IA e Transformação Digital
Quando acompanhamos o desenvolvimento das soluções de IA é inevitável pensar como será o futuro, e como será a convivência entre nós e as máquinas.
Enquanto gerações perdem o sono imaginando dia em que será iniciado o computador que vai nos levar a um ponto de convergência no tempo como o de “Exterminador do Futuro”, eu sempre me lembro de um texto que li quando tinha meus 12 anos, em uma coletânea chamada “Maquinas que pensam”, compilada por ninguém menos que o mago da ficção científica Isaac Asimov.
“Resposta”, escrito por Fredric Brown em 1954 não precisa de mais de uma página para nos fazer refletir sobre o que estamos criando, e especialmente sobre as expectativas que temos para a tecnologia. ( e você ainda ganha uma aula de concisão que pode usar em seus futuros emails e posts aqui no LikedIn).
Mais do que a capacidade de ferramentas e soluções, que podemos fazer crescer quase de forma infinita considerando a evolução técnica que estamos vendo, a grande pergunta é para que sentido estamos avançando, e o que queremos gerar com este avanço. Li recentemente, por exemplo, que o uso de IA tem reduzido em mais de 10 vezes o tempo de avaliação de novas moléculas e fármacos, por eliminar combinações de pouca efetividade e permitir concentrar recursos naquelas que tem maior probabilidade de efetividade, em relação à análises feitas no processo tradicional.
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Também tenho observado uma tendência interessante na área de educação, em que o uso de inteligência artificial na análise de comportamento de usuários de sistema de aprendizado corporativos permite a oferta de trilhas de aprendizado personalizadas no ritmo e profundidade adequados para cada alunos, aumentando a taxa de permanência e conclusão de cursos e efetividade dos programas de formação.
Em minhas palestras e workshops tenho reforçado esta discussão, e proposto sempre um desafio aos executivos e profissionais presentes: como você espera que IA transforme seu negócio? Como podemos ser um negócio melhor, mais eficiente e mais inovador usando os recursos que a tecnologia nos traz, e com isso poder usar melhor as capacidades dos nossos colaboradores?
É assim que vamos construir iniciativas e projetos realmente transformadoras e que extraem ao máximo o potencial existente; não com iniciativas que nascem táticas e entram na onda do “me too”.
E você, vai seguir esperando que o Exterminador de Negócios apareça na sua porta ou vamos começar a construir juntos esta discussão em sua empresa?