impiedade mortífera
IMPIEDADE MORTÍFERA
Maia, filha de Lysias
Senhora do escudo celeste e da aurora boreal
Cavalgou, qual Valquíria
Por este vale, esta planície
Nua sobre o dorso da Sorraia melada
Que lhe ofertou o voo, o sonho e o suspiro
O anel, o sinete e o suspiro
Numa só cavalgada.
Escolheu o gigante
Que a atraiu à gruta de Mohammed
Onde se amaram até ao breu
E esta se fechou para o céu
Impedindo os seus poderes boreais
Seu escudo de emitir o brilho sagrado.
Então perdida a deram e declararam
Invocaram as soterradas divindades
Mas os mortos uniram-se à demais canalha
E não a devolveram, não mexeram uma palha.
Joaquim Maria Castanho