Gestão de Riscos Corporativos mudou de: "Não faça isso", "cuidado com aquilo", "o que pode dar errado?", para: "O que devemos fazer para dar certo?"
Todas as nossas escolhas envolvem riscos, desde decisões operacionais rotineiras até os níveis estratégicos mais elevados de uma organização. A incerteza é uma constante na vida pessoal e faz parte da agenda diária do mundo corporativo.
No mundo digital, conectado e veloz em que vivemos, aprendemos que nem todas as incertezas importam, mas uma visão sistêmica é fundamental para entender como um risco em determinado setor afeta indiretamente outros setores, pois as nossas relações acontecem em rede. Daí podemos entender a definição de gestão de riscos corporativos, “eventos incertos que se ocorrerem podem afetar os objetivos da empresa”. Portanto, as únicas incertezas que importam são aquelas que afetam os nossos resultados.
Mas com a quantidade de informações que recebemos, é imprescindível a criação de filtros e processos. O tempo é o elemento mais escasso e precioso que existe, e a utilização de frameworks mais compactos e focados estrategicamente aos objetivos da empresa e a implantação de ferramentas que otimizam o tempo e facilitam o entendimento dos processos são fundamentais para fortalecer os músculos da competitividade interna, pois explicam os “porquês” da nossa atividade e da nossa existência. Estas são as principais mensagens da nova versão do COSO 2017 e das novidades da edição da ISO 31000 (lançamento em 2018), como guias das melhores práticas em gestão de riscos.
Cada vez mais está ficando claro que o comportamento humano, suas necessidades e motivações impactam diretamente nos resultados de sua atividade e consequentemente nos objetivos da empresa. Riscos isolados e categorizados servem apenas para ilustrar como um processo se inicia e termina. Por isso, a estrutura de “silo”, em que cada setor se interessa apenas pelas suas metas está cada vez mais obsoleta, a postura colaborativa e participativa entre todos os setores tem ocupado espaço fundamental em todas as empresas que vêm atualizando suas estratégias para legitimar suas existências e alcançar novos mercados e melhores resultados, como um organismo de negócios e não como um conglomerado de setores com metas separadas.
Omar Raad - Core Business Provider
Mentor em produção e aplicações do biogas e derivados.
7 aJuliana Bley
Executivo de Compliance I Auditoria I Riscos | Controles Internos | GRC I ESG I LGPD I Investigações Corporativas
7 aGostei da ótica descrita sobre este tema tão relevante para as Empresas.
Mentor em produção e aplicações do biogas e derivados.
7 aJuliana Bley
Anti Fraud & Compliance | Crisis & Business Continuity | Health, Safety & Security | P&DP | Risk, BPM & PM Advisory
7 aParabéns pelo artigo, Omar!
Executivo de Negócios
7 aExcelente a visão do Omar. Utilizando a lógica da ciência do século passado (Newton) pensamos que para entender os eventos tínhamos que separar-los em pedaços menores e com isso perdemos a visão sistêmica, que é a visão do todo e de como cada parte se conecta e interatua para criar o funcionamento de um sistema complexo. Neste século, ajudamos por estarmos todos conectados e termos com isso melhor compreensão da nova ciência (Quântica), onde não podemos separar as partes pois é a interatuação delas que faz o todo, que são os sistemas. Temos que compreender que as empresas são sistemas complexos e por isso têm que ser analisadas como tal principalmente hoje em dia quando as interações se movem a velocidades incríveis.