Idiocracia
Aí você desperta num futuro distante. De geração em geração a natureza atuou sobre a raça humana com a sua lógica muito própria: vencem sempre os mais fortes, os que melhor conseguem se adaptar, o que reproduzem mais e mais rapidamente.
No caso, a Terra está pejada de idiotas, gente com o QI muito baixo, descendentes dos que não conseguem planear as famílias, do que fazem sexo só porque sim, dos que votam sistematicamente nos políticos populistas da vez (os tais que preferem populações incultas, fáceis de manobrar).
A Mãe Natureza não é burra. Só não é benevolente com bicho que não faz a sua parte. Nós, humanos, não fizemos. E assim, com o tempo, os mais inteligentes desapareceram. Sobraram os mais brutos, os que não têm problemas em eliminar os mais fracos, os que não gostam de se misturar, tataranetos dos que votaram no Brexit, dos que votaram no Trump, dos que desdenham do aquecimento global, dos que... bem, você, que é inteligente, já percebeu o raciocínio.
A premissa acima é a do filme “Idiocracy”, uma sátira política de 2006, realizada pelo americano Mike Judge.
Até poucos dias atrás, nunca tinha ouvido falar dessa longa. Soube dela através de um artigo sobre as eleições americanas. Parece que de filme de culto, “Idiocracy” tornou-se num ponto de referência constante no debate político dos EUA.
O mundo estaria ou não a encaminhar-se para uma “idiocracia”?
Quem estuda storytelling sabe que uma história tem tanta força quanto a sua capacidade de mexer com o inconsciente da sociedade. É por isso que fábulas e parábolas atravessam os tempos. Falsamente fantasiosas e simples. elas mexem com verdades profundas da alma humana.
Num regime idiocrático vence sempre a vontade da maioria, desde que ela, a maioria, seja a mais ruidosa e violenta. Líderes idiocráticos são preconceituosos, radicais, mentirosos, mesquinhos.
Não há compaixão na idiocracia. Não há altruísmo, não há bondade. Não há espaço para o diverso, para o novo, para a alternativa.
Os idiocratas têm sempre razão, são os juízes mais implacáveis no tribunal da internet. São os que se ofendem facilmente com tudo, com todos. São mimados e obtusos.
Os idiocratas nunca somos nós. São sempre as pessoas na mesa da frente, os que estão sentados no fundo vagão do comboio. Os que votam na outra cor política. A idiocracia mora ao lado. Até o dia em que não.
Ou como diria o meu Tio Olavo: “O cérebro é uma dádiva divina. Já a inteligência só vem por aquisição”.
Sim de facto concordo, que mundo mais perverso e calculista, onde todos engendram uma estratégia para emergir. Como o lema Punk diria e bem: " No Future". Resta-nos apenas trabalhar, trabalhar, trabalhar. E nos intervalos viver. Ficámos enfim reféns da tecnologia, e isto em vez de nos ter libertado do trabalho. Impera a discórdia, a uber, a competição desleal, o status quo, o terrorismo, as migrações de refugiados. As noticias promovem e destacam o medo a letra Bold. O desemprego, a promessa do despedimento.. Resta-nos apenas correr para matar as ânsias, ou dormir depois de jantar dar 2 festinhas no animal de estimação e sonhar, se fores capaz de lembrar no dia seguinte. " Um bocadinho mais humanos pediu o poeta " Os outros ficaram sem entender porque ele diria aquilo.
Information Technology Project Manager at Infotrust
8 aNão vale a pena torturar a mente se não tivermos um objetivo. Afinal antes do Trump e da Clinton tivemos o Obama e depois viram outros.
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8 aEdson tem de se lembrar que já fez Campanhas para essas pessoas e que você vive graças a essas Pessoas.