IGREJA do SÉCULO XX.I
A observância da palavra de Deus é o maior triunfo na vida cristã. Alguns cristãos no mundo tem observado com fidelidade a mensagem salvadora do Evangelho de Cristo, mas outros tem observado com mais atenção e cumprido o mandamento a igreja - resgatar almas para o Reino de Deus.
Fazendo um diagnóstico da igreja no século XXI é possível perceber uma mudança de comportamento, e inclusive de foco. A igreja dos Séculos IXX e XX se destacou pelas grandes frentes missionárias no mundo, fruto das iniciativas de avivamentos (despertamentos) do século IXX no Ocidente, onde a igreja protestante passou por uma mudança de pensamento teológico e de objetivos espirituais.
Esse "despertamento" criou um movimento de renovação doutrinária e uma visão missionária impulsionada pela chamada do Espírito Santo. Alguns obreiros se destacaram nesse cenário, como Hudson Taylor na missão em terras chinesas e Willian Carey em terras indianas, não só porque foram desbravadores missionários, mas porque onde estiveram atuando modificaram o lugar com a pregação da palavra poderosa transformando vidas, e implantando serviços de grande relevância social - como ações paralelas aos governos locais incapazes de servirem a sua população em suas necessidades básicas como de saúde e educação.
A igreja do século posterior continuou fazendo esse movimento missionário pelo mundo, inclusive os pentecostais que nasceram nos Estados Unidos e se expandiram fortemente pelas Américas. Porém, no final do século XX as denominações oriundas desse grande investimento missionário se acomodou em seu território e deixou paulatinamente de investir em missões, concentrando suas energias para dentro de si.
O século XX nasce com uma incógnita: qual será a prioridade da obra do evangelho na visão dos novos líderes eclesiásticos? Poder, riqueza, ou tradição?
O mundo ainda agoniza diante do pecado e se afunda cada vez mais na iniquidade humana. Os estados são pouco influenciados pela atual igreja, e só há alguma interferência durante as eleições quando há uma mobilização popular em torno de assuntos éticos e morais - algo necessário mas pouco amadurecido.
Na publicação desse artigo citarei dois missionários de exemplo bastante peculiar para os nossos dias. A história inicia no início da década de 2010 quando Antonio P. Bispo e Zélia Stofel Bispo receberem o chamado para a missão iniciaram uma longa caminhada para o seu cumprimento. Inicialmente o objetivo seria pregar na Índia, onde visitou por alguns dias, mas depois de reuniões com o ministério local se decidiu pela Bolívia, um país da própria América Latina, onde já estão há mais de 14 anos trabalhando.
É importante colocar que o missionário e pastor Antônio Pedro Bispo foi atuante na igreja Assembleia de Deus em São Paulo por mais de três décadas, e tinha um emprego num banco público e muito bem estabilizado, entretanto, deixou tudo para traz e se dedicarem ao árduo trabalho da missão transcultural. Na Bolívia enfrentaram grandes desafios, começaram a obra em Cochabamba, depois passaram por Sucre e atualmente dirigem um campo da igreja em Oruro. O resultado da obra em mais de um década tem sido eficaz, como centenas de almas salvas e batizadas e com várias igrejas abertas em províncias. Mas também houve transformações na vida das pessoas de de comunidades atendidas por essas igrejas, onde se destaca uma mudança na ética e no comportamento, além de projetos sociais que atendem principalmente as crianças de regiões pobres. O resumo do trabalho está expresso no crescimento da obra e no testemunho dos alcançados.
Esse é um exemplo para igreja atual que precisa olhar para o passado e redefinir os planos para o futuro. Sem essa redefinição e um olhar mais atencioso as diretrizes do evangelho será muito difícil influenciarmos o mundo em nossa volta.
Johnson Lins R. Barbosa.