HUAMBO/2ª JORNADA POLÍTICA DO SBP: Discurso da Vice-Presidente do MPLA no acto político de massas

HUAMBO/2ª JORNADA POLÍTICA DO SBP: Discurso da Vice-Presidente do MPLA no acto político de massas

CAMARADA LUÍSA DAMIÃO: “TEMOS O POVO DO NOSSO LADO, O DIGNO E VERDADEIRO SOBERANO” – 05.10.19.

PortalMPLA, 05 OUTUBRO 19 (SÁBADO) - Texto integral do discurso proferido pela vice-presidente do MPLA, camarada Luísa Damião, no acto político de massas, realizado sábado (05) na cidade do Huambo, no quadro da 2ª Jornada Política Aberta do Secretariado do Bureau Político do Partido, que decorreu nessa província:

“Camarada Joana Lina, membro do Bureau Político do Comité Central do MPLA, 1ª secretária provincial do Partido e governadora provincial do Huambo;

Camaradas membros do Comité Central do MPLA;

Camaradas membros do Comité Provincial do MPLA;

Camaradas militantes do MPLA, da OMA e da JMPLA;

Povo do Huambo.

Começo por expressar as calorosas saudações do Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA, aos militantes, amigos e simpatizantes do nosso glorioso MPLA e ao povo heróico dos 11 municípios que compõem a nossa rica e histórica província do Huambo.

Bom-dia Huambo! Bom-dia Bailundo! Bom-dia Catchiungo! Bom-dia Caála! Bom-dia Ekunha! Bom-dia Londuimbale! Bom-dia Longonjo! Bom-dia Mungo! Bom-dia Tchicala-Tcholoanga! Bom-dia Tchindjenje! Bom-dia Ucuma!

São vocês a força e a vitalidade do MPLA.

Caros camaradas,

O Secretariado do Bureau Político do Comité Central realiza as Segundas Jornadas Político-Partidárias, desta vez no Huambo com o propósito de avaliar a situação política, económica e social da província.

Queremos ter contacto com os munícipes, avaliar o estado de organização e de funcionamento das estruturas do Partido, das organizações sociais e associadas.

Vamos avaliar o estado de implementação das campanhas de moralização da sociedade, realizar encontros com as universidades e com as entidades eclesiásticas da província e com os nossos militantes.

A vossa presença e acção político-partidária dão-nos a prova inequívoca de que somos um grande Partido, somos uma grande família e que todos juntos, com ideias audaciosas e criativas, venceremos os obstáculos do presente e do futuro, tendo sempre presente a nossa resiliente e efectiva mobilização política, em torno da implementação do programa de organização política, sob a liderança do Camarada Presidente João Lourenço.

Temos todos que assumir uma nova postura. O caminho faz-se para frente, corrigindo os erros do passado no presente e com um olhar posto num futuro melhor.

O nosso povo já esperou demais e aspira a rápida resolução dos seus problemas mais prementes. Por isso é que assumimos, com audácia e humildade, a missão de melhorar o que está bem e corrigir o que está mal.

Caros camaradas,

A província do Huambo tem enormes potencialidades, apesar de ter conhecido um passado triste que destruiu e atrasou o País.

Com a conquista da paz e instauração da democracia, temos agora a responsabilidade de pensarmos na contínua criação de condições para dar mais saúde às populações, mais educação, mais energia, mais água, mais apoio para a agricultura familiar e mais empregos, com o concurso do sector privado, porque o Governo, por si só, não consegue satisfazer esta demanda justa e necessária.

A população do Huambo tem consciência do sucedido num passado não muito distante e sabe do que está a ser feito para a melhoria das condições de vida e o acesso aos serviços e bens.

É verdade que temos muito que fazer, mas não é em um ou dois anos que tudo pode ser feito. Nada se constrói num só dia.

Temos que continuar a apostar na moralização da nossa sociedade, no resgate dos valores éticos, morais e cívicos que estão consagrados na Constituição da República e nos Estatutos que todos professamos.

Razão mais do que evidente, caros camaradas, da necessidade de todos os militantes, amigos e simpatizantes residentes na província do Huambo se engajarem, sem receios, na luta contra o cancro da corrupção, a impunidade, o nepotismo e a bajulação, promovendo uma cultura de integridade, probidade, transparência, em suma, boa governação com inclusão e responsabilidade.

Camaradas,

O futuro de Angola e o futuro dos nossos filhos dependem das boas práticas de governação, dependem da transparência na forma como são geridos os recursos públicos.

Isto quer dizer que a atitude e o comportamento dos agentes da Administração Pública, da Administração da Justiça, dos políticos, devem também estar sob o escrutínio da sociedade e da plena cidadania.

Temos a plena consciência que o combate contra a corrupção e a impunidade é difícil, é complexo, mas tem de ser travado, com o rigor necessário e sentido patriótico, sempre nos marcos da Constituição e da lei, custe o que custar. Temos que implementar o que nós próprios aprovámos nos nossos Estatutos e programas.

Temos o povo do nosso lado, o digno e verdadeiro soberano. E ao povo ninguém combate. Quem tentar, será vencido. Porque nós somos milhões e contra milhões ninguém combate.

Contudo, não podemos confundir a árvore com a floresta. Não podemos também esquecer que houve e há milhares de cidadãos que serviram e servem a Administração Pública com honra e altruísmo. E esses são a esmagadora maioria de verdadeiros patriotas que não se deixaram vergar.

As reformas que estão em curso, incluindo a forte diplomacia económica que está a ser empreendida, com vista a atracção de investimentos privados nacionais e internacionais, o restabelecimento da imagem e credibilidade do País e do fortalecimento das suas instituições são medidas implementadas a pensar na organização do Estado e, sobretudo, no bem-estar das famílias angolanas.

Encorajamos, por isso, o Executivo a continuar a empreender esforços, com o rigor que se impõe, na implementação das reformas destinadas à promoção de uma economia sustentável, apoiada no Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/2022.

Caros camaradas,

Aproximam-se os desafios políticos eleitorais, no quadro da implementação do processo de institucionalização das autarquias locais.

Temos que nos preparar para vencermos o maior número de câmaras. As nossas estruturas do Huambo já sabem o que devem fazer. Com rigor e dinamismo, com unidade e disciplina que nos caracterizam nestes processos.

Estamos a reforçar as estruturas do Partido e das organizações sociais com quadros jovens, tendo em conta as exigências da geografia humana e física, associadas ao ambiente político eleitoral que se avizinha.

A aposta no rejuvenescimento é contínua e necessária, para o combate político do presente e do futuro.

Nestes desafios, temos de ser capazes de continuar a mobilizar os cidadãos que, nunca tendo militado politicamente, constituem activos a nível da sociedade civil e nos espaços de produção de saber e de opinião, de modo a serem filiados ao nosso glorioso MPLA.

Caros camaradas,

A ideia de realizarmos as jornadas políticas nas províncias não é uma mera coincidência, nem simplesmente uma acção de calendário político. Trata-se da expressão do novo paradigma político abraçado pelo Camarada Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, com uma política de proximidade e de abertura à sociedade, com a forte preocupação com a vida das comunidades e com a necessidade de materializar-se, com sentido de Estado, os anseios e expectativas das nossas populações.

Neste sentido, não basta trabalharmos afincadamente para reforçar a coesão e a unidade interna do Partido, mas atrairmos para o nosso lado cidadãos de outras sensibilidades, fazendo jus à abertura do MPLA à sociedade.

O MPLA sempre foi um Partido profundamente enraizado no seio do povo, por traduzir o espírito nacional. Urge estender, cada vez mais, a influência do nosso Partido junto da sociedade, através da inserção nos mais diversos organismos sociais.

Temos que conviver com os jovens, fazer sonhar as crianças e olhar pelas preocupações das mulheres. Temos que estar inseridos no meio dos cidadãos, vivendo os seus problemas e, em conjunto, superarmos as dificuldades do dia-a-dia. Isto quer dizer que a nossa acção deve ser quotidiana, uma interacção activa e permanente.

Urge descer às bases e com as bases erguermos bem alto a bandeira do MPLA. Cada militante deve sentir-se um mensageiro do lema ‘melhorar o que está mal, corrigir o que está mal’.

Para isso, temos que reforçar a nossa atenção ao trabalho político-organizativo e às medidas visando a inserção do Partido na sociedade civil e junto das comunidades.

Neste contexto, urge a revitalização dos nossos CAP’s, visando uma maior revitalização das estruturas de base e a efectiva mobilização política e social do povo angolano, para juntos vencermos os desafios do presente e do futuro.

Temos que fazer com que os nossos Comités de Acção do Partido se adaptem aos desafios dos novos tempos e sejam, de facto e de jure, a estrutura-base de implantação do MPLA na sociedade e a garantia das nossas vitórias.

Todos os dias, os comités provinciais, municipais e urbanos devem ser centros de jornadas políticas e de realizações populares. Temos que dar vida às nossas estruturas partidárias, galvanizando as massas militantes, simpatizantes, amigos e cidadãos, em geral em torno dos novos desafios.

E isso não pode acontecer somente nas datas comemorativas do Partido ou nos festejos das efemérides nacionais.

Caros camaradas,

Neste capítulo, a JMPLA pode e deve desempenhar um papel importante, devendo adaptar-se às transformações políticas, sociais e económicas em curso no País, na busca de soluções para os inúmeros problemas que afligem a juventude.

A maioria da população angolana e, consequentemente, a esmagadora maioria do eleitorado é jovem. O foco da nossa actuação política deve estar virado no sentido de resolver as expectativas dessa franja da população.

A JMPLA deve continuar a marcar a diferença, no conjunto das organizações juvenis, nas acções patrióticas de preservação da paz e da unidade nacional, bem como na valorização do potencial dos jovens angolanos.

As redes sociais e as tecnologias de informação e comunicação devem ser colocadas ao serviço da nossa missão de mobilização de novos membros e simpatizantes.

Ao mesmo tempo que se deve prestar atenção às campanhas de crescimento de militantes e simpatizantes, urge consolidar o sentimento de orgulho de se pertencer às fileiras do MPLA, mobilizando novos militantes.

A OMA também tem responsabilidades acrescidas nesse processo de revitalização das nossas acções, assumindo um maior protagonismo e contribuição na luta pela estabilidade das famílias e pela educação patriótica, por forma a vencermos os desafios que se avizinham.

As mulheres camponesas, as zungueiras, as empresárias, as religiosas, as donas de casa e as jovens mulheres devem continuar a merecer a nossa atenção. As campanhas de alfabetização e de vacinação, bem como as acções de educação cívica são acções que devem continuar a ser incentivadas.

A OMA deve, de forma estratégica, continuar a incrementar as iniciativas que estimulem o empreendedorismo, a criação dos micro e pequenos negócios, promotores de emprego e de programas de apoio à mulher rural e à mãe jovem.

Caros camaradas,

Devemos continuar a direccionar mais as nossas acções e pensamento político para os cidadãos, cuidando que eles possam participar no processo de decisão política, nos domínios da vida política, económica, social e cultural, reforçando a democracia de proximidade.

Precisamos, no nosso dia-a-dia, quer seja no trabalho ou na comunidade, avançar colocando em prática alguns dos nossos princípios, como, por exemplo, a justiça social, a paz, o humanismo, a dignidade da pessoa humana e a solidariedade, premissa fundamental para a sobrevivência da humanidade, cuja manifestação assenta no conhecimento da realidade de habitarmos no mesmo planeta e, a nível mais restrito, no seio do mesmo Estado, do mesmo país, uno e indivisível, que se chama Angola.

Caros camaradas,

A este propósito, permitam-me que cite uma passagem do discurso proferido pelo Camarada Presidente João Lourenço, na abertura da 6ª Sessão Ordinária do Comité Central, ao definir as linhas programáticas e de orientação política do MPLA na conjuntura actual, face aos desafios e desenvolvimento de Angola:

‘O MPLA tem de continuar a ser o fiel depositário dos ideais de liberdade do povo angolano e, com esforços abnegados dos seus militantes e todos os angolanos, melhorarmos as condições de vida dos cidadãos, através de um processo de distribuição de riqueza por via das políticas públicas e sociais, de uma gestão responsável e rigorosa dos recursos que o País dispõe e que a todos devem beneficiar’.

Por outro lado, devemos continuar a promover a mais ampla solidariedade para com as nossas populações vítimas da seca e das calamidades naturais, contribuindo para minorar a vida do nosso próximo.

Continuamos a acreditar na população trabalhadora da província do Huambo, para vencermos os desafios do presente e do futuro.

Queremos contar com a sabedoria e os conselhos dos mais-velhos, o entusiasmo e a inteligência dos jovens, a força, a vitalidade e o talento das mulheres, para ajudarmos o Executivo, liderado pelo Camarada Presidente João Lourenço, a construir uma sociedade mais humana, democrática, inclusiva, rumo ao desenvolvimento sustentável.

Muito obrigada pela vossa especial atenção.

A LUTA CONTINUA!

A VITÓRIA É CERTA”.

/www.mpla.ao

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