Horizontal, inclusiva e social: sua empresa está preparada para o Hoje?
Você já deve ter notado (eu espero que sim) que os modelos de negócios mudaram drasticamente de alguns anos para cá, não existe mais aquele modelo tradicional onde as marcas ditam o que será ou não tendência para o próximo período. Ou seja, não podemos dizer que as pessoas vão assistir a próxima novela da Globo, viajar para o destino xyz, vestir a nova coleção da marca tal e muito menos quem será a nova queridinha que vai estar "na boca do povo".
Parece até que esse jogo virou, não é mesmo!? rsrs
Com a acessibilidade da internet e a evolução do pensamento individual para social e inclusivo (thanks good), o consumidor se torna cada vez mais dono da sua voz e consequentemente do seu destino. E é assim que empresas iniciantes, que atendem necessidades reais (não criadas pelo marketing) e com valores que valem a pena serem seguidos derrubam grandes corporações.
"Migs, sua louca, como assim!?" Continua comigo que eu te conto a seguir.
Do vertical para o horizontal
A competitividade das empresas não depende mais do seu tamanho, poder de investimento ou vantagens. Graças a globalização o nivelamento de empresas tradicionais comparadas às empresas jovens e inovadoras se tornou possível. Com isso, temos dois cenários possíveis: a disputa pelos mesmos clientes ou a união dessas empresas com o melhor cada uma para abraçar uma parte maior do mercado.
Concorda comigo que é muito difícil uma empresa tradicional conseguir implementar inovações? Pois é, para isso eles se aliam a empresas menores que possuem muito mais facilidades e agilidade para implementação de mudanças, conseguem errar, consertar e acertar muito mais rápido.
Outro fator que deve ser levado em consideração é que produções em larga escala não ditam mais o mercado, nichos de baixo volume têm sido muito procurados e como as vendas não possuem mais restrição de distância devido ao digital, o atendimento de qualquer porte de empresa pode ser a nível global.
Com relação ao marketing, pesquisas recentes trazem que o fator que mais influencia as decisões de compra são o fator social (amigos, família, redes sociais), não mais as comunicações do marketing, o que faz com que o consumidor não seja mais vertical e sim horizontal. Principalmente porque ele está mais informado do que nunca.
Do exclusivo para o inclusivo
Foi se o tempo que o modismo era ser exclusivo. A inclusão se tornou a nova tendência.
Nunca antes, na história desse mundão lindo, se cobrou tanto o posicionamento das empresas quanto agora em período de pandemia. Já parou para se perguntar de que forma a sua empresa colaborou com esse momento? Foi com o aumento do feminicídio? Com a desigualdade social alarmante? Com a falta de máscaras e/ou respirados nos hospitais? Qual é a maneira que os seu clientes te enxergam? Ou vão passar a enxergar?
Não fazer nada não é mais uma opção. As ações da sua empresa (ou a falta delas) dizem mais sobre a sua marca do que o seu produto/serviço em si. Assim como você lida com seus colaboradores e com todos que você trata: clientes, fornecedores, terceirizados e etc. Tudo que vocês fazem é público e não há marketing que resolva o problema de uma empresa com valores instáveis.
Um grande exemplo é a empresa Victória Secrets que se recusou a mudar e evoluir com a sociedade, com seus clientes. Há 20 anos ela ditava a moda com suas lingeries belíssimas em corpos que idealizavam a "real beleza feminina", sem diversidade e inclusão. Isso gerou uma chuva de críticas a marca, que, após esse momento, precisou repesar sobre o seu conceito e se reinventar.
Do individual para o social
Para que eu preciso adquirir um produto de alto valor se o que eu preciso é a necessidade que ele supri? Não queremos mais um carro para chamar de meu, ou seja, o bem material não é mais o que importa, mas sim a real necessidade dele, basicamente o transporte. E foi assim, entendendo o real problema, que a Uber não só providenciou um meio de transporte, como também o transformou num meio mais barato do que se ter um veículo próprio.
Com isso, milhares de pessoas puderam ter acesso a esse transporte, que passou de individual para coletivo. Uma necessidade que deveria ser sanada pelo Estado, mas infelizmente, não temos essa realidade no Brasil. Uma empresa privada que atende diretamente o coletivo e o social.
Além de tudo, a Uber pensou em todo uma cadeia de valor. Além do transporte facilitado e barato, temos vários motoristas que agora possuem uma atividade com retorno financeiro e, em alguns casos, maiores do que se estivessem trabalhando para um CNPJ. Com isso, você tem um colaborador feliz, um cliente feliz e um propósito forte. A consequência não poderia ser outra além de um crescimento absurdo em curto espaço de tempo.
E você, como está no meio disso tudo?
Convido a você a refletir um pouco sobre o que foi dito acima e se perguntar se está preparado para esse momento chamado de AGORA.
Espero que tenham gostado! Até a próxima.