Green Finance Newsletter - 08/11/2024
Escrito por Arthur M. Y. Couto
Mercado de carbono entra na pauta do Senado desta terça (5/11)
A criação do mercado regulado de carbono no Brasil, com regras para crédito de áreas de preservação e limites de emissão para grandes indústrias, visa aprovar um marco legal antes da COP29 e fortalecer a precificação de carbono no país.
“A senadora Leila Barros (PDT/DF) apresentou, nesta segunda-feira (4/11), o parecer sobre o projeto de lei 182/2024, que institui o mercado regulado de carbono no Brasil. O projeto mantém isentas de obrigações as atividades primárias do setor agropecuário, mas estabelece critérios para que áreas de preservação previstas por lei possam gerar créditos de carbono — um ponto criticado por ambientalistas. A votação deve ocorrer na terça (5/11), e o projeto seguirá para análise na Câmara, com o objetivo de aprová-lo antes da COP29, que começa em 11 de novembro. O prazo é apertado, pois na quarta (6/11) tem início a P20, cúpula dos líderes parlamentares do G20. O projeto inclui ações para reduzir emissões, como eficiência energética, energias renováveis, práticas agrícolas e pecuárias sustentáveis, preservação florestal, mobilidade sustentável, e tratamento adequado de resíduos, além do reconhecimento de tecnologias de captura e armazenamento de gases de efeito estufa, uma demanda do setor de CCS para viabilizar essas atividades no Brasil por meio da precificação de carbono. Com o mercado de carbono, indústrias que emitem mais de 25 mil toneladas/ano terão um limite de emissões; se o ultrapassarem, precisarão comprar créditos, e se ficarem abaixo, poderão vender permissões no Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).”
Fonte: Eixos; 04/11/2024
EUA investem bilhões em projetos verdes no Brasil
EUA lideram investimentos bilionários em projetos de energia renovável no Brasil, reforçando a transição verde e a segurança energética do país.
“Há mais de dez anos, os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro no Brasil, concentrando seus recursos em áreas como petróleo, gás, TI e manufatura. Em 2023, no entanto, essa tendência começou a se transformar. Segundo o estudo “Mapa Bilateral de Comércio e dos Investimentos Brasil-Estados Unidos”, da Amcham Brasil e da ApexBrasil, os investimentos americanos em economia verde cresceram significativamente. Além de impulsionar a área de tecnologia, empresas americanas estão direcionando mais capital para iniciativas de energia renovável. “Em 2023, empresas dos EUA anunciaram 126 novos projetos greenfield, somando US$7,3 bilhões, consolidando os EUA como a principal origem de investimentos externos”, explica Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil. No setor de energias renováveis, destacam-se US$2,4 bilhões aplicados em fontes eólica e solar, fortalecendo o papel do Brasil na matriz energética sustentável global. Neto ressalta que esses investimentos reforçam metas climáticas e promovem a segurança energética e o desenvolvimento sustentável do país. Empresas como AES e New Generation Power lideraram esse movimento, somando mais de US$ 2 bilhões em projetos de energia. Segundo ele, a oferta de energia confiável e o crescente mercado digital brasileiro fazem do Brasil uma escolha atraente para esses investimentos.”
Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024
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Fernando de Noronha ganha baterias para reduzir emissões
O projeto Noronha Verde, autorizado pelo Ministério de Minas e Energia, destina R$300 milhões para instalação de energia solar com baterias em Fernando de Noronha, visando reduzir em até 85% as emissões de gases do efeito estufa na ilha e apoiar a transição para veículos elétricos, sem custo adicional para consumidores.
“O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, em 1° de novembro, uma portaria que permite à Neoenergia investir aproximadamente R$300 milhões na instalação de painéis solares com baterias em Fernando de Noronha (PE), como parte do projeto Noronha Verde. Além de promover o uso de energia renovável, o projeto inclui ações de conscientização sobre o consumo eficiente de eletricidade. Segundo o ministro Alexandre Silveira, a iniciativa representa um grande avanço para tornar a ilha ainda mais sustentável, contribuindo para a transição energética e reduzindo em até 85% as emissões de gases do efeito estufa. Atualmente, Fernando de Noronha depende da UTE Tubarão, movida a óleo diesel, para gerar eletricidade. Em 2022, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) alertou que, devido ao aumento da demanda e à substituição de carros a combustão por elétricos a partir de 2023, a ilha enfrentaria um déficit de geração. O novo investimento visa, assim, reduzir os custos e a emissão de carbono, sem encargos adicionais para os consumidores, e deve diminuir também os subsídios da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) após sua implementação.”
Fonte: Eixos; 01/11/2024
Desmatamento cai 30% na Amazônia e tem 1ª queda em 5 anos no Cerrado, aponta Inpe
O desmatamento na Amazônia caiu 30,6% e no Cerrado 25,7% em um ano, alcançando os menores níveis em quase uma década e trazendo alívio para a diplomacia ambiental brasileira antes da COP29.
“Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o desmatamento na Amazônia caiu 30,6% em comparação com o ano anterior, segundo dados do sistema Prodes, do Inpe. Nesse período, a área desmatada foi de 6.288 km², frente a 9.064 km² no período anterior, com o menor índice registrado em nove anos. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que essa redução traz alívio para a diplomacia ambiental brasileira, especialmente diante da COP29 no Azerbaijão. Entre os estados da Amazônia, Rondônia e Mato Grosso lideraram as quedas, com reduções de 62,5% e 45,1%, respectivamente, enquanto Roraima teve um aumento de 53,5%. No Cerrado, o desmatamento caiu 25,7%, o primeiro declínio em cinco anos, totalizando 8.174 km² desmatados, concentrados majoritariamente na região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e responde por 76,4% do desmatamento no bioma.”
Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024
Fonte: XP, ESG