Governança de Dados. Preparando-se para a LGPD.
Atendendo aos pedidos de colegas, perguntas frequentes realizadas por amigos e pares de trabalho, escrevi este breve artigo a fim de contribuir com todos amigos da minha rede, alertando para pontos fundamentais de Governança de Dados que precisamos nos preocupar desde já para não cairmos de paraquedas na corrida caótica que teremos às vésperas da LGPD vigorar daqui 18 meses. A lei LGPD foi sancionada pelo Presidente Michel Temer no dia 14 de agosto de 2018, e a corrida começou, pois ninguém quer ficar vulnerável às astronômicas multas por vir, que na Europa e Estados Unidos estão esmagando as gigantes.
Caos? Infelizmente sim. Vejo que inúmeros artigos pela internet estão subestimando a complexidade de implementação sistêmica e de governança para atender as nuances da LGPD. Alguns alegam que ainda temos muito tempo (18 meses) e que ainda teremos muitas mudanças. Realmente teremos mudanças, entretanto 18 meses é um tempo ínfimo para implementações de processos e mudanças sistêmicas para se proteger das inúmeras variações da LGPD, e das inúmeras áreas que precisam ser envolvidas, principalmente a Jurídica.
A área Jurídica da sua empresa é a primeira que deverá ser envolvida, preparando um processo para se tornar ágil às respostas das inúmeras queixas verídicas e fraudulentas que eminentemente surgirão. Já temos no mercado empresas especializadas em assessoria técnica / jurídica, e que já possuem experiência com a Lei irmã GDPR da União Européia.
Imaginando o cenário atual de muitas empresas no Brasil, onde seu parque tecnológico varia desde o Mainframe até tecnologias de ponta com os melhores ERPs e Machine Learning, temos cenários de empresas que possuem todas em uma única planta de TI. Para estas situações, recomendo iniciar um projeto de Governança de Dados para ontem, caso já não tenham iniciado, com o objetivo de ter o mais breve possível a RASTREABILIDADE DO DADO, que vai ser a base para a estratégia de implementação sistêmica para se adequar à LGPD.
Na corrida do Big Data, várias empresas despriorizaram a Governança de Dados, para ganhar o falso conceito de agilidade/variedade, sem contar com as errôneas e imaturas implementações de arquiteturas de dados, que criaram verdadeiros "Pântanos de Dados", sem contar com as inúmeras réplicas de dados, EDWs mal implementados, ERPs com tecnologias antigas e variadas. Imagine tudo isto sendo integrado em um único Botão que você deverá clicar e todos os dados de seu cliente deverá ser apagado?
Diante deste cenário e mais desafios que deverão surgir, aconselho a pensarem imediatamente na estratégia de Governança de Dados da sua empresa, e sem confundir Governança de Dados com Modelagem de Dados, pois ela é apenas 1 de suas inúmeras disciplinas. O DAMA DMBoK é uma excelente referência, e temos várias empresas sérias em consultoria e implementação de projetos de Governança de Dados.
Não importa a área ou metodologia ( Big Data, DevOps, DataOps, Agile, etc ... ), a Governança de Dados é um FATO, e não existem argumentos para burlar a tarefa de controle do Dado e Metadado. O Dado vale Ouro, mas o Metadado é o Diamante, pois sem explicar como um Dado foi gerado, ele não tem valor algum.
É isso aí amigos. Pretendo postar uutros artigos detalhados sobre o LGPD para ajudar a todos, e fiquem à vontade para me chamarem em inbox para compartilhar problemas ou sugerir temas, bem como pedir recomendações.
Um Grande Abraço a todos.
Samuel Laverde
Sócio - Diretor na CS Technologies Ltda
6 aParabéns meu amigo Samuel, excelente.
Business Dev. Manager Brazil @iDeals Trusted & Intuitive Virtual Data Room | M&A Community LATAM Advisor | Executivo & Consultor Negócios | Entusiasta de tecnologia | Simplificamos fusões e aquisições com uso de VDR
6 aExcelente artigo Samuel. Parabéns
Odilon Almeida
Diego Fernandes