A hotelaria e o combate ao Aedes
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A hotelaria e o combate ao Aedes

Há alguns anos o Brasil começou a conviver com um dos maiores problemas de saúde dos últimos tempos: a dengue, que é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes Aegypti. No último ano o Aedes também foi responsável pela transmissão de outros dois tipos de doença –  a chikungunya e a febre zika. A título de curiosidade, a diferença entre as três são os sintomas. A dengue clássica ocasiona febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Já nos casos de dengue hemorrágica, a doença causa hemorragias que podem levar ao óbito. Os sintomas da chikungunya são semelhantes, porém, as dores ocasionadas pela doença são predominantemente nas articulações, enquanto na dengue, musculares. Já na zika, além da febre ser mais baixa que nas demais, os sintomas são mais leves e podem ser confundidos com alergia. O principal problema da zika, porém, é que ela está relacionada com diversos casos de microcefalia.

O combate mais eficaz contra as doenças é a prevenção! Evitar a proliferação do mosquito, que ocorre em locais que contenham água parada como, por exemplo, vasos, pneus, caixas d’água, calhas, etc. é a forma mais ativa de diminuir a frequência do inseto e as chances de contágio.

Dessa forma, gostaria de atrelar o assunto à hotelaria, já que se trata de um problema que pode e deve também ser combatido pelos hotéis, visando o bem estar e conforto de seus hóspedes e funcionários.

Em um hotel, são diversos os locais em que o foco de proliferação pode aparecer, por isso, esse combate ao criadouro é responsabilidade de todos os funcionários. Porém, defende-se que a maior atenção seja dada pelo setor de governança e manutenção, que estão frequentemente em contato com os locais mais propícios à proliferação do Aedes. Deve-se realizar um treinamento com os funcionários desses setores, com a finalidade principal de conscientizá-los dos prejuízos que o local de trabalho pode sofrer no caso de o hotel ter o hospedeiro das doenças acima citadas.

Os cuidados, porém, não devem ficar restritos ao meio de hospedagem em si. Isso porque os arredores também podem concentrar focos do mosquito, e os insetos dali podem infectar as pessoas da região. Dessa forma, orienta-se que seja feita uma força tarefa para verificação desses possíveis locais, a fim de tentar diminuir a incidência dos casos. Lembrando que essa ação favorecerá toda a comunidade.

Junto à prevenção à proliferação do Aedes Aegypti, os hotéis devem oferecer aos hóspedes e funcionários algumas outras opções como alternativa contra o mosquito. Além de informativos que busquem principalmente à conscientização (lembrando que é um problema que atinge o país inteiro, já com alguns casos em outras partes do mundo), na recepção podem ser disponibilizados repelentes em loção ou spray, além de repelentes eletrônicos e refis nos quartos. Esses repelentes podem também ser utilizados nas áreas comuns dos hotéis.

Apesar de ser um processo custoso e trabalhoso, o investimento e manutenção dessa ação deverá trazer consequências positivas a todas as partes envolvidas. Além disso, pode-se também se tornar um exemplo à hotelaria mundial, já que casos dessas doenças estão cada vez mais em evidência em outros países.

Claudia S.

Gerente de operações | Hotel Nacional Rio de Janeiro

8 a

Muito interrssante a matéria. Temos grande responsabilidade e igualmente grandes possibilidades de contribuir. Hotéis com jardins, lagos e etc são muitos. Vegetações decorativas, vasos com flores, forros vazados tipo colmeia, centrais de refrigeração, são lugares que favorecem a proliferação de insetos. A manutenção e o combate deve ser intensificados. Infelizmente estamos sendo lembrados no momneto não como um belo destino turístico mas como um país que pode por em risco o futuro por conta da microcefalia. Dobremos os cuidados.

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