Gestão Líquida e RH Estratégico
Ainda existem muitos profissionais que acreditam que o trabalho de um gestor de pessoas é contratar-cobrar-demitir... e muitas empresas ainda sobrevivem aproveitando o “folego inicial” dos profissionais, até que estes depois de poucos meses fatigados pelas cobranças e metas fora de propósitos, já não dispõem da mesma energia e motivação e são desligados por produtividade.
Me apropriando do conceito de liquidez de Zygmunt Bauman traço um comparativo com o modo de pensar desses gestores, onde se o colaborador não atende as expectativas iniciais é demito... Simples como desfazer a amizade on-line em uma rede social... A gestão de um time não poder tratada com um jogo eletrônico, onde se eu não passo de fase é só reiniciar o jogo e trocar os personagens quando eu quiser... Onde fica o papel de desenvolver pessoas? Feedsbacks? Reversão de resultados?
O RH é a área que pode fazer a diferença nesse cenário, desde que tenha a relevância correta dentro da companhia... O que acontece em algumas organizações é que o RH assume, corretamente, um papel de consultoria para os gestores das áreas, mas esse papel se perde ao somente executar as tarefas que estes solicitam, como demissão e contratação.
O RH precisa entender junto a esse gestor, se todos os caminhos para o desenvolvimento e reversão do resultado desse colaborador foram seguidos, deve propor estratégias e metodologias para que o gestor tenha a oportunidade de resgatar esse profissional... E mais do que isso, a companhia deve apresentar o RH aos gestores como um parceiro que os ajudará a serem mais assertivos nas tomadas de decisões. A proposta não é burocratizar o processo como muitos achariam, e sim preparar esse gestor acima de tudo para ser um desenvolvedor e não somente um caçador de talentos.