Gestão e Liderança.

Dia desses fomos convidados por um “cliente” a trabalhar presencialmente com seu grupo de aproximadamente 30 gestores, de uma área bastante específica. Apesar de já termos trabalhado por quase 15 anos na referida área e em condições similares, há quase 4 anos passamos por uma “migração de carreira” e passamos a nos considerar mais, digamos assim, “corporativos”.
Como o “cliente” está passando, digamos assim, também por uma etapa de reestruturação e transição, então, foi justamente essa a “deixa” para aquela prestação de serviços: passaríamos uma visão mais sistêmica, mais integrada, mais processual, enfim, que trouxesse reflexões tais como: a responsabilização pelas consequências do fazer isolado versus integrado, a importância de pensar de forma mais projetizada, a importância de sermos produtivos (pautados pelo trinômio pessoas, processos e tecnologias), além da reflexão sobre a necessidade de sermos verdadeiros líderes, e como tais, mudarmos o foco do problema para o foco na solução, para podermos trabalhar objetivos, metas e ações em nossas “empresas” e nos “grupos” aos quais pertencemos.
E assim o fizemos. Foram 50 horas de treinamento com aqueles gestores, em encontros presenciais, ricos em passagem de informações, usando diferentes exemplos e contextos, auxiliado por diferentes mídias. Houve momentos repletos de discussões. Nem todos convergentes.
Treinamentos “corporativos” são sempre um belo desafio para qualquer empresa que viva disso! Há complexidades diversas envolvidas e o alinhamento inicial com o “contratante” é fundamental, buscando não incorrer no erro de ter apenas um ponto de vista (ainda que venha dele o seu pagamento).
Nem sempre o “grupo de empresas” enxerga de forma correta e completa as “empresas”. O inverso também é verdadeiro. Nem sempre o que o “grupo” exige das “empresas” ele oferece. O inverso também é verdadeiro. Nem sempre aquilo que é combinado é cumprido. E dos dois lados... simplesmente porque a vida é dinâmica e há interferências externas no projeto que impedem que aquilo que foi planejado continue sendo executado daquela forma.
Eis aí a importância do monitoramento e controle constantes. E em geral nós não estamos acostumados a monitorar nem controlar, e ainda ficamos “surpresos” com o resultado final. Se houvesse alguma ação nesse sentido, coisas sairiam diferentes, pois haveria uma mudança de rota “consciente” no meio do projeto. Alinhada e consentida entre as partes.
Quem levou a sério os encontros presenciais, e a grande maioria dos gestores está comprometida com sua “empresa” e os levou a sério, saiu deles com muitas lições de casa. Tanto em nível profissional (sua esfera), como no nível da “empresa” (em que a pessoa é a principal responsável por gerar mudanças), além do nível do “grupo” (em que a pessoa é um fator contribuinte importante para gerar mudanças). Uma coisa é certa, se ela não é líder de si própria e tampouco busca meios para sê-lo, dificilmente o será para outros, e não será novidade se ela ou sua “empresa” ficarem do jeito que estão, com os resultados que têm, sem mudança alguma.
A mensagem que precisa ficar registrada e reforçada é a de que é possível fazer diferente, se enxergarmos mais e melhor do que enxergamos hoje a nós mesmos, as nossas “empresas” e ao nosso “grupo de empresas”, e se nos engajarmos em nossas “causas” e formos líderes para as nossas equipes. Os grandes líderes da história não disseram apenas o que fazer, sentados no alto de seus “tronos”, mas sim percorreram o caminho e deram um porquê à suas “equipes” para aquilo ser feito.
A sua gestão depende da sua liderança. E aí? E agora?

 

PS - Se você gostou, complemente sua leitura com os vídeos a seguir (eles foram usados nessa capacitação). Cada um deles é merecedor de reflexões diversas. Depois, aproveite e releia o nosso texto...

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