A IDEIA que Move o Mundo
Há um certo preconceito contra expressões como "propósito" no ambiente corporativo, e isso acontece porque elas muitas vezes são usadas de forma superficial ou sem conexão real com a prática.
Vamos dar uma olhada mais de perto nos motivos e em outras palavras que sofreram o mesmo destino:
Por que isso acontece?
Realidade ou Ficção
O que nos encanta profundamente nas histórias mais cativantes é o propósito do herói.
É lindo ver alguém lutar com uma “energia extra”, que vem de uma fonte aparentemente desconhecida, e vencer desafios incríveis.
Assistimos a filmes e lemos livros com os olhos brilhando diante dessas histórias.
- Por que é realidade na ficção e ficção na realidade? - desculpe o trocadilho, mas não resisti. (rsrsrs)
Todos conhecemos histórias fantásticas sobre “reconfiguração de propósito” em empresas reais, que até viraram filmes.
Por ser um elemento emocional e, por isso, abstrato o PROPÓSITO fica restrito no campo das ideias por exigir mudança de comportamento e o risco de sair de nossas zonas de conforto.
E, mesmo quando alguém resolve dar o primeiro passo sente-se, às vezes, sozinho, abandonado pelo resto que preferiu não arriscar, mantendo a vulnerabilidade muito bem presa à coleira.
Propósito é um tipo de idioma, que as pessoas precisam dominar, pra soar natural; e, como tal, pra fazer sentido, é preciso ser compartilhado com o grupo, se misturando à cultura das pessoas envolvidas nesse “jeito de falar”, como um código que guia suas ações, emoções e sonhos.
Um propósito que não reescreve o DNA de um grupo social tende a morrer com o tempo, como um corpo estranho, expulso violentamente do sistema por não se parecer nem um pouco com seus membros.
E é exatamente isso que faz com que outros conceitos poderosos como SUSTENTABILIDADE, INOVAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO, INOVAÇÃO, MINDSET E EMPODERAMENTO percam a sua verdadeira força e viram apenas adereços e maquiagem pra fazer uma marca soar como responsável.
Sem propósito real, que move as engrenagens sociais (emocionais e culturais) é praticamente impossível fazer mudanças profundas no CORE (essência, raiz) de um grupo de pessoas que se dedica a um negócio.
Se estiverem unidos apenas pela grana que ganham, suas conexões serão sempre as mais frágeis, se desfazendo com facilidade, dando lugar a desilusão e um senso de perda de tempo, a despeito do quanto acumulam financeiramente.
A grana precisa vir, sim! Mas, com a energia certa.
Como evitar isso e dar vida real a essas palavras?
Outros conceitos importantes que se desgastaram com o tempo, e que podem transformar o senso de propósito em uma empresa:
Mindset: A única prosperidade que conta é a emocional
O problema: "Mindset" virou sinônimo de qualquer coisa que precise de mudança, de forma genérica e preguiçosa. Fala-se em "mindset de crescimento" (obrigado, Carol Dweck!) em quase toda apresentação corporativa, mas a profundidade desse conceito é muitas vezes ignorada. Empresas esperam que seus colaboradores "mudem o mindset" como se fosse apertar um botão, sem criar condições reais para essa transformação.
Raiz do desgaste:
Como cultivar:
Inovação: A Bela e a Banal
O problema: "Inovação" se tornou a queridinha do marketing corporativo, mas, na prática, ainda é tratada como algo opcional ou restrito à tecnologia. Todo mundo quer ser inovador, mas poucos estão dispostos a assumir os riscos ou questionar o status quo que a inovação exige.
Raiz do desgaste:
Como cultivar:
Sustentabilidade: O Verde Desbotado
O problema: Sustentabilidade, essencial para o futuro, virou um termo tão genérico que já é sinônimo de "boas intenções". Empresas falam em ESG, neutralidade de carbono e ações sociais, mas, muitas vezes, tudo isso é tratado como obrigação de marketing ou compliance, não como estratégia central de negócios.
Raiz do desgaste:
Como cultivar:
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Agilidade: O Rápido e o Superficial
O problema: "Agilidade" muitas vezes é confundida com "fazer mais em menos tempo" ou simplesmente "ser rápido". No contexto das metodologias ágeis, a palavra carrega um significado muito mais profundo, relacionado à capacidade de adaptação, flexibilidade e aprendizado contínuo. No entanto, é usada como justificativa para cortar etapas, aumentar prazos irreais ou atropelar processos importantes.
Raiz do desgaste:
Como cultivar:
Empoderamento: A Palavra Que Fala, Mas Não Faz
O problema: "Empoderamento" virou um bordão poderoso, mas muitas vezes falha em se materializar. Promover empoderamento exige mais do que discursos motivacionais. Significa criar condições para que as pessoas tenham autonomia, voz e ferramentas para agir. Na prática, empresas ainda concentram poder em hierarquias rígidas, minando qualquer tentativa genuína de empoderar seus colaboradores.
Raiz do desgaste:
Como cultivar:
Colaboração: O Isolado e o Falso Conectado
O problema: "Colaboração" é vendida como um mantra em apresentações corporativas, mas, na prática, muitas empresas ainda incentivam silos e competições internas. Verdadeira colaboração exige confiança, comunicação clara e objetivos compartilhados. Sem isso, fica no discurso.
Raiz do desgaste:
Como cultivar:
Diversidade e Inclusão: O Marketing Que Não Transforma
O problema: Diversidade e Inclusão (D&I) são frequentemente tratadas como obrigação ou estratégia de marketing, e não como pilares essenciais para o sucesso organizacional. Muitas empresas contratam pessoas diversas, mas falham em criar um ambiente inclusivo onde todos possam prosperar e contribuir plenamente.
Raiz do desgaste:
Como cultivar:
Esse é um bom início de papo sobre conceitos que precisam evoluir de forma orgânica para que mudanças realmente positivas comecem a acontecer dentro das empresas e centros de geração de cultura e conhecimento.
Heróis improváveis e futuros possíveis
Como disse lá em cima, personagens de ficção abraçam novos desafios, às vezes, maiores que podem dar conta, porque acreditam na força da combinação de talentos do grupo ao qual está conectado.
Os super heróis solitários já não fazem mais sucesso nos dias de hoje.
No passado, Capitão América e Super Man, vestidos de azul e vermelho, representavam um país e uma ideologia; hoje, se não houver um grupo trabalhando junto, uma equipe em prol de algo maior que a soma de suas forças, é quase impossível atrair a atenção do público.
Esse é um reflexo que se percebe na realidade: as pessoas estão cansadas de ter foco em apenas uma ideia ou fonte de inspiração.
O mundo social e natural é feito de misturas e diversidade.
Os partidos políticos já entenderam isso fazendo coligações; os países com suas alianças; os comics com seus universos; as religiões com seus ecumenismos; a PIXAR com seus infinitos filmes com heróis improváveis que combinam uma diversidade incrível de talentos; e a própria humanidade, de forma geral e inconsciente, com a criação da Internet. Somos seres que evoluímos na troca diversa de ideias pra vencer desafios maiores que a gente; por isso nossos os ídolos que inventamos parecem ser invencíveis.
O segredo é que só repetimos os feitos dos heróis da ficção quando somamos nossas forças individuais; mas, para isso, é preciso um propósito que nos faça acreditar nisso.
Eis aí, o desafio para líderes que desejam viajar para o futuro aprendendo com a ficção e criar realidades, verdadeiramente, fantásticas.
Thor aprendeu que seu propósito não estava em seu Mjolnir (martelo); uma vez destruído, ele foi obrigado a ressignificar a sua própria existência como um "deus".
Quando perdemos algo valioso (emprego, relacionamento, empresa, pessoas, bens materiais, etc) pode parecer que a vida não tem mais sentido. Mas, é exatamente nesse momento que a vida vai te dar a oportunidade de sair ainda mais forte, usando esse evento pra perceber habilidades e talentos invisíveis que a vida tinha se encarregado de embaçar, enquanto você se dedicava à árdua tarefa de apertar parafusos, esperando que aquilo fosse a receita da felicidade.
A "magia" nunca está nas coisas (Martelos Mágicos que soltam raios), mas na forma como interagimos com as pessoas e criamos sinergia com elas.
Pode parecer utópico, mas é isso que tem levado uma multidão de pessoas na direção dos divãs e outra na direção do sucesso. Qual vai ser a sua escolha?
O que você acha dessas ideias?
Gostaria muito de conversar mais contigo...
Professora /magistério, técnica em hotelaria/ hospitality management, Soror Rosacruz , mãe e avó,
2 mNós lemos e lemos muito bem. No entanto, sem compreender o verdadeiro significado das palavras.