Hora de Ser Criança de Verdade!
Festa Temática Game - Cleiton Lanes

Hora de Ser Criança de Verdade!

Crianças participando de oficina de desenho e pintura.

Bolo, bala de coco, brigadeiro, beijinho, refrigerante, sonhos, brincadeiras variadas, tombos e tudo mais que cerca a vida de qualquer criança saudável, dia após dia. Cheio de questionamentos, inocência, ser herói e vilão. Taco, pega-pega, universos tão reais quanto a nossa própria imaginação. Desenhos dos mais variados e momentos que se tornam infinitos, desde as brincadeiras na fazenda, a soltar pipa, brincadeira de casinha, aprendizado com lego ou em sala de aula. Não importa o tema, o tempo, a realização. O fato que cerca a infância é sempre o da construção de um futuro.

De tempos em tempos costumo questionar se preciso voltar a ser criança. Querer saber mais, ter sede de aprendizado e realizações. Montar minha própria cabana, subir na goiabeira, sentir o ar batendo na cara, na boleia do caminhão do leite. Ver o pernalonga, e suas maldades engraçadas, papaleguas e suas fugas espetaculares, Dick Vigarista e suas tentativas frustradas de sabotar seus adversários em suas corridas malucas, dos desenhos de Hanna Barbera. Foi com Pica Pau, por exemplo que aprendi a gostar de música clássica, Com pernalonga, o pop/rock... Foi com meus colegas de equipe de judô que aprendi o que era trabalhar pelo coletivo. E mesmo quando acreditava ser importante para a equipe, tive que abrir mão do resultado individual pelo resultado que ajudaria o grupo.

Doces em uma mesa.

E quando criança que moldamos nosso ser, aprendemos a ser fortes, duros (não poucas vezes), e também aprendemos a ganhar e perder. Questionar e buscar caminhos, saídas, nos tornamos inventivos, criativos, mundanos. Já não sei se o mercado é capaz de entender uma criança e toda sua gula por novidades, e até desconfio se não estamos sendo moldados para o limitador de tudo que podemos nos fornecer. Jogos virtuais, conexões distantes, avatares, redes sociais, imagens, influenciadores... Ser gente grande é também abdicar de mudar! 

Rotina, traçado, horários, reuniões, trabalho, contas e família, tudo isso somado a responsabilidade, palavras que se tornam mantras, limitadores que cercam a vida de gente grande, e multiplica o dia a dia de todos que deixam de questionar. Ao atravessar a fronteira, algo se quebra, deixa de existir e tudo que viveu parece mera besteira em nome de um padrão. Acordar, trabalhar, desenvolver e entregar. Traços de um vida de adulto que não vive nos parques de diversões da Disney, nem trabalha na máquina de desenvolvimento criativo do Google, ou em qualquer outra grande empresa de tecnologia. Onde as rotinas, existem de forma diferente, mais aberta e inventiva... Mas, para fomentar o mesmo mercado. De crianças grandes, criadas por padrões corporativos e cheios de metas.

Já não desenvolvemos mais pessoas, criamos rotinas, cheias de horários e sem direitos a questionamentos. Já não somos mais edifícios em construção constante? Deixamos de ser pessoas de diferentes tamanhos e origens para estarmos inseridos em uma cultura global? Será que perdemos a guerra para a padronização? Ainda não é possível saber, mas questionar ainda é um fator de mudança sem igual. E isso, as crianças têm muito a nos ensinar! Já não é sem tempo que precisamos construir pontes com essa realidade paralela e vivenciar mundos diferentes e cheios de felicidade.

Equipe de Judô ADC Mercedes-Benz

Fadados ao fracasso coletivo, talvez o novo profissional nem se de conta de que precisa de muito pouco para se tornar gente grande, no mundo da pandemia de um vírus chamado globalização. As oportunidades, nunca serão as mesmas, e isso é fundamental entender, mas não significa que devêssemos nos limitar a enxergar apenas os Legos que passam por nossos dedos, e constroem suas ferramentas detalhadas nas suas caixas de papel, e ou, plástico duro e substituível. Talvez seja hora de voltarmos a brincar de taco, queimada, pega-pega, esconde-esconde. Talvez seja hora de retornarmos a infância para nos reinventar em tempos de restrição. Afinal, sonhar não custa nada, e constrói grandes impérios mutáveis!

Semana que vem, vamos falar da revolução chamada Magazine Luiza. O grupo comandado por Luiza Trajano, presidente do conselho deliberativo do conglomerado e que construiu uma marca e com ela vem revolucionando todo o mercado em que seus negócios giram. Agora ganha a mídia com a informação de que irá contratar apenas negros em sua seleção para trainee, e mesmo sobre forte questionamento nas redes sociais, manteve sua afirmação e se mostrou consolidada com a ideia de praticar a diversidade em um mundo cada dia mais intolerante!

Dorival Fernandes

CFO LATAM | Planejamento Financeiro - FP&A | Contabilidade Internacional | Impostos | Fiscal | Custos | Orçamento | Controladoria | Auditoria | Tesouraria | Capital de Giro | M&A | Indústria | Big 4

2 a

Ao menos de amarelinha já podemos brincar…

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