A importância da honestidade na política

Não adiantaram as inúmeras manifestações populares ocorridas recentemente, nem a vitória de Bolsonaro nas urnas. Ainda há um grande grupo de políticos no Brasil que insiste em ser desonesto ou em se aliar às lideranças desonestas, já condenadas pela Justiça à prisão. Essas pessoas, certamente, ainda não entenderam o que aconteceu e está acontecendo no Brasil

Recentemente, governadores de Estados nordestinos resolveram fazer uma peregrinação a Curitiba, com certeza paga com o dinheiro público, para prestar homenagem ao político chefe da quadrilha que levou o Brasil à falência, apontado até pela mídia estrangeira como o mais corrupto de todos.

Talvez estes indivíduos não tenham sido educados de maneira correta em seus lares e nas escolas que frequentaram e não saibam o que é honestidade.

Pois bem, ensinemos a eles! Falaremos o que é dito e exigido dos discentes (cadetes e alunos), na Academia Militar das Agulhas Negras e na Escola de Sargentos das Armas, onde são formados os oficiais e graduados que constituem a espinha dorsal do Exército Brasileiro, a instituição na qual o povo brasileiro mais confia.

“Honestidade vem do latim, honestitas, e era sinônimo de honradez. Na origem latina, honestidade tinha um sentido amplo e compreendia todas as virtudes de uma vida pautada segundo a razão natural. Hoje, o vocábulo tem um sentido mais restrito e se refere àquele que não mente, que respeita a palavra dada, que é incapaz de qualquer apropriação indébita, em seus negócios ou no exercício de suas responsabilidades públicas ou privadas. Portanto, o indivíduo honesto respeita o direito alheio e não compactua com o roubo, a fraude e a mentira.

A verdade, que muitos sabem ser tão importante, está implícita na honestidade. Aquele que falta à verdade, o mentiroso, é um desonesto, uma pessoa em quem não se pode confiar.

A honestidade é um valor e, também, uma virtude moral e cívica, sem a qual é impossível aos países superarem problemas financeiros. Se os homens públicos forem desonestos o país pagará um imenso tributo à desonestidade de seus dirigentes. Quando a desonestidade se instala na administração pública nunca há recursos suficientes para programas de desenvolvimento e para a melhoria das condições de vida do povo, porque quantias fabulosas desaparecem pelos canais ocultos dos procedimentos desonestos.

Porém, a forma mais nociva de desonestidade é aquela que acaba por se identificar com a “vivacidade” e com a capacidade de “levar vantagem em tudo”. Nestas circunstâncias o cidadão honesto passa a ser considerado um bobo, um simplório que não sabe aproveitar as boas oportunidades.

Entretanto, o desonesto geralmente será rejeitado pelas demais pessoas, uma vez que o repúdio à desonestidade está enraizado no subconsciente coletivo dos povos cristãos. Por isto, os desonestos não conseguem liderar grupos de indivíduos honestos. Portanto, é fundamental que os jovens recebam constantes lições de honestidade, transmitidas pelos discursos e pelos bons exemplos de seus pais e professores.”

Mas vejamos a opinião popular, sobre os políticos brasileiros, apurada em uma pesquisa IBOPE, publicada na revista VEJA de 31/12/2006:

- De 0 a 10, que nota daria para a atuação dos deputados e senadores brasileiros? Nota média: 3,9.

- Escolha três características que, na sua opinião, melhor definem os parlamentares brasileiros. Desonestos: 55%; insensíveis aos interesses da população: 52%; mentirosos: 49%; oportunistas: 45%; preguiçosos: 31%; honestos: 8%; dedicados: 4%; sinceros: 5%.

Então, em 2006, 55% dos entrevistados apontaram a desonestidade como a característica mais marcante dos parlamentares brasileiros e apenas 8% disseram que eles eram honestos. No entanto, creio que os políticos não se importaram com essa pesquisa. Estavam muito satisfeitos com os votos que recebiam em seus currais eleitorais (votos de cabresto), currais que haviam sido bem cercados pelo arame farpado dos discursos e medidas populistas que praticavam, como o famoso “bolsa família”, por exemplo.

De 2006 lá para cá, as coisas só pioraram. Hoje, apenas os ignorantes, os desinformados, os privilegiados e os fanáticos confiam, ou fingem confiar nos parlamentares que são vistos pela maioria da população como grandes ladrões do dinheiro público.

Então Bolsonaro foi eleito, pois a maior parte dos brasileiros o identificou como um indivíduo honesto.

E o que se pode aconselhar aos parlamentares eleitos e a todos aqueles que desejam ingressar na Política? É muito simples:

SEJAM HONESTOS, PARA PODEREM RECONQUISTAR A CONFIANÇA DO POVO!

Texto escrito por Mario Hecksher – Coronel do Exército


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