A Importância da Avaliação Preliminar no Âmbito do Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC)
A etapa inicial do gerenciamento de áreas contaminadas, a avaliação preliminar, é crucial para o diagnóstico correto de eventuais áreas contaminadas. Essa etapa não apenas estabelece o ponto de partida legal do GAC, mas também direciona tecnicamente todas as etapas seguintes que visam à reabilitação dos sites contaminados.
A Avaliação Preliminar tem como objetivo caracterizar as atividades preteritamente desenvolvidas e em desenvolvimento na área sob avaliação, identificar as áreas fonte e as fontes com potenciais de causar contaminação e constatar indícios e evidencias que permitam suspeitar da existência de contaminação na área. E a partir dessa análise determinar a necessidade da continuidade do gerenciamento através da execução das etapas de investigação ambiental da área.
Um dos produtos principais da Avaliação Preliminar é a elaboração do Modelo Conceitual Inicial (MCA 1) da área estudada. O modelo conceitual organiza as informações coletadas durante a avaliação e fornece uma compreensão clara das fontes de contaminação, vias de exposição e receptores potenciais da contaminação. Com base no MCA 1, é possível estabelecer um Plano de Investigação detalhado e eficiente para diagnosticar corretamente todos os meios impactados pela presença em excesso das substâncias químicas de interesse (SQI).
Portanto, a Avaliação Preliminar não pode ser considerada apenas como uma formalidade inicial, mas sim como o alicerce sobre o qual construímos todo o processo de gerenciamento de áreas contaminadas. Um alicerce sólido nos garante não apenas eficácia, mas também eficiência, economizando tempo e recursos no desafio do processo de reabilitação de áreas contaminadas.
Além disso, a Avaliação Preliminar é uma ferramenta preventiva, não apenas reativa, e desempenha um papel fundamental na identificação precoce de potenciais fontes de contaminação e na avaliação dos riscos associados aos diferentes processos produtivos e operacionais que precisam seguir as premissas do GAC, permitindo a implementação de medidas de controle e prevenção antes que a contaminação ocorra ou possa se agravar.
Essa abordagem proativa não só ajuda a minimizar os impactos ambientais e à saúde pública, mas também pode resultar em economia de custos significativa a longo prazo, ao evitar a necessidade de medidas corretivas mais complexas e dispendiosas.
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Seguimos juntos, avançando no enfrentamento dos desafios que o GAC diariamente nos estabelece, buscando sempre alinhar às regulamentações atuais com a proteção do meio ambiente e da saúde pública.
João Luiz Villas Boas Lemes
Engenheiro Ambiental
Diretor Executivo da L3 Engenharia Ambiental