Impactos da PEC que Propõe o Fim da Escala 6x1: Análise de um Especialista em Remuneração
Está em discussão no Brasil uma Proposta de Emenda Constitucional que visa proibir a escala de trabalho 6x1, sob a justificativa de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Como Especialista em Remuneração, compartilho com vocês minha visão sobre os impactos que essa medida pode causar.
O trabalhador brasileiro já enfrenta um cotidiano bastante desafiador. Muitos se veem obrigados a cumprir jornadas extenuantes, trabalhando seis dias por semana para garantir um salário que, na maioria das vezes, mal cobre suas despesas mensais. Essa realidade não é apenas fruto de longas jornadas, mas também de um sistema tributário extremamente oneroso e de uma legislação trabalhista rígida, que encarece a contratação e dificulta a geração de empregos de qualidade.
A alta carga tributária e o excesso de regulamentação impostos pela CLT são entraves que oneram a contratação de mão de obra formal. Em vez de flexibilizar o mercado de trabalho, a fim de estimular a geração de empregos e melhorar a renda dos trabalhadores, o governo propõe políticas que aumentam a rigidez, como é o caso desta PEC que visa proibir a escala 6x1.
Aprendendo com experiências internacionais: Diversos países que apresentam maior liberdade econômica, como Suíça, Cingapura, Dinamarca e Nova Zelândia, oferecem lições importantes. Nessas economias, há uma maior flexibilidade nas leis trabalhistas, o que permite que empresas e trabalhadores ajustem suas jornadas de trabalho de forma mais adequada às suas necessidades.
Por exemplo:
Estudos realizados por organizações como a Heritage Foundation e o Fraser Institute indicam que mercados de trabalho mais flexíveis estão correlacionados a maiores taxas de emprego formal, salários mais elevados e melhor qualidade de vida.
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Impactos da Proibição da Escala 6x1 no Brasil
O Caminho para o Brasil:
Ao invés de impor mais restrições, o Brasil deveria buscar soluções que verdadeiramente beneficiem trabalhadores e empresários, como:
Em vez de aumentar a rigidez da legislação trabalhista, o Brasil deve buscar maior liberdade econômica e promover um mercado de trabalho mais flexível e dinâmico. A experiência internacional demonstra que menos regulação, quando aplicada de forma responsável, pode resultar em mais empregos, maior produtividade e melhor qualidade de vida para os trabalhadores.
O caminho para o crescimento econômico e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores está em reformas que promovam a liberdade econômica e incentivem negociações justas entre empregadores e empregados. Forçar proibições, como o fim da escala 6x1, não resolverá os problemas estruturais do país e, ao contrário, pode prejudicar ainda mais empregadores e trabalhadores, levando a um aumento da informalidade e do desemprego.
O foco no ambiente de trabalho deve ser na capacidade do trabalhador de gerar valor para a empresa, não apenas no tempo que passa em sua função. Diferentes funções contribuem de maneiras distintas, enquanto algumas podem criar um grande impacto em pouco tempo, outras exigem presença contínua para manter a operação eficiente. É essencial que os colaboradores sejam reconhecidos pelo valor que entregam, independentemente do formato ou da duração de suas jornadas, garantindo que o resultado final seja o principal critério de avaliação.
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Gerente de recursos humanos | Grupo Afonso
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