A História e a Origem das Pulseiras e Braceletes
Quando, onde e por que homens e mulheres passaram a usar acessórios, como pulseiras e braceletes, para enfeitar seus braços.
Pode ser que eu esteja entrando de forma inconsciente no ritmo do carnaval. Antes de escrever esse texto, comecei a cantarolar aquela famosa marchinha do Hermes & Renato – Unidos do “pulseirismo a quatro”:
“Desde os tempos mais primórdios a “pulseira” tá aí… tá aí…”
Que me desculpem os fãs da canção, mas me vi na obrigação de alterar a letra original para preservar os bons costumes, a família brasileira e inserir nosso tema central (a história das pulseiras) nessa marchinha “sacana”. Então, vamos entrar de cabeça no assunto sem mais delongas!
Quando e onde surgiram as Primeiras Pulseiras
Pedra Lascada
Ao que tudo indica, os primeiros vestígios de adereços corporais vêm do período Paleolítico, conhecido também como “Pedra Lascada”. Momento na história, em que nossos antepassados começaram a produzir os primeiros artefatos para sobreviverem e com eles os enfeites corporais.
Claro que tudo era muito simples. Mesmo não tendo food trucks espalhados pelas savanas e florestas e o “pião” sendo obrigado a caçar a sua própria comida, encontrar um abrigo, ainda assim já começou a confeccionar adereços para seu corpo. Vejam só de onde vem a vaidade da humanidade. Antes mesmo dela ser atestada na bíblia como um dos sete pecados!
Nesse momento da história, os acessórios corporais eram bem rústicos, feitos com garras, ossos e dentes de animais caçados ou mortos. Imagine você, o homem das cavernas depois de matar a larica, olha para o que restou do banquete e pensa “uhmmm acho que esses ossos ficariam legais no meu braço… Pode pá! Vou mostrar que sou o melhor caçador da “zorra toda”.
Mesmo que existam poucos registros dessa época, que vai de 2,7 milhões de anos até 10.000 a.C., o valor de autoafirmação já demonstrava despertava o interesse humano para exaltar suas conquistas.
Pedra Polida
Também conhecido como período Neolítico, se caracteriza pelo começo da civilização. Onde as pessoas começam a se aproximar e constituir pequenos grupos sociais, a domesticar animais e a definir tarefas por gênero: os homens cuidam da segurança, caça e pesca, enquanto as mulheres (“belas, recatadas e do lar”) se ocupavam das plantações, colheitas e educação dos filhos. Que me perdoem as feministas!
Nesse período da história os pequenos povos começam a ter mais disponibilidade e tempo de lazer e com ele surgem as primeiras ferramentas de trabalho e a cerâmica ganhou seu espaço entre os utensílios domésticos e também para fins decorativos.
Tá… mas onde as pulseiras entram na história?
Os adereços corporais começam a ser produzidos com um pouco mais de técnica e significado. As forças da natureza começam a ser entendidas como divindades e a sua representatividade começou a ganhar forma. Máscara e outros tipos de acessórios passaram a ser confeccionados para simbolizar força, proteção e respeito aos deuses.
Egito
No Egito a presença de acessórios corporais amadurece sem diferenciar gênero. Tanto homens como mulheres passam a usar adereços mais sofisticados. Isso graças a extração e o manejo de metais preciosos, como o ouro, que ao longo dos anos veio sendo aprimorado. As pedras preciosas, em vários tamanhos, cores e significados começam a se instalar na sociedade egípcia como forma de poder e distinção social.
Grécia e Roma
Outros berços de nossa civilização também passaram a cultuar o uso de adereços como forma de distinção social, relevância e poder. Por exemplo, os romanos adotaram a prata e ouro em suas pulseiras e braceletes. Não podemos deixar de falar de peças consagradas como a coroa de louros do imperador. As mulheres também passaram a ostentavam brincos com pedras preciosas e tiaras para compor seu visual.
Os guerreiros também tinham seu espaço dentro da moda na época. Seus acessórios além de proteção a eventuais ataques do inimigo também traziam símbolos que representavam suas crenças e origem.
Renascimento
Nesse ponto o negócio começou a se profissionalizar…
Entre o século XIV e o fim do século XVI, a cultura passa por uma grande transição social, economia, política e religiosa. Caracterizada pela transição do feudalismo para o capitalismo e seus efeitos nas artes, na filosofia e na ciência.
No Renascimento os acessórios passam a ser utilizados pela realeza e a pelas classes mais altas da sociedade. Nessa época surgem os ourives, profissionais que manuseiam metais preciosos para a produção de jóias. Esse ofício também se caracteriza como expressão artística. A elegância e preciosidade das peças produzidas também tem forte valor social como vimos nos períodos anteriores.
Revolução Industrial
Com a revolução industrial, entre 1840 e 1870, os novos processos de manufatura revolucionaram a produção e a comercialização de todos os tipos de produtos e mercadorias, incluindo os acessórios. Com o capitalismo a todo vapor, a fabricação em massa de peças de bijuterias somada ao seu preço acessível, popularizaram pulseiras, braceletes, brincos e colares entre as classes mais baixas. O seu valor simbólico também teve uma grande mudança. A preocupação passou a ser a estética e o valor e a preciosidade das peças ficaram em segundo plano.
A diversidade das peças, para os mais diferentes níveis sociais e estilos, favoreceu o surgimento de grandes empresas no ramo de acessórios, assim como o aprimoramento da tecnológica.
Hoje
O mercado de adereços e acessórios sempre esteve muito ligado ao universo feminino. Porém essa realidade vem se transformando ao longo dos últimos anos e o mercado encontrou o potencial do público masculino nesse segmento. Hoje temos uma imensa variedade de estilos e materiais e muitas opções disponíveis à nossa escolha.
Para resumir, desde os tempos mais primórdios (olha a músiquinha aí de novo!) as pessoas usam acessórios como artifícios estéticos de diferenciação. Seja para mostrar superioridade em relação às outras ou para pertencer a algum grupo social. O fato é que os adereços, sejam pulseiras, colares ou outros tipos de acessórios sempre foram e sempre serão uma forma de nos conectar com algo que acreditamos, da autoafirmação a inclusão social.
*Texto publicado originalmente no site Blackpigstore.com.br.
Cantora na Dami Alves
4 aVery good...
Partner Success Manager | International Alliances - LATAM - Helping companies and partners mitigate fraud risks
6 aOlha ele !!! Curti ! Parabéns !
Senior Marketing Analyst at Tropical Hub
6 aObrigado Nei!
Eu crio Vídeos Estratégicos para fortalecer os seus projetos de Marketing, Comunicação e vendas!
6 aExcelente! Muito obrigado. 😀