificadas.

Interessante, não? Diria... LUCRATIVO!!!

Ahhh, outra informação, em 30 de junho de 2016, o presidente Michel Temer, sancionou a Lei nº 13.303, que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 

Seus principais destaques? Gestão de Riscos, Auditoria e Controles Internos, portanto agora uma questão de regulamentação e não de opção.

Quanto aos Controles Internos, esses são aplicáveis na recente lei brasileira e na Lei Sarbanes-Oxley (SOx), sancionada em 2002 pelo Congresso dos Estados Unidos, que, surgiu com o objetivo de proteger investidores e demais stakeholders (partes interessadas) de “falhas” nas escriturações contábeis e práticas de fraudes.

A lei brasileira, surgiu como resposta a uma série de escândalos financeiros, aqui no Brasil, publicada em 1 de agosto de 2013, a Lei nº 12.846 - Anticorrupção, dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências.

Com mais de 30 anos efetivos da história da globalização no Brasil, nada mais pertinente do que a adoção dos Controles Internos pelas organizações, para proteger principalmente seus acionistas.

Compliance!!! Muitos estão chamando de “moda”, mas o que é Compliance?

Originada do verbo em inglês to comply, significa: “agir de acordo com a regra”.

A atividade iniciou-se principalmente nas instituições financeiras, onde a maioria direcionou esta atividade a ser desempenhada por assessores jurídicos, contribuindo com a expertise dos mesmos nas interpretações dos instrumentos legais.

Quando uma organização se declara “estar em compliance”, significa que ela está em conformidade com leis, regulamentos externos e internos; ou seja, é atender aos stakeholders, podendo manter a empresa em conformidade aos diversos órgãos reguladores, aos quais ela determinar, além dos regulamentos internos, aqueles inerentes aos seus Controles Internos.

Governança Corporativa, é um Sistema. Isso mesmo, são as regras do “Jogo”.

Sistema é formalmente definido como um conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos de uma organização para estabelecer políticas, objetivos e processos para que esses objetivos sejam alcançados.

Portanto, Governança Corporativa, envolve o processo de Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance.

Agora que abordamos os conceitos básicos, que tal introduzirmos esses diferenciais estratégicos e competitivos na sua organização para aumentar seus lucros?