IA nos vídeos e áudios online: a era inteligente da monetização chegou!
Lucrar produzindo e veiculando conteúdos audiovisuais na internet é o negócio de muitas empresas brasileiras. Não é difícil entender o porquê. Esse é um mercado aquecido e que tem se expandido a passos largos. Em apenas 4 anos, de 2014 a 2018, o consumo de vídeos online disparou 135% no país, segundo pesquisa publicada no ThinkwithGoogle. Para efeito de comparação, no mesmo período, o consumo de TV subiu apenas 13%. Sinal dos tempos de um novo comportamento que veio para ficar? Provavelmente. Grande parte do aumento dessa procura pelo streaming, de acordo com o estudo mencionado, está na oferta de conteúdos exclusivos que não são encontrados em outras plataformas.
Que o streaming está consolidado na internet brasileira, todos nós já sabemos. A pandemia do coronavírus apenas ratificou essa tendência e apresentou a proporção colossal que podemos atingir com a explosão digital comentada no meu texto anterior. Agora, o que nem todo mundo sabe (ou já percebeu) são as oportunidades valiosas das novas tecnologias para monetização de conteúdos online. Estou falando da aplicação de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, duas expressões em alta, que povoam os setores mais competitivos em busca de eficiência operacional. Se o varejo está sendo transformado por essas tecnologias, o mesmo pode-se dizer da comunicação via streaming.
Diante de um enorme mercado potencial, impulsionado por novos hábitos de consumo, a monetização do conteúdo baseada em IA ganha espaço. Com o apoio de plataformas automatizadas, players de comunicação podem ter acesso a uma grande variedade de formatos para veiculação de publicidade programática, preenchendo eventuais lacunas em seus inventários. Por meio da precisão da análise de dados, é possível acertar em cheio o tipo de anúncio a ser veiculado para cada público-alvo específico, otimizando os investimentos e tendo o retorno desejado. Melhor ainda: garantindo uma excelente experiência do consumidor ao abordá-lo com base em suas preferências, sem "tiros de canhão para acertar passarinhos”, como se diz no mercado.
Cada vez mais empresas veem na IA uma aliada essencial em várias tarefas, do entendimento das intenções de pesquisa ao reconhecimento facial. Hoje em dia, é possível recorrer à tecnologia para aprimorar o gerenciamento dos conteúdos de duas formas: com ou sem intervenção humana. No primeiro caso, profissionais podem supervisionar a criação de categorias que são orientadas pela publicação de tags específicas; já no segundo caso, cabe aos algoritmos (e apenas eles) o papel de identificar automaticamente conteúdos similares e fazer as associações para desenvolver o que chamamos de "clusters".
Tanto o streaming de vídeo quanto de áudio contam com sistemas automatizados de IA. A funcionalidade que sugere filmes e músicas em plataformas que todos nós conhecemos e usamos é um ótimo exemplo de como isso pode ser rentável e gerar negócios bilionários. Com base no histórico de pesquisas, a tecnologia traça perfis de acordo com os interesses do público e utiliza um enorme banco de dados para cruzar informações e recomendar sugestões de conteúdos. Todo esse trabalho, que parece mágico, é realizado sem comprometer a experiência do consumidor e pode ser aprimorado com o passar do tempo à medida que as interações homem-máquina crescem.
Emissoras de TV, de rádio digital e plataformas de e-learning são algumas das áreas muito beneficiadas pelas vantagens da IA na publicação de conteúdos online. Ao habilitar o gerenciamento automático de categorias, as empresas podem identificar informações relevantes sobre o que acontece em cada vídeo, por exemplo, os sentimentos das pessoas que aparecem. Com a análise inteligente da IA, palavras-chave são recomendadas imediatamente, assim como a transcrição do áudio. A identificação das marcas que aparecem no conteúdo é outro recurso valioso para orientar as equipes, bem como o alerta para eventuais conteúdos inadequados. Todo esse conjunto de funcionalidades auxilia na tomada de decisões mais eficientes.
Mas nem tudo é tecnologia! Assim como no Marketing Digital, para ter sucesso no streaming é preciso conhecer bem o próprio público, mapeando sua jornada para a elaboração da persona. Outra condição primordial é entender a importância do que o cliente quer, e não do que queremos apresentar a eles. Na comunicação interna, o streaming corporativo também se destaca e vem ganhando musculatura. Por meio dela, as empresas conseguem horizontalizar o contato com os colaboradores (essencial em tempos de distanciamento social), geram economia ao evitar viagens para treinamentos, aprimoram os índices de engajamento, já que a interação é fluida, e também aumentam o senso de pertencimento da equipe, que fica inteiramente reunida em frente à tela. Estudos ao redor do mundo indicam que todas essas características, juntas, tornam os times mais produtivos, o que contribui para um ambiente de trabalho mais agradável e eficiente. Na comunicação externa, a internet tornou-se também ferramenta indispensável. Seja para comercializar produtos ou para facilitar a comunicação de uma organização com seus clientes, o streaming adquiriu papel fundamental, em um contexto de distanciamento social como o atual. Nesse sentido, para ter sucesso em transmissões ao vivo externas devemos considerar alguns pontos-chave tradicionais:
- Conheça o público
- Entregar conteúdo de interesse
- Escolha do palestrante
- Frequência
- Entrega de conteúdo
- Análise Pós-evento
Uma das vantagens do ambiente digital é que tudo fica gravado. Nesse sentido, é possível avaliar vários aspectos durante o streaming para melhorar nas transmissões seguintes. Devemos considerar indicadores de desempenho (ou KPI, sigla em inglês) como o tempo que o público permanece conectado, momentos de maior engajamento, identificar os assuntos de maior interesse ou os palestrantes que funcionaram melhor) a origem das visitas, entre outros. Ressalto que tudo isso deve pode ser feito com ou sem utilização de tecnologia de ponta, mas IA e ML estão hoje democratizadas para utilização de profissionais modernos, que utilizao dados para tomadas de decisão, afinal “ In God we trust, all others must bring data”.
Podemos dizer que esta é a era inteligente dos conteúdos online, na qual as buscas se tornam muito mais ágeis e específicas graças ao trabalho incansável da IA para organização dos metadados. Esse novo tempo é regido pela adoção de ferramentas de automação de processos nos meios de comunicação. Afinal, por que utilizar Capital Humano em tarefas repetitivas que podem ser facilmente reproduzidas (e em escalas muito maiores) por robôs? Essa transformação está em curso e não dá sinais de cansaço. De acordo com o Índice de Automação do Mercado Brasileiro, o nível de automação nas empresas brasileiras subiu 4% em 2019. E a tendência é de mais altas pelo caminho.
Não perca a chance de transformar a sua empresa em um negócio digitalmente bem-sucedido. Qual o nível de maturidade da sua empresa quando o assunto é a automatização do gerenciamento de conteúdos?
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3 aUm artigo melhor que outro André Luis Seixas !!! Estou vendo o nascimento de um influencer!