Impactos do uso de telas na aprendizagem na Educação Básica

Impactos do uso de telas na aprendizagem na Educação Básica

Nos dias de hoje, o uso de celulares e tablets já faz parte da nossa vida, e claro, isso acabou entrando nas escolas também. Como mãe, pai ou professor, sei bem o quanto essa tecnologia pode ser um aliado no processo de ensino, mas também vejo que, quando usada em excesso, pode trazer alguns problemas.

Nos últimos anos, eu percebi que o uso de celulares e tablets na sala de aula aumentou muito. Parece que, em qualquer lugar do mundo, as crianças estão cada vez mais conectadas. E isso, sem dúvida, traz benefícios. O acesso rápido à informação e as ferramentas interativas são ótimos exemplos disso. Porém, sei que nem tudo são flores – o uso exagerado pode atrapalhar. Já vi alunos distraídos com notificações ou perdendo o foco nas atividades porque estavam mais preocupados com o celular do que com a aula.

No Brasil, é comum que as crianças e adolescentes tenham acesso a smartphones, e nas salas de aula isso já virou uma realidade. Dados mostram que cerca de 80% dos estudantes têm smartphones. Mas será que isso é sempre positivo? Em conversas com colegas educadores, muitos notaram que os alunos acabam se distraindo e têm dificuldades de concentração por causa do excesso de estímulos digitais. Aliás, tem um estudo da USP que comprova isso: estudantes que usam muito o celular durante a aula acabam tendo notas mais baixas. E mais preocupante, o uso excessivo pode aumentar os níveis de ansiedade e estresse.

Em outros lugares do mundo, as soluções têm sido diferentes. Nos Estados Unidos, por exemplo, algumas escolas baniram o uso de celulares nas aulas, e isso melhorou o desempenho dos alunos, principalmente daqueles que estavam com notas baixas. Na França, desde 2018, alunos menores de 15 anos não podem usar smartphones nas escolas públicas. Por lá, os resultados também têm sido positivos, com mais foco nas aulas e mais interação entre os alunos. Já no Japão, eles adotam uma abordagem equilibrada: incentivam o uso da tecnologia, mas sempre com muita supervisão para que o tempo de tela não extrapole.

Pelo que observei, os impactos negativos são claros. A distração é o principal deles. Quem nunca viu um aluno se perder nas redes sociais ou nos joguinhos durante a aula? Isso atrapalha muito a concentração e a retenção do conteúdo. Além disso, o uso exagerado de celulares pode afetar a socialização, já que os alunos acabam preferindo a interação virtual à real. Isso sem falar nos problemas de saúde mental, como ansiedade e baixa autoestima, alimentados pelas comparações constantes nas redes sociais.

Por outro lado, se usados com moderação, os celulares e tablets podem ser grandes aliados. Eles oferecem acesso rápido a diversos recursos educacionais, ajudam a desenvolver habilidades digitais e incentivam a autonomia dos alunos. Sei que, quando bem orientados, eles conseguem aprender a seu próprio ritmo e explorar seus interesses de forma mais profunda, usando aplicativos e plataformas educativas.

Diante desse cenário, acho fundamental implementar políticas claras de uso da tecnologia nas escolas. Precisamos educar os alunos sobre o uso saudável dos dispositivos e equilibrar o tempo de tela com atividades off-line. Professores e pais também têm um papel importante nesse processo, acompanhando de perto o uso desses dispositivos e incentivando um uso consciente.

No final das contas, o uso de celulares e tablets na educação básica traz muitos benefícios, mas também desafios. As experiências do Brasil e de outros países mostram que é possível encontrar um equilíbrio saudável entre a tecnologia e o ensino tradicional. A chave é saber aproveitar o que a tecnologia tem de bom, sem deixar que ela domine o processo de aprendizagem.

Tá aí motivo pelo qual a Educação Brasil não é um valor indiscutível. Professores tentando ensinar algo pra uma geração sem atenção e distraída.

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