Humildade e Vulnerabilidade: A base das conexões verdadeiras

Humildade e Vulnerabilidade: A base das conexões verdadeiras

Vivemos em um mundo que, em grande medida, valoriza a aparência (vide A Sociedade do Espetáculo de Guy Debord, 1967!!). No entanto, é na combinação de humildade e vulnerabilidade que reside o verdadeiro poder de construir conexões genuínas. Edgar Schein, em seu livro "Liderança sem ego", nos lembra que liderar não implica em saber todas as respostas, mas sim estar aberto ao aprendizado mútuo, ao ouvir e reconhecer as contribuições dos outros. Mostrar que precisamos do outro, da sua visão, idéias e experiências.

Quando nos mostramos humildes, abrimos espaço para a vulnerabilidade. Vulnerabilidade não é fraqueza, mas ao contrário, significa coragem. É a disposição de nos mostrarmos por inteiro, com nossas inseguranças e falhas, acreditando que isso pode gerar aproximação, viabilizar conexões e fortalecer os vínculos. Ao sermos humildes, reconhecemos que não somos perfeitos e que tudo bem não sermos, afinal, NINGUÉM É. É esse espaço de imperfeição compartilhada que cria as bases para relações autênticas.

Nas organizações, a prática da humildade e vulnerabilidade pode transformar equipes. Imagine um líder que admite não ter todas as respostas e convida seu time a construir soluções juntos. Esse ato de coragem cria um ambiente de confiança, segurança psicológica e colaboração verdadeira. Não é à toa que Amy Edmondson afirma:

“Segurança psicológica não é um luxo, mas uma necessidade para o desempenho”.

Dentro das equipes esta também é uma prática que faz a diferença, quando o time constrói um espaço seguro de troca, há mais colaboração e trocas. Há crescimento compartilhado e as diferenças são valorizadas e vistas como complementariedade e não um obstáculo na construção conjunta.

Conexões verdadeiras surgem quando somos capazes de olhar nos olhos do outro sem receios, sem medos, com a disposição genuína de dizer “não sei” ou “preciso de ajuda”. Essa honestidade abre portas para conversas significativas e para um entendimento mais profundo entre as pessoas.

Como diz Brené Brown : “Pertencimento só acontece quando temos coragem de nos mostrar como realmente somos”. Cultivar humildade e vulnerabilidade é, portanto, um ato de coragem diária. É sobre criar espaços onde as pessoas podem ser humanas — com suas forças, fraquezas e tudo o mais que as tornam únicas. Afinal, é na verdade compartilhada que encontramos a essência das relações que realmente importam.

Que oportunidades você percebe, hoje, de exercer a humildade e a vulnerabilidade para construir conexões mais verdadeiras ao seu redor?

Maria Fernanda G. Marques

Administração I Gestão I Melhoria de Processos I Treinamento e Desenvolvimento I Operações organizacionais I Operações Financeiras I Liderança Humanizada

1 m

Ótima reflexão Andréa Müssnich, se mostrar vulnerável hoje talvez seja o maior desafio de muitos gestores. Mas se for algo puro e verdadeiro, faz muito sentido e cria ótimas relações.

Victor Hugo Carrão

Marketing Estratégico para a Sustentabilidade.

1 m

Muito bom Andréa! Obrigado pelo ótimo artigo! Destaco: "Afinal, é na verdade compartilhada que encontramos a essência das relações que realmente importam." Parabéns!

  • Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem
Luiz Carlos Santos

Diretor Institucional do grupo na Grupo Bioseta

1 m

Andréa, excelente reflexão. Parabéns!

Francisco Correa

Administrador | ME - Ministerio da Economia

1 m

Muito útil. Agradeço pelo compartilhamento.

Diones Galtz Da Costa

Coordenador de Logística | Supervisor de Logística | Especialista em Wms | Analista de Logística | Supply Chain | Totvs | Killing S.A

1 m

Excelente Andréa Müssnich

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