Gliff Digital Insights

Que novidades no digital chegaram com a Primavera? Nesta edição de abril, destacamos os seguintes temas:

• Será que os EUA vão mesmo proibir o uso do TikTok?
• Irá o X ocultar os números de gostos e partilhas da timeline?
• O Instagram está a testar Reels mais longos.
• A Flórida proíbe crianças com menos de 14 anos de utilizarem redes sociais.
• A União Europeia lança uma investigação à Meta, Apple e Alphabet.

SERÁ QUE OS EUA VÃO MESMO PROIBIR O USO DO TIKTOK?

O TikTok está sob escrutínio nos Estados Unidos devido a preocupações com a segurança de dados e a influência estrangeira. O governo americano está a investigar se esta plataforma representa uma ameaça à segurança nacional, juntamente com outras grandes empresas de tecnologia, no entanto, foi a proposta de venda do TikTok pela ByteDance que intensificou as preocupações. Uma possível proibição desta rede social nos EUA teria repercussões globais, afetando não apenas os utilizadores americanos, mas também a comunidade global da plataforma.

A incerteza sobre o futuro do TikTok nos EUA destaca de forma clara os desafios enfrentados pelas empresas de tecnologia em relação à segurança de dados e à influência estrangeira na era digital.

IRÁ O X OCULTAR OS NÚMEROS DE GOSTOS E PARTILHAS DA TIMELINE?

Elon Musk revelou que a plataforma "X" vai esconder as métricas de gostos e partilhas da timeline, com o objetivo de promover um ambiente online mais saudável.

Esta decisão, a concretizar-se, levanta questões sobre como os utilizadores interagem e como os criadores de conteúdo avaliam o desempenho das suas publicações.

E, apesar de ser uma medida positiva para o bem-estar dos utilizadores, também suscita preocupações sobre a transparência e controlo da informação. 

No entanto, resta a incerteza sobre se irá produzir os resultados desejados. Após várias alterações no "X" desde a aquisição por Elon Musk, esta é mais uma mudança aguardada, com potencial para moldar significativamente a experiência dos utilizadores nas redes sociais.

O INSTAGRAM ESTÁ A TESTAR REELS MAIS LONGOS

O Instagram está a testar uma nova atualização que permite a criação de reels com duração mais longa, numa tentativa de maximizar a interação. Alguns utilizadores estão agora a ser convidados a carregar vídeos de até 3 minutos, um aumento significativo em relação ao limite atual de 90 segundos. Esta mudança surge num contexto de concorrência com plataformas como o TikTok, que permite vídeos mais longos e envolventes. Embora ainda esteja numa fase inicial e não ativa para todos os utilizadores, esta atualização oferece novas oportunidades para os criadores e marcas desenvolverem conteúdo mais cativante e ajustarem as suas estratégias de marketing digital. 

Este cenário reflete a contínua evolução das plataformas de redes sociais e os desafios emergentes na criação e alcance de conteúdos.

A FLÓRIDA PROÍBE CRIANÇAS COM MENOS DE 14 ANOS DE UTILIZAREM REDES SOCIAIS.

A Flórida aprovou uma nova lei que proíbe crianças com menos de 14 anos de utilizarem redes sociais com o objetivo de as proteger de potenciais problemas de saúde mental. A medida recebeu elogios e críticas, com algumas pessoas preocupadas com a privação de oportunidades de aprendizagem e interação social, enquanto que outros destacam os potenciais impactos negativos das redes sociais na saúde mental das crianças. A implementação e o impacto a longo prazo da lei são temas de debate, levantando questões sobre a regulamentação do uso das redes sociais por crianças noutros estados dos EUA e abrindo a questão também para o resto do mundo.

Esta nova lei surge num contexto de preocupação crescente sobre o impacto das redes sociais, especialmente entre os jovens e tem levado as plataformas a implementar medidas para lidar com essas questões. Algumas delas foram:

• A verificação de idade mais rigorosa: o Instagram implementou a verificação de idade através de selfies e inteligência artificial.

• Novas restrições de conteúdo e publicidade: o YouTube removeu automaticamente mais de 1 bilião de vídeos que violavam políticas de segurança infantil e o Facebook baniu anúncios de produtos para perda de peso e cirurgia estética para menores de 18 anos.
• Recursos para pais e educadores: a Google lançou o “Family Link”, permitindo que pais façam a gestão do tempo em frente ao ecrã e das configurações de privacidade dos seus filhos. Já a Meta lançou o programa "Liderança para o Bem-Estar", que oferece formação para educadores sobre temas como cyberbullying e saúde mental.

• Investimento em pesquisa e desenvolvimento: a Microsoft investiu em pesquisa para desenvolver ferramentas de inteligência artificial para detectar e remover conteúdo prejudicial online e o TikTok criou um "Centro de Segurança Digital" para fornecer recursos e informações sobre segurança online.

A UNIÃO EUROPEIA LANÇA UMA INVESTIGAÇÃO À META, APPLE E ALPHABET.

A União Europeia lançou uma investigação abrangente sobre as empresas Meta (anteriormente conhecida como Facebook), Apple e Alphabet (a empresa-mãe do Google). Esta decisão representa um passo significativo na monitorização das grandes empresas de tecnologia, especialmente no que diz respeito à sua conduta no mercado digital. Além de abordar possíveis práticas anticompetitivas, a investigação visa assegurar a proteção dos consumidores e a integridade do mercado digital como um todo. As investigações sinalizam a intenção da União Europeia em aplicar rigorosamente as novas regras de concorrência que entraram em vigor em Março, demonstrando um compromisso claro em garantir a conformidade com regulamentações mais abrangentes e a proteção dos interesses dos consumidores.

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